Atrizes da roça ou trabalhadoras rurais? O teatro e a fachada para obtenção da aposentadoria especial rural
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Data de Publicação: | 2018 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Sociedade e Estado |
Texto Completo: | https://periodicos.unb.br/index.php/sociedade/article/view/7718 |
Resumo: | Este artigo trata das desigualdades de gênero no discurso judicial e nas operações práticas no âmbito dos juizados especiais federais. O julgamento dos processos de aposentadoria especial rural compete principalmente aos juizados especiais federais (JEFs). Para o deslinde dos casos, os magistrados precisam decidir se o autor da ação é segurado especial rural, tarefa esta que envolve uma série de conceitos legais e interpretações subjetivas no microcosmo da prática judicial. Com base na teatrologia de Erving Goffman, foram analisadas entrevistas, audiências e sentenças dos JEFs paraibanos capturando desigualdades de gênero no discurso dos atores participantes da interação social. Particularmente, foram estudadas as compreensões dadas ao trabalho e ao trabalhador rural individualmente ou em regime de economia familiar. Observou-se que as ideias de trabalho “leve” e trabalho “pesado” funcionam como “tecnologias de gênero” Ã medida que permitem qualificar e regular quem é o segurado especial rural inserindo-o numa fachada social familiar e previsível, porém muito restrita e consequentemente geradora de injustiças em potencial. |
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Atrizes da roça ou trabalhadoras rurais? O teatro e a fachada para obtenção da aposentadoria especial ruralAgricultura familiar. Discurso judicial. Teatrologia. Tecnologias de gênero. Aposentadoria rural feminina.Este artigo trata das desigualdades de gênero no discurso judicial e nas operações práticas no âmbito dos juizados especiais federais. O julgamento dos processos de aposentadoria especial rural compete principalmente aos juizados especiais federais (JEFs). Para o deslinde dos casos, os magistrados precisam decidir se o autor da ação é segurado especial rural, tarefa esta que envolve uma série de conceitos legais e interpretações subjetivas no microcosmo da prática judicial. Com base na teatrologia de Erving Goffman, foram analisadas entrevistas, audiências e sentenças dos JEFs paraibanos capturando desigualdades de gênero no discurso dos atores participantes da interação social. Particularmente, foram estudadas as compreensões dadas ao trabalho e ao trabalhador rural individualmente ou em regime de economia familiar. Observou-se que as ideias de trabalho “leve” e trabalho “pesado” funcionam como “tecnologias de gênero” Ã medida que permitem qualificar e regular quem é o segurado especial rural inserindo-o numa fachada social familiar e previsível, porém muito restrita e consequentemente geradora de injustiças em potencial. Departamento de Sociologia - UnB/SOL2018-02-23info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontextoapplication/pdfhttps://periodicos.unb.br/index.php/sociedade/article/view/771810.1590/s0102-69922017.3203007Sociedade e Estado; Vol. 32 No. 3 (2017); 701-724Sociedade e Estado; Vol. 32 Núm. 3 (2017); 701-724Sociedade e Estado; v. 32 n. 3 (2017); 701-7241980-54620102-6992reponame:Sociedade e Estadoinstname:Universidade de Brasília (UnB)instacron:UNBporhttps://periodicos.unb.br/index.php/sociedade/article/view/7718/6366Copyright (c) 2018 Sociedade e Estadoinfo:eu-repo/semantics/openAccessNeri, Eveline LucenaGarcia, Loreley Gomes2018-11-01T17:26:16Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/7718Revistahttps://periodicos.unb.br/index.php/sociedade/indexPUBhttps://periodicos.unb.br/index.php/sociedade/oaiportaldeperiodicos@bce.unb.br||revistasol@unb.br1980-54620102-6992opendoar:2018-11-01T17:26:16Sociedade e Estado - Universidade de Brasília (UnB)false |
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