Rizobactérias como promotoras do enraizamento, crescimento e como agentes de biocontrole de doenças na propagação clonal do eucalipto

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Mafia, Reginaldo Gonçalves
Data de Publicação: 2004
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: LOCUS Repositório Institucional da UFV
Texto Completo: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/10160
Resumo: Isolados pré-selecionados de rizobactérias foram empregados para microbiolização de diferentes substratos. A compatibilidade entre isolados foi determinada pelo método do antibiograma, enquanto o possível efeito sinérgico foi investigado pelo tratamento do substrato com os isolados de rizobactérias aplicados individualmente ou em misturas, empregando-se a mesma proporção de inóculo dos co- inoculantes. Considerando-se os clones de eucalipto responsivos ao tratamento do substrato com rizobactérias, o ganho médio para enraizamento e biomassa radicular foi de 20,4 e 73,0%, respectivamente. No entanto, levando-se em consideração a interação entre o(s) melhor(es) isolado(s) de rizobactéria e clone(s) de eucalipto, observou-se incremento médio de 21,4% e 78,0%, respectivamente para índice de enraizamento e biomassa de raízes. Os isolados mais promissores foram o VC2 e Ca para enraizamento e o VC2 e 3918 para biomassa radicular. Nos estudos envolvendo mistura de isolados não foram observados efeitos significativos de incremento de misturas sabidamente compatíveis e vice-versa. Além disso, constatou-se especificidade da interação entre isolados de rizobactérias e clones de eucalipto. Quanto à forma de veiculação, os resultados variaram de acordo com o clone, forma de aplicação e isolado empregado. Em uma última etapa, avaliou se in vitro e em casa de enraizamento o efeito de rizobactérias sobre o controle biológico de Cylindrocladium candelabrum e Rhizoctonia solani. Considerando o efeito dos meios de cultivo e para os dois patógenos, os isolados FL2, 3918, S1 e S2 foram os mais efetivos. Ao final de 25 dias, constatou-se ao observar as miniestacas mantidas em casa de enraizamento maior incidência de podridão (71%) causada por C. candelabrum em relação à mela de miniestacas causada por R. solani. Para o primeiro patógeno, o tratamento do substrato com a rizobactéria Ca foi responsável pela redução de 33 e 26,7% em termos médios, quando comparado aos tratamentos testemunha e imersão de miniestacas em calda fungicida (epoxyconazole + pyraclostrobin 0,6 mL/L do i.a.), respectivamente. Em relação à mela de miniestacas, não foram constatadas reduções significativas, embora para o isolado Ca observou-se tendência de menor intensidade da doença. O monitoramento periódico da população dos patógenos em substrato artificialmente infestado evidenciou para C. candelabrum diferenças significativas no tempo necessário para estabilização da população e no nível populacional atingido ao longo do tempo de incubação. A partir de 10 dias, notou-se maior população do patógeno no tratamento testemunha. Entre os tratamentos com rizobactérias, a partir de 15 dias de incubação, o isolado Ca destacou-se dos demais por suprimir a população do patógeno. Ao final de 30 dias, a diferença entre a população do patógeno no substrato rizobacterizado com este isolado em relação ao tratamento testemunha foi de 26,7%. No ensaio realizado in vitro, quando se avaliou a sensibilidade de isolados de rizobactérias a fungicidas, tebuconazole inibiu 80% dos isolados e a mistura dos fungicidas epoxyconazole e pyraclostrobin inibiu apenas o crescimento do isolado S1. O isolado mais sensível aos princípios ativos foi o S1, e os menos afetados, o 3918 e MF2. Verifica-se, diante desses resultados, que é necessário realizar estudos que viabilizem a produção e formulação do produto biológico à base de rizobactérias para seu emprego em escala comercial para o eucalipto. Os depósitos de patente foram feitos junto ao INPI (PI 0101400-5 e 001409).
