Em defesa do pensamento : modernidade e a crítica às ciências sociais em Hannah Arendt

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bodziak Junior, Paulo Eduardo, 1986-
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
Texto Completo: https://hdl.handle.net/20.500.12733/1632805
Resumo: Orientador: Yara Adario Frateschi
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As ciências sociais manteriam os homens presos aos processos cognitivos que caracterizam suas hipóteses e ¿ o que seria para Arendt ainda mais grave ¿ à convicção de que tais processos correspondem à realidade. Este elemento antipolítico das ciências sociais, porque desconsidera a liberdade como mais elevado sentido dos assuntos humanos, é a principal limitação desta abordagem que Arendt viu se consolidar e proliferar na universidade alemã no início do século XX. Por isso, ao longo de sua obra, Arendt não apenas faz a defesa do pensamento, mas estabelece uma narrativa de ascensão da modernidade orientada pela ideia de que nosso tempo se caracteriza pela perda do mundo, um processo que deriva da desestabilização e perda da autoridade que sustentou anteriormente o mundo antigo e o mundo cristão. A ignorância deste elemento antipolítico da modernidade explica origem da ciência social devido à substituição da liberdade pela necessidade histórica a partir da obra de Karl Marx. Com a ruptura totalitária e as perplexidades por elas provocadas, esta limitação das ciências sociais se tornou evidente. Arendt via no pensamento a única reação capaz de explicar o que havia acontecido sem pacificar a monstruosidade dos campos de concentração e extermínio como consequências necessárias do passado político europeu. Afinal, a mentalidade técnico-científica era mais um dos elementos cristalizados no fenômeno totalitário, estando impossibilitada de se afastar para compreender o caráter inédito do que havia ocorrido. Assim, Arendt percebeu que o exercício da compreensão proporcionado pelo pensamento era a única forma de evitar que este evento radical se repetisseAbstract: In this study, we will see that Arendt¿s criticism to social sciences can clarify her defense of the activity of thought as a condition to men¿s humankind itself. Such Arendtian defense of thought is explained by author¿s conviction on the retirement from human affairs to understand the world and its permanent contingency. Social sciences would keep men locked in their own cognitive process that characterizes its hypothesis, and ¿ which is the worst for Arendt ¿ in the conviction that this processes are real. This antipolitical trace of social sciences, because they ignore freedom as the highest meaning of human affairs, is the main limitation of their approach, which Arendt viewed to be consolidated and proliferated at the German university in the early 1900¿s. For this reason, over her work, Arendt not just defends activity of thought but narrates the rising of modernity guided by the idea that our time is characterized by the loose of the world, a process that results of the destabilization and loose of the authority formerly holding the ancient and the Christian world. The ignorance of this antipolitical trace of modernity explains the origin of social sciences thanks to the replacement of freedom for historical necessity from Karl Marx¿s work onwards. With the rupture of tradition and the perplexities provoked by them, this limitation of social sciences became evident. Arendt has viewed the thought as the only reaction capable to explain what have happened without pacify the monstrosity of the camps of concentration and extermination by presuming them to be necessary consequences of the European political past. After all, the techno-scientific mentality was another of the crystalized elements in the totalitarian phenomena, then being incapable of getting distance to understand the unprecedented character of what happened. Thereby, Arendt realized that the exercise of understanding provided by thought era the only way in order to avoid that this radical event was repeatedDoutoradoFilosofiaDoutor em FilosofiaCAPES[s.n.]Frateschi, Yara Adario, 1973-Silva, Adriano Correia daDuarte, André de MacedoHulshof, MoniqueAguiar, Odilio AlvesUniversidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Filosofia e Ciências HumanasPrograma de Pós-Graduação em FilosofiaUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINASBodziak Junior, Paulo Eduardo, 1986-20172017-09-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdf1 recurso online (220 p.) : il., digital, arquivo PDF.https://hdl.handle.net/20.500.12733/1632805BODZIAK JUNIOR, Paulo Eduardo. Em defesa do pensamento: modernidade e a crítica às ciências sociais em Hannah Arendt. 2017. 1 recurso online (220 p.) Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Campinas, SP. Disponível em: https://hdl.handle.net/20.500.12733/1632805. Acesso em: 3 set. 2024.https://repositorio.unicamp.br/acervo/detalhe/991381Requisitos do sistema: Software para leitura de arquivo em PDFporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)instname:Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)instacron:UNICAMPinfo:eu-repo/semantics/openAccess2018-03-02T13:51:07Zoai::991381Biblioteca Digital de Teses e DissertaçõesPUBhttp://repositorio.unicamp.br/oai/tese/oai.aspsbubd@unicamp.bropendoar:2018-03-02T13:51:07Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) - Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)false
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