Antígona contra o sofista
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Archai (Online) |
Texto Completo: | https://periodicos.unb.br/index.php/archai/article/view/8253 |
Resumo: | O objetivo deste artigo é mostrar que uma interpretação correta da Antígona de Sófocles tem que levar em conta também os seus pontos polêmicos. Mais precisamente, uma comparação com Protágoras pode provar-se útil. Na verdade, o principal motivo de desacordo entre Antígona e Creonte não se refere tanto à oposição entre a família e o Estado como duas abordagens distintas da realidade e do ser humano. Antígona, por um lado, defende um mundo regido por leis divinas, cujo significado pode escapar à compreensão humana, mas que, apesar disso, os homens respeitam. Creonte, por outro lado, enfatiza a capacidade política que permite aos seres humanos criarem um mundo humano para nele virem. Esta visão claramente faz recordar o humanismo e o relativismo de Protágoras, uma filosofia bem conhecida na Atenas do V século a.C. Mas o problema para Sófocles é que um mundo no qual o homem é a única medida corre o risco de se tornar um mundo sem medida ou, pior ainda, um mundo com a força sendo a única medida, assim como o exempo de Creonte se mostrará na segunda parte da tragédia. |
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