Prognóstico dos adenocarcinomas do colo do útero de acordo com a nova classificação da Organização Mundial da Saúde de 2020 : Endocervical adenocarcinoma prognosis reclassified according to the 2020 World Health Organization's classification

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Carvalho, Carla Fabrine de, 1997-
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
Texto Completo: https://hdl.handle.net/20.500.12733/15244
Resumo: Orientadores: Diama Bhadra Andrade Peixoto do Vale, Luiz Carlos Zeferino
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spelling Prognóstico dos adenocarcinomas do colo do útero de acordo com a nova classificação da Organização Mundial da Saúde de 2020 : Endocervical adenocarcinoma prognosis reclassified according to the 2020 World Health Organization's classificationEndocervical adenocarcinoma prognosis reclassified according to the 2020 World Health Organization's classificationNeoplasias do colo do úteroPapillomaviridaePrognósticoAdenocarcinomaNeoplasias por tipo histológicoUterine cervical neoplasmsHuman PapillomavirusPrognosisAdenocarcinomaNeoplasms by histologic typeOrientadores: Diama Bhadra Andrade Peixoto do Vale, Luiz Carlos ZeferinoDissertação (mestrado) – Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências MédicasResumo: O Câncer de colo de útero é uma questão de saúde pública global que afeta principalmente países de baixa e média renda. Os Carcinomas Escamosos (CEC) são os mais frequentes. Mesmo sendo menos frequente (cerca de 25%), a proporção de Adenocarcinomas (ADC) está aumentando, principalmente devido à redução relativa dos CEC, que são mais fáceis de prevenir e rastrear. Existem evidências de diferença de prognóstico entre os tipos, com pior sobrevida para o ADC. A patogênese mais comum do câncer do colo do útero é relacionada à infecção por HPV, mas hoje sabe-se que alguns desses tumores independem da infecção. A Organização Mundial da Saúde (OMS) revisou a classificação dos ADC endocervicais em 2020, fundamentada na proposta da "International Endocervical Adenocarcinoma Criteria and Classification" (IECC) de 2018, baseada na morfologia relacionada à etiologia dos tumores - se associados (HPVA) ou não ao HPV (HPVI). Estudos demonstraram que os HPVA apresentam melhor sobrevida que os HPVI. O objetivo desse estudo foi reclassificar os ADC de acordo com a nova classificação da OMS de 2020, e avaliar a sobrevida das mulheres de acordo com o tipo histológico, se HPVA ou HPVI. Esse foi um estudo retrospectivo de mulheres com ADC endocervical atendidas no Hospital da Mulher Prof. Dr. José Aristodemo Pinotti (CAISM) entre 2013 e 2020, que tiveram as amostras de seus tumores reclassificadas conforme a Classificação da OMS de 2020. Foram avaliadas a sobrevida global (SG) e livre de doença (SLD), e os aspectos clínico patológicos das mulheres relacionados. As análises foram feitas pelos testes de Qui-quadrado, Exato de Fisher, Mann Whitney, Curvas de Kaplan-Meyer, Log-rank e Regressão de Cox. A amostra total foi de 238 pacientes, sendo que 140 casos atenderam aos critérios de inclusão e exclusão para análise morfológica e imuno-histoquímica. Após a reclassificação, os casos de HPVA e HPVI totalizaram 117 casos, que foram avaliados quanto às variáveis clínicas e patológicas. Foram 100 casos de ADC HPVA (85.5%) e 17 de HPVI (14.5%). O grupo HPVI apresentou pacientes com idades mais avançadas (p=0,032) e estadios mais avançados ao diagnóstico (FIGO II+) (p=0,009). A SG média foi de 42,4 meses no grupo HPVI e 73,3 meses no grupo HPVA (p=0,005). A SG aos 24 meses foi de 76,7% no grupo HPVA e 56,7% no grupo HPVI, e aos 60 meses de 64,1% no grupo HPVA e 42,5% no grupo HPVI (p=0,005). A cada ano adicional na idade observou-se um aumento de 3,4% no risco de óbito. Quanto ao estadio, quando as pacientes apresentaram estadios mais avançados, constatou-se um aumento de 6,7 vezes no risco de óbito. Concluímos que a Classificação dos ADC atualizada pela OMS em 2020 pode ser aplicável apenas com critérios morfológicos. O grupo HPVI apresentou pior prognóstico. As diferenças na sobrevida de acordo com o