A Pesquisa em Ética na Educação Ambiental
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Pesquisa em Educação Ambiental (Online) |
Texto Completo: | https://www.periodicos.rc.biblioteca.unesp.br/index.php/pesquisa/article/view/6138 |
Resumo: | Meu objetivo neste texto é traçar um panorama da pesquisa em éticaambiental salientando importantes insights e inspirações para a educaçãoambiental. Trata-se de estabelecer conexões entre a ética e a educaçãoambiental. O texto divide-se em três partes. Na primeira parte,demonstro como se deu o nascimento da ética ambiental comodisciplina científica. Mostro isso a partir dos trabalhos de Routley (2003)e Naess (1995), ambos originalmente publicados em 1973. Routleyargumenta que dentro da tradição ética ocidental dominante – osúltimos 2.500 anos – não há lugar para a considerabilidade moral daNatureza. Esta só tem valor instrumental. No mesmo ano, Naesspublicou sua plataforma da Ecologia Profunda com dezoito princípiosque serviam de guia para a ação. A Ecologia Profunda advoga obioigualitarismo biosférico, para o qual não existe hierarquia de valorentre as diferentes entidades da ecosfera – rochas, plantas, animais, rios,seres humanos e a terra como um todo –, ou seja, todas têm o mesmovalor, pelo menos do ponto de vista ético. Na segunda parte do texto,comento duas Éticas da Terra, a de Rolston (1996) e a de Callicott(1993). Rolston (1996) argumenta que a Natureza tem sido tratadaquase exclusivamente como recurso natural. A mudança radical viria pormeio de uma ética e de uma Educação Ambiental que passassem aadmirar a Natureza em seus próprios termos. Para o filósofo, a frase“tudo é recurso” encontra paralelo na sentença “todo mundo éegoísta”. Callicott (1993), por sua vez, também apregoa uma Ética daTerra holista baseada em Darwin, David Hume e Adam Smith,defendendo o ecocentrismo. Seguindo Leopold (1987), Callicott (1993)argumenta que temos deveres morais para com a comunidade – terra.Esses deveres são baseados nos “sentimentos morais” de amor, respeito, obrigação, admiração e pertença à terra. Argumento que aséticas do valor intrínseco contêm um grande potencial subversivo daordem vigente. Ao final, proponho um casamento entre as diversasecologias radicais como forma de empoderamento de educadores (as)ambientais. |
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