CONTATO DE LÍNGUAS E OS EMPRÉSTIMOS LINGUÍSTICOS LSF / LIBRAS
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Falange Miúda |
Texto Completo: | http://www.falangemiuda.com.br/index.php/refami/article/view/62 |
Resumo: | Os conceitos da Ecolinguística, principalmente o de contato de línguas, têm contribuído essencialmente para o estudo a respeito dos empréstimos linguísticos da Língua Francesa de Sinais –LSF, e da Língua Francesa Oralizada – LFO, para a Língua Brasileira de Sinais - Libras. Partindo da premissa básica de que “sem as bases físicas do território, não há povo e, sem os membros de um povo convivendo, não há língua”, a Ecolinguística preconiza que o contato de línguas ocorre pelo contato entre povos quando se deslocam de seus territórios. O contato entre a LSF, a LFO e a Libras ocorreu, inicialmente, conforme registros encontrados, com a vinda do professor francês E. Huet para dirigir o Collégio Nacional para Surdos-Mudos, atual INES, em 1857, no Rio de Janeiro, passando a ensinar a língua de sinais que trouxe da França em diálogo com os sinais utilizados pela comunidade surda brasileira, denominada ‘Libras Antiga’. A premissa básica para nossa pesquisa, e que delineia o seu objeto é de que tipos de contato de línguas, conforme estudados pela Ecolinguística, esclarecem alguns sinais herdados pela Libras da LSF que se mantiveram inalterados, outros que se modificaram, e ainda aqueles que surgiram a partir da língua francesa oralizada, como os que se formaram por aliteração da letra inicial de vocábulos franceses oralizados. Dentro dessa perspectiva teórica, aliada aos estudos bakhtinianos, o ecossistema da língua integra os elementos: meio ambiente social (o povo, membros organizados socialmente), o meio ambiente mental (cada membro de P tem um corpo físico que contém um cérebro e a mente, base da língua) e o meio ambiente natural (o território onde os membros dessa sociedade convivem). Quando ocorre a alteração desses meios ambientes, ao haver deslocamento dos povos, a língua, consequentemente, se altera, tratando-se, portanto, de outra língua. Tendo esses fatos como ponto de partida, propomos analisar alguns sinais da obra Iconographia dos Signaes, fundadora da lexicografia da Libras, fundamentando-nos pela Ecolinguística, principalmente pelo contato de línguas. Especificamente neste estudo, apresentaremos alguns exemplos desses empréstimos, cuja análise inicial aponta para resultados que confirmam sua relevância na compreensão do caminho percorrido, até então, da constituição sócio histórica da Língua Brasileira de Sinais. |
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CONTATO DE LÍNGUAS E OS EMPRÉSTIMOS LINGUÍSTICOS LSF / LIBRAS Os conceitos da Ecolinguística, principalmente o de contato de línguas, têm contribuído essencialmente para o estudo a respeito dos empréstimos linguísticos da Língua Francesa de Sinais –LSF, e da Língua Francesa Oralizada – LFO, para a Língua Brasileira de Sinais - Libras. Partindo da premissa básica de que “sem as bases físicas do território, não há povo e, sem os membros de um povo convivendo, não há língua”, a Ecolinguística preconiza que o contato de línguas ocorre pelo contato entre povos quando se deslocam de seus territórios. O contato entre a LSF, a LFO e a Libras ocorreu, inicialmente, conforme registros encontrados, com a vinda do professor francês E. Huet para dirigir o Collégio Nacional para Surdos-Mudos, atual INES, em 1857, no Rio de Janeiro, passando a ensinar a língua de sinais que trouxe da França em diálogo com os sinais utilizados pela comunidade surda brasileira, denominada ‘Libras Antiga’. A premissa básica para nossa pesquisa, e que delineia o seu objeto é de que tipos de contato de línguas, conforme estudados pela Ecolinguística, esclarecem alguns sinais herdados pela Libras da LSF que se mantiveram inalterados, outros que se modificaram, e ainda aqueles que surgiram a partir da língua francesa oralizada, como os que se formaram por aliteração da letra inicial de vocábulos franceses oralizados. Dentro dessa perspectiva teórica, aliada aos estudos bakhtinianos, o ecossistema da língua integra os elementos: meio ambiente social (o povo, membros organizados socialmente), o meio ambiente mental (cada membro de P tem um corpo físico que contém um cérebro e a mente, base da língua) e o meio ambiente natural (o território onde os membros dessa sociedade convivem). Quando ocorre a alteração desses meios ambientes, ao haver deslocamento dos povos, a língua, consequentemente, se altera, tratando-se, portanto, de outra língua. Tendo esses fatos como ponto de partida, propomos analisar alguns sinais da obra Iconographia dos Signaes, fundadora da lexicografia da Libras, fundamentando-nos pela Ecolinguística, principalmente pelo contato de línguas. Especificamente neste estudo, apresentaremos alguns exemplos desses empréstimos, cuja análise inicial aponta para resultados que confirmam sua relevância na compreensão do caminho percorrido, até então, da constituição sócio histórica da Língua Brasileira de Sinais. Falange Miúda - Revista de Estudos da Linguagem2018-02-04info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttp://www.falangemiuda.com.br/index.php/refami/article/view/62Falange Miúda - Revista de Estudos da Linguagem; n. 1 (2017): Anais do I Encontro de Formação de Tradutores-Intérpretes de Libras (ENFOTILS)2525-5169reponame:Revista Falange Miúdainstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESPporhttp://www.falangemiuda.com.br/index.php/refami/article/view/62/61Copyright (c) 2018 Falange Miúdahttp://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessCOVEZZI, MARTA MARIAPadilha, Simone de Jesus2019-08-08T23:24:14Zoai:ojs2.br536.teste.website:article/62Revistahttp://www.falangemiuda.com.br/index.php/refamiPUBhttp://www.falangemiuda.com.br/index.php/refami/oaicaobenassi@hotmail.com contato@falangemiuda.com.br2525-51692525-5169opendoar:2019-08-08T23:24:14Revista Falange Miúda - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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