Percepções da comunidade moçambicana bilíngue em relação ao uso do português e das línguas maternas Bantu

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Langa, David Alberto Seth
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Tabuleiro de Letras
Texto Completo: https://revistas.uneb.br/index.php/tabuleirodeletras/article/view/7738
Resumo: O presente estudo pretende averiguar se o bilinguismo em Moçambique está, ou não, a dar origem ao declínio e abandono das línguas bantu locais. Especificamente, visa identificar factores de erosão ambiental: atitudes para com as LB/L1 e LP/L2 e a vitalidade das LB. A comunidade moçambicana bilíngue quase duplicou, de pouco mais de 20%, em 1980, para cerca de 40% da população total em 2017 (INE, 2009; FIRMINO, 2000; CHIMBUTANE, 2012; INE, 2019). Considerando que o uso de uma língua desenvolve no falante uma certa avaliação sobre a imagem que pretende criar de si mesmo (ROMAINE, 1995; PAUWELS, 2004), bem como a definição de identidade (kind of person) de um indivíduo (GEE, 2000), esses dados sugerem que, em Moçambique, se está a desenhar um cenário de mudança de língua, das línguas bantu para o Português. Os dados colhidos de 270 estudantes universitários de três cidades, distribuídos em quatro áreas educacionais, conforme ISCED (2011), permitem concluir que esta geração convive de forma harmoniosa com o seu bilinguismo. Quanto à identidade político-cultural, estes não se sentem discriminados como cidadãos moçambicanos pelo facto de falarem Português, mas tendem a considerar que o domínio de uma língua bantu os torna cidadãos mais genuinamente moçambicanos.
id UNEB-4_d81da70bce142f2025ee96ca2be6d80f
oai_identifier_str oai:ojs.revistas.uneb.br:article/7738
network_acronym_str UNEB-4
network_name_str Tabuleiro de Letras
repository_id_str
spelling Percepções da comunidade moçambicana bilíngue em relação ao uso do português e das línguas maternas BantuO presente estudo pretende averiguar se o bilinguismo em Moçambique está, ou não, a dar origem ao declínio e abandono das línguas bantu locais. Especificamente, visa identificar factores de erosão ambiental: atitudes para com as LB/L1 e LP/L2 e a vitalidade das LB. A comunidade moçambicana bilíngue quase duplicou, de pouco mais de 20%, em 1980, para cerca de 40% da população total em 2017 (INE, 2009; FIRMINO, 2000; CHIMBUTANE, 2012; INE, 2019). Considerando que o uso de uma língua desenvolve no falante uma certa avaliação sobre a imagem que pretende criar de si mesmo (ROMAINE, 1995; PAUWELS, 2004), bem como a definição de identidade (kind of person) de um indivíduo (GEE, 2000), esses dados sugerem que, em Moçambique, se está a desenhar um cenário de mudança de língua, das línguas bantu para o Português. Os dados colhidos de 270 estudantes universitários de três cidades, distribuídos em quatro áreas educacionais, conforme ISCED (2011), permitem concluir que esta geração convive de forma harmoniosa com o seu bilinguismo. Quanto à identidade político-cultural, estes não se sentem discriminados como cidadãos moçambicanos pelo facto de falarem Português, mas tendem a considerar que o domínio de uma língua bantu os torna cidadãos mais genuinamente moçambicanos.Programa de Pós Graduação em Estudo de Linguagens - PPGEL2019-12-10info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://revistas.uneb.br/index.php/tabuleirodeletras/article/view/773810.35499/tl.v13i3.7738Tabuleiro de Letras; v. 13 n. 3 (2019): Especial; 259-2812176-578210.35499/tl.v13i3reponame:Tabuleiro de Letrasinstname:Universidade do Estado da Bahia (UNEB)instacron:UNEBporhttps://revistas.uneb.br/index.php/tabuleirodeletras/article/view/7738/5023Copyright (c) 2019 Tabuleiro de Letrasinfo:eu-repo/semantics/openAccessLanga, David Alberto Seth2021-05-06T21:22:10Zoai:ojs.revistas.uneb.br:article/7738Revistahttps://revistas.uneb.br/index.php/tabuleirodeletrasPUBhttps://revistas.uneb.br/index.php/tabuleirodeletras/oainlopes@uneb.br2176-57822176-5782opendoar:2021-05-06T21:22:10Tabuleiro de Letras - Universidade do Estado da Bahia (UNEB)false