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spelling Maffia, Luiz AntônioBarreto, Robert WeingartMafia, Reginaldo Gonçalveshttp://lattes.cnpq.br/0353068654295912Alfenas, Acelino Couto2017-04-27T11:34:04Z2017-04-27T11:34:04Z2004-02-16MAFIA, Reginaldo Gonçalves. Rizobactérias como promotoras do enraizamento, crescimento e como agentes de biocontrole de doenças na propagação clonal do eucalipto. 2004. 105 f. Dissertação (Mestrado em Fitopatologia) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa. 2004.http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/10160Isolados pré-selecionados de rizobactérias foram empregados para microbiolização de diferentes substratos. A compatibilidade entre isolados foi determinada pelo método do antibiograma, enquanto o possível efeito sinérgico foi investigado pelo tratamento do substrato com os isolados de rizobactérias aplicados individualmente ou em misturas, empregando-se a mesma proporção de inóculo dos co- inoculantes. Considerando-se os clones de eucalipto responsivos ao tratamento do substrato com rizobactérias, o ganho médio para enraizamento e biomassa radicular foi de 20,4 e 73,0%, respectivamente. No entanto, levando-se em consideração a interação entre o(s) melhor(es) isolado(s) de rizobactéria e clone(s) de eucalipto, observou-se incremento médio de 21,4% e 78,0%, respectivamente para índice de enraizamento e biomassa de raízes. Os isolados mais promissores foram o VC2 e Ca para enraizamento e o VC2 e 3918 para biomassa radicular. Nos estudos envolvendo mistura de isolados não foram observados efeitos significativos de incremento de misturas sabidamente compatíveis e vice-versa. Além disso, constatou-se especificidade da interação entre isolados de rizobactérias e clones de eucalipto. Quanto à forma de veiculação, os resultados variaram de acordo com o clone, forma de aplicação e isolado empregado. Em uma última etapa, avaliou se in vitro e em casa de enraizamento o efeito de rizobactérias sobre o controle biológico de Cylindrocladium candelabrum e Rhizoctonia solani. Considerando o efeito dos meios de cultivo e para os dois patógenos, os isolados FL2, 3918, S1 e S2 foram os mais efetivos. Ao final de 25 dias, constatou-se ao observar as miniestacas mantidas em casa de enraizamento maior incidência de podridão (71%) causada por C. candelabrum em relação à mela de miniestacas causada por R. solani. Para o primeiro patógeno, o tratamento do substrato com a rizobactéria Ca foi responsável pela redução de 33 e 26,7% em termos médios, quando comparado aos tratamentos testemunha e imersão de miniestacas em calda fungicida (epoxyconazole + pyraclostrobin 0,6 mL/L do i.a.), respectivamente. Em relação à mela de miniestacas, não foram constatadas reduções significativas, embora para o isolado Ca observou-se tendência de menor intensidade da doença. O monitoramento periódico da população dos patógenos em substrato artificialmente infestado evidenciou para C. candelabrum diferenças significativas no tempo necessário para estabilização da população e no nível populacional atingido ao longo do tempo de incubação. A partir de 10 dias, notou-se maior população do patógeno no tratamento testemunha. Entre os tratamentos com rizobactérias, a partir de 15 dias de incubação, o isolado Ca destacou-se dos demais por suprimir a população do patógeno. Ao final de 30 dias, a diferença entre a população do patógeno no substrato rizobacterizado com este isolado em relação ao tratamento testemunha foi de 26,7%. No ensaio realizado in vitro, quando se avaliou a sensibilidade de isolados de rizobactérias a fungicidas, tebuconazole inibiu 80% dos isolados e a mistura dos fungicidas epoxyconazole e pyraclostrobin inibiu apenas o crescimento do isolado S1. O isolado mais sensível aos princípios ativos foi o S1, e os menos afetados, o 3918 e MF2. Verifica-se, diante desses resultados, que é necessário realizar estudos que viabilizem a produção e formulação do produto biológico à base de rizobactérias para seu emprego em escala comercial para o eucalipto. Os depósitos de patente foram feitos junto ao INPI (PI 0101400-5 e 001409).Pre-selected rhizobacteria isolates were used for microbiolization of different substrates. The compatibility among isolates was determined by the antibiogram method, and the synergic effect was investigated by treating the substrate with isolates individually or mixed. The average increase in rooting and root