Ensino de filosofia e cidadania nas “sociedades de controle”: resistência e linhas de fuga

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gallo, Sílvio
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Pro-Posições (Online)
Texto Completo: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/proposic/article/view/8643372
Resumo: Este artigo tem por objetivo problematizar as relações entre ensino de filosofia e cidadania na sociedade contemporânea. Assume a caracterização de Lipovestky dos “tempos hipermodernos”, baseados na hiperbolização dos três eixos da modernidade: o mercado, o indivíduo e a eficiência técnica. A forma política predominante é aquela que Deleuze denominou de “sociedades de controle”, operando segundo a lógica da biopolítica, desvendada por Foucault. Recorre a Rancière para mostrar que, nessas sociedades, vivemos mais no âmbito da polícia, como administração do social, do que da política, como acontecimento de uma ruptura. Interroga-se: em que consiste a cidadania? Em afirmar essa sociedade de controle ou em opor resistências a ela, traçando linhas de fuga? Para pensar um ensino de filosofia que seja a prática do pensamento autônomo e criativo, o artigo escolhe a segunda opção, propondo um ensino de filosofia que enxameie saídas, que crie armas de resistências e criação.Abstract: This paper is aimed at problematizing the relations between philosophy teaching and citizenship in the contemporary societies. It takes Lipovetsky’s concept of “hypermodern times”, based on the hyperbolization of the three axes of modernity: the market; the individual and technical efficiency. The prevailing political form is the “societies of control”, to use a Deleuzian concept, which works with the biopolitical logics, unveiled by Foucault. The author draws on Rancière’s thoughts to show that, in these societies, we live under the social administration of the police, rather than in the field of politics, as in a disupting event. We then ask: what is citizenship? Is it the affirmation of this society of control or a resistance to it, with subjects finding their way out? In order to think about philosophy teaching as practice of autonomous and creative thinking, this paper takes the second option, proposing the teaching of philosophy as generatings lines of flith (ways out), creating weapons for resistance and creation.Key words: Philosophy teaching. Societies of control. Hypermodernity. Citizenship. Lines of flith
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