Antropologia e água : perspectivas plurais
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2018 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UnB |
Texto Completo: | https://repositorio.unb.br/handle/10482/44235 |
Resumo: | A relação entre a água e os humanos é universal na vida social, sem água não há vida e a humanidade não sobrevive sem ela. Estas são premissas do senso comum e das ciências biológicas. A forma como esta relação é estabelecida e o sentido particular que lhe é atribuído em cada contexto geográfico, etnográfico e histórico são já objectos de atenção antropológica. Os estudos produzidos apresentam uma grande diversidade de perspectivas teóricas de acordo com o eixo de análise escolhido, as áreas disciplinares e com o momento social histórico e político vivido das transformações ocorridas na relação entre humanos e este elemento natural (Hipocrates, 1996). Com a disciplinarização da ciência e da química em particular, o líquido água transformou-se em H20, concepções que conviveram e convivem em simultâneo com noções “não científicas” da água e das águas, classificadas e hierarquizadas de acordo com critérios sensoriais (Strang, 2004, 2006), do domínio da experiência e do contacto com este elemento, denominado e percebido como líquido, substância, virtude, remédio, medicamento (Durand, 2003; Quintela, 2001, 2004; Marras, 2004), em todos os seus estados materializáveis (Martel, 1989). Convivem, também, com a atenção dada aos objectos que se produziram para este primeiro nível de contacto, como mediadores desta primeira relação íntima com o corpo, como banheiras, chuveiros e bidés nas suas diversas formas de uso e objectivos (Goubert, 1986; Corbin, 1986; Roche, 1997), bem como com as reflexões sobre a relação com os recursos do meio ambiente: água, rios, lagos, lagoas, mares, poças, montanhas. |
id |
UNB_82bda1d70b15168eaaa2b0aa43b3660c |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.unb.br:10482/44235 |
network_acronym_str |
UNB |
network_name_str |
Repositório Institucional da UnB |
repository_id_str |
|
spelling |
Antropologia e água : perspectivas pluraisAntropologiaÁguaA relação entre a água e os humanos é universal na vida social, sem água não há vida e a humanidade não sobrevive sem ela. Estas são premissas do senso comum e das ciências biológicas. A forma como esta relação é estabelecida e o sentido particular que lhe é atribuído em cada contexto geográfico, etnográfico e histórico são já objectos de atenção antropológica. Os estudos produzidos apresentam uma grande diversidade de perspectivas teóricas de acordo com o eixo de análise escolhido, as áreas disciplinares e com o momento social histórico e político vivido das transformações ocorridas na relação entre humanos e este elemento natural (Hipocrates, 1996). Com a disciplinarização da ciência e da química em particular, o líquido água transformou-se em H20, concepções que conviveram e convivem em simultâneo com noções “não científicas” da água e das águas, classificadas e hierarquizadas de acordo com critérios sensoriais (Strang, 2004, 2006), do domínio da experiência e do contacto com este elemento, denominado e percebido como líquido, substância, virtude, remédio, medicamento (Durand, 2003; Quintela, 2001, 2004; Marras, 2004), em todos os seus estados materializáveis (Martel, 1989). Convivem, também, com a atenção dada aos objectos que se produziram para este primeiro nível de contacto, como mediadores desta primeira relação íntima com o corpo, como banheiras, chuveiros e bidés nas suas diversas formas de uso e objectivos (Goubert, 1986; Corbin, 1986; Roche, 1997), bem como com as reflexões sobre a relação com os recursos do meio ambiente: água, rios, lagos, lagoas, mares, poças, montanhas.Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade de Brasília (PPGAS/UnB)2022-07-14T11:46:33Z2022-07-14T11:46:33Z2018-02-21info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfTEIXEIRA, Carla; QUINTELA, Maria Manuel. Antropologia e água: perspectivas plurais. Anuário Antropológico, Brasília, v. 36, n. 2, p. 9-22, 2011. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/article/view/6949. Acesso em: 19 jan. 2022.https://repositorio.unb.br/handle/10482/44235Copyright (c) 2011 Anuário Antropológico (CC BY NC ND) Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.info:eu-repo/semantics/openAccessTeixeira, CarlaQuintela, Maria Manuelporreponame:Repositório Institucional da UnBinstname:Universidade de Brasília (UnB)instacron:UNB2023-05-24T23:55:30Zoai:repositorio.unb.br:10482/44235Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.unb.br/oai/requestrepositorio@unb.bropendoar:2023-05-24T23:55:30Repositório Institucional da UnB - Universidade de Brasília (UnB)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Antropologia e água : perspectivas plurais |
