Absenteísmo-doença no serviço público municipal de Goiânia

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Leão, Ana Lúcia de Melo
Data de Publicação: 2015
Outros Autores: Branco, Anadergh Barbosa de Abreu, Rassi Neto, Elias, Ribeiro, Cristina Aparecida Neves, Turchi, Marília Dalva
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
eng
Título da fonte: Repositório Institucional da UnB
Texto Completo: http://repositorio.unb.br/handle/10482/29825
http://dx.doi.org/10.1590/1980-5497201500010020
Resumo: Introdução: o absenteísmo-doença, enquanto falta ao trabalho justificada por licença médica, é um importante indicador das condições de saúde dos trabalhadores. Em geral, características sociodemográficas e ocupacionais situam-se entre os principais fatores associados ao absenteísmo-doença. A administração pública é responsável por 21,8% dos empregos formais no Brasil. Esta população permite o estudo de uma grande variedade de categorias profissionais. Objetivo: analisar o perfil e os indicadores de absenteísmo-doença entre servidores municipais de Goiânia, no Estado de Goiás, Brasil. Métodos: Estudo transversal das licenças certificadas para tratamento de saúde superiores a três dias, de todos os servidores, desde janeiro de 2005 a dezembro de 2010. Foram calculadas as prevalências, utilizando como critérios o número de indivíduos, os episódios e os dias de afastamento. Resultados: foram concedidas 40.578 licenças certificadas para tratamento de saúde a 13.408 servidores numa população média anual de 17.270 pessoas, o que resultou em 944.722 dias de absenteísmo. A prevalência acumulada de licença no período foi de 143,7%, com média anual de 39,2% e duração de 23 dias por episódio. A prevalência acumulada de absenteísmo-doença foi maior entre mulheres (52,0%) com idade superior a 40 anos (55,9%), com companheiro (49,9%), de baixa escolaridade (54,4%), profissionais de educação (54,7%), > 10 anos de serviço (61,9%) e múltiplos vínculos profissionais (53,7%). Os grupos de diagnósticos (CID-10) com as maiores prevalências acumuladas de licenças foram os do capítulo de transtornos mentais (26,5%), doenças osteomusculares (25,1%) e lesões (23,6%). Conclusões: os indicadores de absenteísmo-doença expressam a magnitude desse fenômeno no serviço público e podem auxiliar no planejamento das ações de saúde do trabalhador, priorizando os grupos ocupacionais mais vulneráveis.
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Foram calculadas as prevalências, utilizando como critérios o número de indivíduos, os episódios e os dias de afastamento. Resultados: foram concedidas 40.578 licenças certificadas para tratamento de saúde a 13.408 servidores numa população média anual de 17.270 pessoas, o que resultou em 944.722 dias de absenteísmo. A prevalência acumulada de licença no período foi de 143,7%, com média anual de 39,2% e duração de 23 dias por episódio. A prevalência acumulada de absenteísmo-doença foi maior entre mulheres (52,0%) com idade superior a 40 anos (55,9%), com companheiro (49,9%), de baixa escolaridade (54,4%), profissionais de educação (54,7%), > 10 anos de serviço (61,9%) e múltiplos vínculos profissionais (53,7%). Os grupos de diagnósticos (CID-10) com as maiores prevalências acumuladas de licenças foram os do capítulo de transtornos mentais (26,5%), doenças osteomusculares (25,1%) e lesões (23,6%). Conclusões: os indicadores de absenteísmo-doença expressam a magnitude desse fenômeno no serviço público e podem auxiliar no planejamento das ações de saúde do trabalhador, priorizando os grupos ocupacionais mais vulneráveis.Background: sickness absence, as work absenteeism justified by medical certificate, is an important health status indicator of the employees and, overall, sociodemographic and occupational characteristics are among the main factors associated with sickness absence. Public administration accounts for 21.8% of the formal job positions in Brazil. This population allows the study of a wide range of professional categories. Objective: to assess the profile and indicators of sickness absence among public workers from the municipality of Goiania, in the State of Goiás, Brazil. Methods: a cross-sectional study on certified sick leaves, lasting longer than three days, of all civil servants from January 2005 to December 2010. Prevalence rates were calculated using as main criteria the number of individuals, episodes and sick days. Results: 40,578 certified sick leaves were granted for health treatment among 13,408 public workers, in an annual average population of 17,270 people, which resulted in 944,722 days of absenteeism. The cumulative prevalence of sick leave for the period was of 143.7%, with annual average of 39.2% and duration of 23 days per episode. The cumulative prevalence of sickness absence was higher among women (52.0%), older than 40 years old (55.9%), with a partner (49.9%), low schooling (54.4%), education professionals (54.7%), > 10 years of service (61.9%), and with multiple work contracts (53.7%). Diagnoses groups (ICD-10) with higher cumulative prevalence of sick leaves were those with mental disorders (26.5%), musculoskeletal diseases (25.1%), and injuries (23.6%). Conclusions: indicators of sickness absence express the magnitude of this phenomenon in the public sector and can assist in planning health actions for the worker, prioritizing the most vulnerable occupational groups.Faculdade de Ciências da Saúde (FS)Departamento de Saúde Coletiva (FS DSC)Associação Brasileira de Saúde Coletiva2017-12-07T05:13:22Z2017-12-07T05:13:22Z2015-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfapplication/pdfLEÃO, Ana Lúcia de Melo et al. Absenteísmo-doença no serviço público municipal de Goiânia. Revista Brasileira de Epidemiologia, São Paulo, v. 18, n. 1, p. 262-277, jan./mar. 2015. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-790X2015000100262&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 3 abr. 2018. doi: http://dx.doi.org/10.1590/1980-5497201500010020. ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________LEÃO, Ana Lúcia de Melo et al. Sickness absence in a municipal public service of Goiânia, Brazil. Revista Brasileira de Epidemiologia, São Paulo, v. 18, n. 1, p. 262-277, jan./mar. 2015. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-790X2015000100262&lng=en&nrm=iso>. 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