O auditório como determinante do ethos discursivo
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Data de Publicação: | 2012 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Tabuleiro de Letras |
Texto Completo: | https://revistas.uneb.br/index.php/tabuleirodeletras/article/view/166 |
Resumo: | Investiga-se, nesse estudo, a possibilidade dos elementos retóricos de persuasão e argumentação presentes no discurso político apresentarem-se como componentes do discurso autoritário. Para isso, o estudo percorre as origens do auditório brasileiro, as raças que o formaram e aventa a possibilidade, dentro da trajetória histórica de sua colonização, de ser o movimento do Romantismo um dos ícones de formação do perfil discursivo político de hoje, no Brasil, ou seja, um perfil interlocutor que lança mão em demasia da retórica permeada de artifícios e, por outro lado, um receptor caracterizado por uma mansidão indígena que nunca perdeu referências. O artigo passa, então, pela análise de alguns trechos de discursos políticos do período pós-golpe militar de 1964 no Brasil para avaliar as mudanças que os pronunciamentos revelaram: de caudilhistas a heróis românticos, os discursos desses oradores demonstram extrema proximidade entre si, ou seja, militares e civis utilizam dos mesmos recursos retóricos, embora pertencentes a regimes diferentes. Ao final, ajudados pela análise aristotélica dos lugares do discurso, o artigo conclui que as características que percebemos presentes nos endereçamentos políticos de hoje foram moldadas há muito tempo, durante o processo de formação de nosso imaginário nacional, de nossos valores como nação e continuam presentes ainda hoje, bem como está presente a mansidão do interlocutor. |
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O auditório como determinante do ethos discursivoPersuasão e argumentaçãoRomantismoRetórica Investiga-se, nesse estudo, a possibilidade dos elementos retóricos de persuasão e argumentação presentes no discurso político apresentarem-se como componentes do discurso autoritário. Para isso, o estudo percorre as origens do auditório brasileiro, as raças que o formaram e aventa a possibilidade, dentro da trajetória histórica de sua colonização, de ser o movimento do Romantismo um dos ícones de formação do perfil discursivo político de hoje, no Brasil, ou seja, um perfil interlocutor que lança mão em demasia da retórica permeada de artifícios e, por outro lado, um receptor caracterizado por uma mansidão indígena que nunca perdeu referências. O artigo passa, então, pela análise de alguns trechos de discursos políticos do período pós-golpe militar de 1964 no Brasil para avaliar as mudanças que os pronunciamentos revelaram: de caudilhistas a heróis românticos, os discursos desses oradores demonstram extrema proximidade entre si, ou seja, militares e civis utilizam dos mesmos recursos retóricos, embora pertencentes a regimes diferentes. Ao final, ajudados pela análise aristotélica dos lugares do discurso, o artigo conclui que as características que percebemos presentes nos endereçamentos políticos de hoje foram moldadas há muito tempo, durante o processo de formação de nosso imaginário nacional, de nossos valores como nação e continuam presentes ainda hoje, bem como está presente a mansidão do interlocutor. Programa de Pós Graduação em Estudo de Linguagens - PPGEL2012-12-05info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://revistas.uneb.br/index.php/tabuleirodeletras/article/view/16610.35499/tl.v0i4.166Tabuleiro de Letras; n. 4 (2012): LINGUAGENS, CULTURA E SOCIEDADE2176-578210.35499/tl.v0i4reponame:Tabuleiro de Letrasinstname:Universidade do Estado da Bahia (UNEB)instacron:UNEBporhttps://revistas.uneb.br/index.php/tabuleirodeletras/article/view/166/116Copyright (c) 2017 Tabuleiro de Letrasinfo:eu-repo/semantics/openAccessFernandes, Edilene GaspariniCicote, Denilson Luiz2019-06-02T02:55:40Zoai:ojs.revistas.uneb.br:article/166Revistahttps://revistas.uneb.br/index.php/tabuleirodeletrasPUBhttps://revistas.uneb.br/index.php/tabuleirodeletras/oainlopes@uneb.br2176-57822176-5782opendoar:2019-06-02T02:55:40Tabuleiro de Letras - Universidade do Estado da Bahia (UNEB)false |
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