title |
Antropologia e água : perspectivas plurais |
spellingShingle |
Antropologia e água : perspectivas plurais Teixeira, Carla Antropologia Água |
title_short |
Antropologia e água : perspectivas plurais |
title_full |
Antropologia e água : perspectivas plurais |
title_fullStr |
Antropologia e água : perspectivas plurais |
title_full_unstemmed |
Antropologia e água : perspectivas plurais |
title_sort |
Antropologia e água : perspectivas plurais |
author |
Teixeira, Carla |
author_facet |
Teixeira, Carla Quintela, Maria Manuel |
author_role |
author |
author2 |
Quintela, Maria Manuel |
author2_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Teixeira, Carla Quintela, Maria Manuel |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Antropologia Água |
topic |
Antropologia Água |
description |
A relação entre a água e os humanos é universal na vida social, sem água não há vida e a humanidade não sobrevive sem ela. Estas são premissas do senso comum e das ciências biológicas. A forma como esta relação é estabelecida e o sentido particular que lhe é atribuído em cada contexto geográfico, etnográfico e histórico são já objectos de atenção antropológica. Os estudos produzidos apresentam uma grande diversidade de perspectivas teóricas de acordo com o eixo de análise escolhido, as áreas disciplinares e com o momento social histórico e político vivido das transformações ocorridas na relação entre humanos e este elemento natural (Hipocrates, 1996). Com a disciplinarização da ciência e da química em particular, o líquido água transformou-se em H20, concepções que conviveram e convivem em simultâneo com noções “não científicas” da água e das águas, classificadas e hierarquizadas de acordo com critérios sensoriais (Strang, 2004, 2006), do domínio da experiência e do contacto com este elemento, denominado e percebido como líquido, substância, virtude, remédio, medicamento (Durand, 2003; Quintela, 2001, 2004; Marras, 2004), em todos os seus estados materializáveis (Martel, 1989). Convivem, também, com a atenção dada aos objectos que se produziram para este primeiro nível de contacto, como mediadores desta primeira relação íntima com o corpo, como banheiras, chuveiros e bidés nas suas diversas formas de uso e objectivos (Goubert, 1986; Corbin, 1986; Roche, 1997), bem como com as reflexões sobre a relação com os recursos do meio ambiente: água, rios, lagos, lagoas, mares, poças, montanhas. |
publishDate |
2018 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2018-02-21 2022-07-14T11:46:33Z 2022-07-14T11:46:33Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
TEIXEIRA, Carla; QUINTELA, Maria Manuel. Antropologia e água: perspectivas plurais. Anuário Antropológico, Brasília, v. 36, n. 2, p. 9-22, 2011. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/article/view/6949. Acesso em: 19 jan. 2022. https://repositorio.unb.br/handle/10482/44235 |
identifier_str_mv |
TEIXEIRA, Carla; QUINTELA, Maria Manuel. Antropologia e água: perspectivas plurais. Anuário Antropológico, Brasília, v. 36, n. 2, p. 9-22, 2011. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/article/view/6949. Acesso em: 19 jan. 2022. |
url |
https://repositorio.unb.br/handle/10482/44235 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade de Brasília (PPGAS/UnB) |
publisher.none.fl_str_mv |
Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade de Brasília (PPGAS/UnB) |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UnB instname:Universidade de Brasília (UnB) instacron:UNB |
instname_str |
Universidade de Brasília (UnB) |
instacron_str |
UNB |
institution |
UNB |
reponame_str |
Repositório Institucional da UnB |
collection |
Repositório Institucional da UnB |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UnB - Universidade de Brasília (UnB) |
repository.mail.fl_str_mv |
repositorio@unb.br |
_version_ |
1814508337663836160 |