biomass production were 20.4% and 73.0%, respectively, considering the clones responsive to the treatment with rhizobacteria. However, taking into consideration the interaction among the best isolates and eucalyptus clones, it was observed an increase of 21.4% and 78.0% on rooting and dry root biomass production, respectively. The most promising isolates were VC2 and Ca for rooting and VC2 and 3918 for root biomass production. In studies involving mixing of compatibles and non-compatibles isolates it was not observed any significant effect on increment, but it was observed a specificity of interaction among rhizobacteria isolates and eucalyptus clones. The response to the inoculation method varied according to the clone, the method of application and the isolate used. Finally, the effect of the rhizobacteria on the biological control of Cylindrocladium candelabrum and Rhizoctonia solani was evaluated in vitro and in greenhouse. Considering the effect of culture media for these pathogens, the isolates FL2, 3918, S1 and S2 were the most effective. After 25 days, the rotting caused by C. candelabrum (71%) on minicuttings grown in nurseries was higher than the web blight caused by R. solani. The treatment of minicuttings with the isolate Ca promoted an average reduction of 33% and 26.7% when compared to the non-inoculated treatment and to the treatment with immersion of the minicutting in fungicide broth (epoxyconazole + pyraclostrobin 0.6 mL/L of a.i.), respectively. It was not observed significant reduction on minicuttings web blight, although the isolate Ca have showed a tendency to reduce the disease intensity. The periodic monitoring of pathogen populations in artificially infested substrate showed significant differences in the time needed for stabilization of the population and in the population level of C. candelabrum along the incubation time. It was observed a greater pathogen population on the control treatment from 10 days after inoculation. After 15 days of incubation, the isolate Ca was the most effective in suppressing the pathogen population. After 30 days, the difference between the pathogen population in the substrate infested with C. candelabrum and the control treatment was 26.7%. In the in vitro assay, tebuconazole (Folicur) inhibited 80% of the isolates and the mixture of the fungicides epoxyconazole and pyraclostrobin (Opera) only inhibited the isolate S1. This isolate (S1) was the most sensitive to the active ingredients tested and 3918 and MF2 the least affected ones. These results indicate the need of studies to produce and formulate the bioproduct based on rhizobacteria at a commercial scale. Patent deposits were made at INPI (PI 0101400-5 e 001409).Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoporUniversidade Federal de ViçosaRizobactérias promotoras de crescimentoEucalipto - Doenças e pragas - Controle biológicoRhizoctonia - Controle biológicoEucalipto - EnraizamentoEuca lipto - ClonagemEucalipto - Propagação por miniestaquiaCiências AgráriasRizobactérias como promotoras do enraizamento, crescimento e como agentes de biocontrole de doenças na propagação clonal do eucaliptoRhizobacteria as rooting, growth promoter and as biocontrol agent of diseases on clonal propagation of eucalyptusinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal de ViçosaDepartamento de FitopatologiaMestre em FitopatologiaViçosa - MG2004-02-16Mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:LOCUS Repositório Institucional da UFVinstname:Universidade Federal de Viçosa (UFV)instacron:UFVORIGINALtexto completo.pdftexto completo.pdftexto completoapplication/pdf589394https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/10160/1/texto%20completo.pdfa51b7716ef15e4adbbdcd4469c379e41MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/10160/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52THUMBNAILtexto completo.pdf.jpgtexto completo.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg3626https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/10160/3/texto%20completo.pdf.jpg3376c83a46540c123654ad37490fe2c4MD53123456789/101602017-04-27 23:00:25.886oai:locus.ufv.br:123456789/10160Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.locus.ufv.br/oai/requestfabiojreis@ufv.bropendoar:21452017-04-28T02:00:25LOCUS Repositório Institucional da UFV - Universidade Federal de Viçosa (UFV)false
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