Os rolezinhos e as metamorfoses do urbano no Brasil contemporâneo
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Anuário Antropológico (Online) |
Texto Completo: | https://periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/article/view/7410 |
Resumo: | Entre dezembro de 2013 e janeiro de 2014, uma série de episódios caracterizados pela “entrada” e celebração orquestrada de jovens populares de periferia em shopping centers deu origem a uma onda de debates sobre o que é o atual “Brasil” e o que está acontecendo com sua desigualdade social e suas pessoas. Os rolezinhos, assim chamados pelos participantes desses eventos, foram rapidamente absorvidos por intelectuais e jornalistas, que se debateram entre duas perspectivas opostas: enquanto alguns viram neles o sinal da democratização do acesso ao consumo e da mobilidade ascendente de milhões de brasileiros ao longo da década de 2000, outros os tomaram como eventos localizados sem conotações políticas ou potencial disruptivo. Neste artigo, tomamos como ponto de partida etnográficometodológico os debates públicos entre intelectuais e jornalistas. Captamos os rolezinhos à luz destas tensões e sugerimos duas passagens teóricas para repensar as metamorfoses do urbano no Brasil contemporâneo: a) eles nos convidam a enxergar a cidade a partir das dinâmicas que conectam o digital à materialidade dos lugares; b) eles reafirmam o papel de especialistas no planejamento urbano na sociedade brasileira. Os rolezinhos levam, pois, a um olhar renovado sobre a mobilidade espacial e social, os espaços públicos, sua ocupação e as interações de seus frequentadores, a meio-caminho entre o real e o digital. |
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