(In)Segurança alimentar e nutricional, autopercepção da saúde e uso de Agrotóxicos: o caso dos agricultores familiares de Ibiúna, São Paulo

• Autor(a) principal: Luz, Verônica Gronau
• Data de Publicação: 2015
• Outros Autores: Siqueira, Carlos Eduardo Gomes, La-Rotta, Ehideé Isabel Gomez, Miquilin, Isabella de Oliveira Campos, Correa Filho, Heleno Rodrigues
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Revista Segurança Alimentar e Nutricional (Online)
• Texto Completo: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/san/article/view/8642503
• topic: Equipamento de proteção individual. Agricultura familiar.; Segurança. Agrotóxicos. Agricultura familiar.

A utilização de agrotóxicos nas lavouras brasileiras aumentou junto à elevação média anual de 25,3% das notificações de intoxicações ocupacionais. O objetivo do estudo foi descrever aspectos sociodemográficos, de trabalho, saúde, uso de pesticidas e sua relação com a Segurança Alimentar e Nutricional em 107 domicílios de agricultores familiares em Ibiúna, SP.Foi aplicado questionário sobre a produção agrícola, uso de agrotóxicos, dados de trabalho, além da Escala Brasileira de Segurança Alimentar e Nutricional.Foram encontrados 46% de insegurança alimentar (leve ou moderada), baixa escolaridade (70,1%) e baixa renda (67,2% recebiam até um salário mínimo per capita). A população amostrada em Ibiúna apresentou 29,0% de autopercepção de saúde de regular a ruim. Os agricultores utilizavam 55 tipos diferentes de pesticidas, com grande proporção daqueles que contém na sua composição Paraquat, Glifosato e 2,4D. O uso de EPIs foi negado por 14,7% e 46,1% relataram uso parcial.Os agricultores de Ibiúna utilizavam grande quantidade de agrotóxicos, comprometendo a qualidade dos alimentos produzidos e a garantia da SAN. O “uso seguro” foi considerado impraticável em locais de redução da produção de Alimentos Básicos.