A cartografia como linguagem nas aulas de Geografia : desafios dos professores do ensino médio das escolas públicas do Distrito Federal
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UnB |
Texto Completo: | http://repositorio.unb.br/handle/10482/22891 http://dx.doi.org/10.26512/2016.12.T.22891 |
Resumo: | Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Humanas, Departamento de Geografia, Programa de Pós-Graduação em Geografia, 2016. |
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A cartografia como linguagem nas aulas de Geografia : desafios dos professores do ensino médio das escolas públicas do Distrito FederalCartography as a language in Geography classes : challenges of high school teachers in public schools of the Federal District, BrazilCartographic comme langue dans les cours de Géographie : les défis des enseignants du lycée dans les écoles publiques du District Fédéral, BrazilCartografia - educaçãoGeografia - estudo e ensinoEnsino médio - Distrito Federal (Brasil)Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Humanas, Departamento de Geografia, Programa de Pós-Graduação em Geografia, 2016.O uso da linguagem cartográfica ocorre no Ensino Médio no âmbito das relações humanas, submetido às limitações normativas, afetivas, simbólicas e de poder que influenciam diretamente o trabalho do professor de Geografia. Ao adotar a abordagem da Cartografia como linguagem, posiciona-se o mapa como um importante gênero de discurso, em virtude de suas particularidades de comunicação e interação humana. Amplia-se, assim, a concepção clássica, aquela restrita à localização e descrição dos fenômenos geográficos para uma cartografia que acompanhe as transformações do espaço e inclua os sujeitos escolares. No entanto. o uso da linguagem cartográfica enfrenta obstáculos nas aulas do Ensino Médio. Turmas com reduzida carga horária de geografia, salas superlotadas e aulas que direcionam os conteúdos àqueles exigidos pelos exames externos restringem o aprofundamento dos estudos com os mapas. Acrescenta-se à problemática a pouca familiarização do professor com as geotecnologias e a ausência de recursos humanos responsáveis pela sala de informática das escolas, que ao ficar fechada diminui as oportunidades de exercícios com os mapas digitais. A opção pela superação dessas práticas tradicionais confere à disciplina um papel maior: de ciência que dispõe de corpo conceitual consolidado, mas que cumpre uma função fundamental à escolarização por promover, no âmbito da educação básica, o início da alfabetização cartográfica e dos letramentos cartográfico e geográfico, com possibilidades efetivas de serem aplicadas à vida cotidiana. Esta pesquisa tem o objetivo geral de compreender como o professor de geografia utiliza a linguagem cartográfica em suas aulas. Fatores ligados ao ambiente de trabalho, à formação acadêmica e à experiência do professor com os mapas subsidiaram as análises desta pesquisa. As investigações foram realizadas em uma abordagem qualitativa com a combinação das informações obtidas por entrevistas, observações em sala e da análise documental das Diretrizes Curriculares do Ensino Médio, do Currículo em Movimento e dos Projetos Políticos e Pedagógicos das escolas selecionadas. Constatou-se que a formação docente os preparou na perspectiva da cartografia clássica que qualifica o mapa como elemento de consulta. O tempo de docência auxilia a superação de trabalhar o conteúdo de geografia mas não é suficiente para o ensino da cartografia como linguagem para aprender, refletir e elaborar conceitos espaciais. O grande desafio de mudar a função do mapa instrumento para mapa linguagem se impõem em um ambiente de multiletramentos. Percebemos que o contexto escolar forneceu ricas oportunidades de interação entre o professor e o aluno na participação de interessantes projetos relacionados aos letramentos semiótico e digital e abre caminho para possibilidades de práticas futuras dos letramentos cartográfico e geográfico nas aulas de Geografia.The use of cartographic language occurs in High School in the context of human relations, subject to regulatory, emotional, symbolic, and power limitations that directly influence the geography teacher’s work. In the approach of Cartography as a language, the map is posited as an important speech genre due to its peculiarities in communication and human interaction. Thus, it broadens the classical conception, which is restricted to the location and description of the geographic phenomena, to a study that accompanies the space transformations and includes school subjects. However, the use of cartographic language faces some obstacles in High School classes. Reduced geography class hours, overcrowded classrooms, and teaching practices that direct the geography content to the one required by the external examinations restrict the deepening of the studies with the maps. Besides, lack of human resources in charge of the computer room at schools that, when it is kept closed, reduces the chances of working with digital maps. Overcoming these traditional practices gives the discipline a greater role: science that has consolidated conceptual body, but that fulfills a key role to the education in order to promote, within the basic education, the beginning of cartographic and geography literacies, with real possibilities of being applied to everyday life. This research has the overall objective of understanding how geography teachers use the cartographic language in their classes. Factors related to the working environment, academic training