dc.title.none.fl_str_mv Percepções da comunidade moçambicana bilíngue em relação ao uso do português e das línguas maternas Bantu
title Percepções da comunidade moçambicana bilíngue em relação ao uso do português e das línguas maternas Bantu
spellingShingle Percepções da comunidade moçambicana bilíngue em relação ao uso do português e das línguas maternas Bantu
Langa, David Alberto Seth
title_short Percepções da comunidade moçambicana bilíngue em relação ao uso do português e das línguas maternas Bantu
title_full Percepções da comunidade moçambicana bilíngue em relação ao uso do português e das línguas maternas Bantu
title_fullStr Percepções da comunidade moçambicana bilíngue em relação ao uso do português e das línguas maternas Bantu
title_full_unstemmed Percepções da comunidade moçambicana bilíngue em relação ao uso do português e das línguas maternas Bantu
title_sort Percepções da comunidade moçambicana bilíngue em relação ao uso do português e das línguas maternas Bantu
author Langa, David Alberto Seth
author_facet Langa, David Alberto Seth
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Langa, David Alberto Seth
description O presente estudo pretende averiguar se o bilinguismo em Moçambique está, ou não, a dar origem ao declínio e abandono das línguas bantu locais. Especificamente, visa identificar factores de erosão ambiental: atitudes para com as LB/L1 e LP/L2 e a vitalidade das LB. A comunidade moçambicana bilíngue quase duplicou, de pouco mais de 20%, em 1980, para cerca de 40% da população total em 2017 (INE, 2009; FIRMINO, 2000; CHIMBUTANE, 2012; INE, 2019). Considerando que o uso de uma língua desenvolve no falante uma certa avaliação sobre a imagem que pretende criar de si mesmo (ROMAINE, 1995; PAUWELS, 2004), bem como a definição de identidade (kind of person) de um indivíduo (GEE, 2000), esses dados sugerem que, em Moçambique, se está a desenhar um cenário de mudança de língua, das línguas bantu para o Português. Os dados colhidos de 270 estudantes universitários de três cidades, distribuídos em quatro áreas educacionais, conforme ISCED (2011), permitem concluir que esta geração convive de forma harmoniosa com o seu bilinguismo. Quanto à identidade político-cultural, estes não se sentem discriminados como cidadãos moçambicanos pelo facto de falarem Português, mas tendem a considerar que o domínio de uma língua bantu os torna cidadãos mais genuinamente moçambicanos.
publishDate 2019
dc.date.none.fl_str_mv 2019-12-10
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://revistas.uneb.br/index.php/tabuleirodeletras/article/view/7738
10.35499/tl.v13i3.7738
url https://revistas.uneb.br/index.php/tabuleirodeletras/article/view/7738
identifier_str_mv 10.35499/tl.v13i3.7738
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://revistas.uneb.br/index.php/tabuleirodeletras/article/view/7738/5023
dc.rights.driver.fl_str_mv Copyright (c) 2019 Tabuleiro de Letras
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Copyright (c) 2019 Tabuleiro de Letras
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Programa de Pós Graduação em Estudo de Linguagens - PPGEL
publisher.none.fl_str_mv Programa de Pós Graduação em Estudo de Linguagens - PPGEL
dc.source.none.fl_str_mv Tabuleiro de Letras; v. 13 n. 3 (2019): Especial; 259-281
2176-5782
10.35499/tl.v13i3
reponame:Tabuleiro de Letras
instname:Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
instacron:UNEB
instname_str Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
instacron_str UNEB
institution UNEB
reponame_str Tabuleiro de Letras
collection Tabuleiro de Letras
repository.name.fl_str_mv Tabuleiro de Letras - Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
repository.mail.fl_str_mv nlopes@uneb.br
_version_ 1800211679776079872