Ciência crítica e reflexiva da educação: desenvolvimentos e perspectivas na Alemanha
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Data de Publicação: | 2011 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Linhas Críticas (Online) |
Texto Completo: | https://periodicos.unb.br/index.php/linhascriticas/article/view/3603 |
Resumo: | O presente artigo apresenta o desenvolvimento da Ciência Crítica da Educação (Kritische Erziehungswissenschaft) a partir do final dos anos sessenta do século passado. Tal percurso não foi uma evolução simples, ocorreu em várias etapas e passou por diversas mudanças determinadas por diferentes autores e discussões teóricas no contexto tradicional da Teoria Crítica. Entre os fundadores do programa original da Ciência Crítica da Educação na Alemanha encontram-se Herwig Blankertz, Klaus Mollenhauer e Wolfgang Klafki. As primeiras abordagens partiram da auto-crítica da Pedagogia das Ciências Humanas (Geisteswissenschaftliche Pädagogik) e dos trabalhos teórico-científicos de Jürgen Habermas. Durante as décadas de setenta e oitenta do século passado, foram desenvolvidas algumas novas variantes teóricas da Ciência Crítica da Educação, que tinham como referência alguns trabalhos de Habermas, mas também incluíram outros aportes, como a teoria da comunicação de Paul Watzlawick et al., o Interacionismo Simbólico de George Herbert Mead, as teorias cognitivas de Jean Piaget e de Lawrence Kohlberg. Desde os fins dos anos oitenta do século passado, a Ciência Crítica da Educação é fortemente influenciada pelos escritos cépticos de Max Horkheimer e Theodor W. Adorno, do que resulta uma nova orientação que funda os alicerces da Ciência Reflexiva da Educação (Reflexive Erziehungswissenschaft). O artigo conclui que o conceito de Ciência Reflexiva da Educação, no contexto atual, parte da premissa de que a Ciência Crítica da Educação apenas se sustenta como ciência reflexiva e interdisciplinarmente orientada. |
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