and teacher’s experience with the maps contribute to the analysis of the study. The investigation was carried out within a qualitative approach with the combination of information obtained from interviews, class observations, and documentary analysis of the Curriculum Guidelines for High School (Diretrizes Curriculares do Ensino Médio ), Curriculum in Motion of Basic Education (Currículo em Movimento da Educação Básica) and the Political and Pedagogical Projects ( Projetos Políticos e Pedagógicos) of the selected schools. It was verified that the teacher training prepared them within the perspective of the classic cartography that qualifies the map as an element of consultation. Teaching time helps to overcome the geography content but it is not enough to teach cartography as a language to learn, reflect and elaborate spatial concepts. The great challenge of changing the function of the map as an instrument to the map as a language is imposed in a multiliteracy environment. We realized that the school context provided rich interaction opportunities between the teacher and the student in the participation of interesting projects related to the semiotic and digital literacy and opens a way for future possibilities of cartographic and geographic literacy in Geography classes.L'utilisation du langage cartographique se fait à l'école secondaire dans le contexte des relations humaines, sousmis aux restrictions réglementaires, émotionnelles, symboliques et de pouvoir qui influencent directement le travail du professeur de géographie. En adoptant l'approche de la Cartographie en tant que langue, on positionne la carte comme un genre de discours important, en raison de ses particularités de communication et d'interaction humaine. On élargit ainsi la conception classique, qui est limitée à l'emplacement et à la description des phénomènes géographiques pour une cartographie qui accompagne les transformations de l'espace et comprennent les matières scolaires. Cependant, l'utilisation d'un langage cartographique fait face à des obstacles dans les classes du lycée. Les groupes avec des heures réduites de géographie, des salles surchargées et des classes qui dirigent les contenus vers à ceux qui sont exigés par les examens externes limitent l'approfondissement des études avec les cartes. Ajoutez au problème le manque de ressources humaines responsables de la salle d' informatique des écoles qui pendant qu'elle est fermmêe diminue les possibilités de réaliser des exercices avec des cartes numériques. L'option pour surmonter ces pratiques traditionnelles donne à la discipline un rôle plus important: de science qui a le corps conceptuel consolidé, mais qui a une fonction fondamentale à la scolarité pour promouvoir, au sein de l'éducation de base, le début de l'alphabétisation cartographique et des littératies cartographique et géographique, avec de réelles possibilités d'être appliquées à la vie quotidienne. Cette recherche a l'objectif général de comprendre comment le professeur de géographie utilise le langage cartographique dans leurs classes. Les facteurs liés à l'environnement de travail, à la formation académique et à l'expérience de l'enseignant avec des cartes ont subventionnées les analyses de cette recherche. Les enquêtes ont été menées dans une approche qualitative avec la combinaison des informations obtenues à partir d'entretiens, des observations en salle et de l'analyse documentaire de Directrices de Curriculum de l'enseignement secondaire, du Curriculum en Mouvement et des projets politiques et pédagogiques des écoles sélectionnées. Il a été constaté que la formation des enseignants les a préparé dans le cadre de la cartographie classique qui qualifie la carte comme élément de requête. L'expérience de l'enseignement permet le dépassement de travailler le contenu de la géographie, mais elle ne suffit pas pour l'enseignement de la cartographie comme une langue à apprendre, réfléchir et développer des concepts spatiaux. Le grand défi de changer la fonction de la carte instrument pour la carte de langue est imposé à un environnement de multilittératies. Nous nous rendons compte que le contexte scolaire a fourni des occasions riches pour l'interaction entre l'enseignant et les étudiants à la participation des projets intéressants liés aux littératies sémiotiques et numériques, et ouvre la voie à d'éventuelles pratiques futures des littératies cartographiques et géographiques en cours de géographie.Instituto de Ciências Humanas (ICH)Departamento de Geografia (ICH GEA)Programa de Pós-Graduação em GeografiaLeite, Cristina Maria CostaSouza, Vânia Lúcia Costa Alves2017-03-13T20:15:11Z2017-03-13T20:15:11Z2017-03-132016-12-06info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfSOUZA, Vânia Lúcia Costa Alves. A cartografia como linguagem nas aulas de Geografia: desafios dos professores do ensino médio das escolas públicas do Distrito Federal. 2016. xiii, 175 f., il. Tese (Doutorado em Geografia)—Universidade de Brasília, Brasília, 2016.http://repositorio.unb.br/handle/10482/22891http://dx.doi.org/10.26512/2016.12.T.22891A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data.info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UnBinstname:Universidade de Brasília (UnB)instacron:UNB2024-01-09T21:06:50Zoai:repositorio.unb.br:10482/22891Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.unb.br/oai/requestrepositorio@unb.bropendoar:2024-01-09T21:06:50Repositório Institucional da UnB - Universidade de Brasília (UnB)false |
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