subtipo histológico podem indicar a necessidade de revisão do manejo desses tumores. Esses dados podem auxiliar estudos futuros a correlacionar subtipos histológicos com tratamentos mais individualizadosAbstract: Cervical cancer is a global public health issue that most affects low- and middle-income countries. Squamous Carcinomas (SCC) are more frequent. Even though it is less frequent (about 25%), the proportion of Adenocarcinomas (ADC) is increasing, mainly due to the relative reduction of SCC, which are easier to prevent and screen. There is evidence of differences in prognosis between types, with worse survival for ADC. The most common pathogenesis of cervical cancer is related to HPV infection, but it is now known that some tumours are independent of infection. The World Health Organization (WHO) revised the classification of endocervical ADC in 2020 based on the proposal of the "International Classification and Criteria of Endocervical Adenocarcinoma" (IECC) of 2018, based on morphology related to the aetiology of tumours - associated (HPVA) or not (HPVI) with HPV. Studies have shown that HPVA has better survival than HPVI. This study aimed to reclassify ADC according to the new 2020 WHO classification and assess women's survival according to histological type, whether HPVA or HPVI. It was a retrospective study of women with endocervical ADC treated at the Woman's Hospital Prof. Dr José Aristodemo Pinotti (CAISM) between 2013 and 2020, who had their tumour samples reclassified according to the WHO Classification of 2020. Overall (OS) and disease-free (DFS) survival and related clinicopathological aspects were evaluated. Analyzes were performed using Chi-square, Fisher's Exact, Mann Whitney, Kaplan-Meyer curves, Log-rank and Cox regression tests. The total sample consisted of 238 patients, and 140 cases met the inclusion and exclusion criteria for morphological and immunohistochemical analysis. After reclassification 117 cases of HPVA and HPVI were evaluated for clinical and pathological variables. There were 100 cases of ADC HPVA (85.5%) and 17 of HPVI (14.5%). The HPVI group had patients with older ages (p=0.032) and more advanced stages at diagnosis (FIGO II+) (p=0.009). The mean OS was 42.4 months in the HPVI group and 73.3 months in the HPVA group (p=0.005). OS at 24 months was 76.7% in the HPVA group and 56.7% in the HPVI group, and at 60 months, it was 64.1% in the HPVA group and 42.5% in the HPVI group (p=0.005). For each additional year in age, there was an increase of 3.4% in the risk of death. Regarding staging, when patients had more advanced stages, there was a 6.7-fold increase in the risk of death. We conclude that the ADC Classification updated by the WHO in 2020 can be applicable only with morphological criteria. The HPVI group had a worse prognosis. Differences in survival according to histological subtype may indicate the need to review the management of these tumours. These data may help further studies to correlate histological subtypes with more individualized treatmentsMestradoOncologia Ginecológica e MamáriaMestra em Ciências da SaúdeCAPES001[s.n.]Vale, Diama Bhadra Andrade Peixoto do, 1978-Zeferino, Luiz Carlos, 1955-Reis, Francisco José Candido dosTeixeira, Júlio CésarUniversidade Estadual de Campinas. Faculdade de Ciências MédicasPrograma de Pós-Graduação em TocoginecologiaUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINASCarvalho, Carla Fabrine de, 1997-20222022-02-07T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdf1 recurso online (81p.) : il., digital, arquivo PDF.https://hdl.handle.net/20.500.12733/15244CARVALHO, Carla Fabrine de. Prognóstico dos adenocarcinomas do colo do útero de acordo com a nova classificação da Organização Mundial da Saúde de 2020 : Endocervical adenocarcinoma prognosis reclassified according to the 2020 World Health Organization's classification. 2022. 1 recurso online (81p.) Dissertação (mestrado) – Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas, Campinas, SP. Disponível em: https://hdl.handle.net/20.500.12733/15244. 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