Cultura e emancipação através de T. W. Adorno: formação e arte
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Eventos Pedagógicos |
Texto Completo: | https://periodicos.unemat.br/index.php/reps/article/view/9963 |
Resumo: | Este trabalho investiga algumas das articulações entre indivíduo e obra de arte através de quatro conceitos fundamentais encontrados na obra de T. W. Adorno: cultura, emancipação, formação e arte, abordados de forma constelacional. O método utilizado foi a análise de textos do próprio autor e de outros autores da Teoria Crítica (Horkheimer, Benjamim e Marcuse), assim como textos de autores clássicos do pensamento alemão (Kant, Schiller e Goethe), com quem Adorno dialoga frequentemente, e também textos de comentadores. A hipótese guia é a de que, apesar da tendência dominante de desaparecimento do sujeito e da arte autônomos, apontados por Adorno, sua própria teoria, ao fazer tal diagnóstico criticamente, resiste à essa tendência. Tanto a crítica ao modo hegemônico de formação do indivíduo em nossa sociedade quanto a crítica da arte seriam uma práxis transformadora no caminho de emancipação de ambos, indivíduo e arte. O trabalho é dividido em quatro partes, cada uma girando em torno de um conceito. A primeira parte gira em torno do conceito de cultura e sua tradicional oposição ora à natureza, ora à barbárie. A segunda parte centra-se no conceito de emancipação, principalmente em sua relação com o esclarecimento. A terceira parte centra-se no conceito de formação, principalmente a formação burguesa dos séculos XVIII e XIX (Bildung, em alemão) e sua forma degenerada nas sociedades capitalistas contemporâneas. E a última parte centra-se no conceito de arte, principalmente em sua relação com a mímesis e em sua função de historiografia inconsciente, proposta por Adorno na Teoria Estética. E a conclusão a que se chega a partir dessas investigações é que a crítica de Adorno tanto à formação hegemônica atual quanto à arte aponta para a perda da capacidade de experiência. Isto é, tanto o indivíduo deixa de ser capaz de experienciar o que vive e, portanto, não consegue se constituir de forma autônoma, nem transformar o mundo que o rodeia, quanto a arte deixa de registrar e de produzir experiências significativas nos indivíduos. Sendo assim, o resgate e a promoção da experiência aparecem como estratégia essencial de resistência e transformação.Palavras-chave: formação do indivíduo; teoria crítica; emancipação; arte e educação. |
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Cultura e emancipação através de T. W. Adorno: formação e arteEste trabalho investiga algumas das articulações entre indivíduo e obra de arte através de quatro conceitos fundamentais encontrados na obra de T. W. Adorno: cultura, emancipação, formação e arte, abordados de forma constelacional. O método utilizado foi a análise de textos do próprio autor e de outros autores da Teoria Crítica (Horkheimer, Benjamim e Marcuse), assim como textos de autores clássicos do pensamento alemão (Kant, Schiller e Goethe), com quem Adorno dialoga frequentemente, e também textos de comentadores. A hipótese guia é a de que, apesar da tendência dominante de desaparecimento do sujeito e da arte autônomos, apontados por Adorno, sua própria teoria, ao fazer tal diagnóstico criticamente, resiste à essa tendência. Tanto a crítica ao modo hegemônico de formação do indivíduo em nossa sociedade quanto a crítica da arte seriam uma práxis transformadora no caminho de emancipação de ambos, indivíduo e arte. O trabalho é dividido em quatro partes, cada uma girando em torno de um conceito. A primeira parte gira em torno do conceito de cultura e sua tradicional oposição ora à natureza, ora à barbárie. A segunda parte centra-se no conceito de emancipação, principalmente em sua relação com o esclarecimento. A terceira parte centra-se no conceito de formação, principalmente a formação burguesa dos séculos XVIII e XIX (Bildung, em alemão) e sua forma degenerada nas sociedades capitalistas contemporâneas. E a última parte centra-se no conceito de arte, principalmente em sua relação com a mímesis e em sua função de historiografia inconsciente, proposta por Adorno na Teoria Estética. E a conclusão a que se chega a partir dessas investigações é que a crítica de Adorno tanto à formação hegemônica atual quanto à arte aponta para a perda da capacidade de experiência. Isto é, tanto o indivíduo deixa de ser capaz de experienciar o que vive e, portanto, não consegue se constituir de forma autônoma, nem transformar o mundo que o rodeia, quanto a arte deixa de registrar e de produzir experiências significativas nos indivíduos. Sendo assim, o resgate e a promoção da experiência aparecem como estratégia essencial de resistência e transformação.Palavras-chave: formação do indivíduo; teoria crítica; emancipação; arte e educação.Unemat Editora2017-07-17info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://periodicos.unemat.br/index.php/reps/article/view/996310.30681/reps.v8i1.9963Eventos Pedagógicos; v. 8 n. 1 (2017): Formação de Professores no ensino de Ciências e Matemática; 331-3322236-3165reponame:Revista Eventos Pedagógicosinstname:Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT)instacron:UNEMATporhttps://periodicos.unemat.br/index.php/reps/article/view/9963/6376Copyright (c) 2022 Revista Eventos Pedagógicoshttps://creativecommons.org/licenses/by/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessNascimento, Rafael Baioni do2022-12-27T20:18:49Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/9963Revistahttps://periodicos.unemat.br/index.php/repsPUBhttps://periodicos.unemat.br/index.php/reps/oai||eventospedagogicos@unemat-net.br2236-31652236-3165opendoar:2022-12-27T20:18:49Revista Eventos Pedagógicos - Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT)false |
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