Do silêncio angustiante aos sentidos desviantes: subversão discursiva na microesfera do exercício de poder
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Data de Publicação: | 2015 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
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Título da fonte: | Rua (Campinas. Online) |
Texto Completo: | https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/rua/article/view/8638869 |
Resumo: | A coleção Francisco Rodrigues de fotografia, pertencente à Fundação Joaquim Nabuco, é conhecida por guardar a memória visual das famílias dos senhores-de-engenho do Brasil do final do século XIX e início do século XX. A partir da análise de uma imagem específica desta coleção, em que uma mulher branca com uma criança negra no colo é retratada no jardim externo de um sobrado, mostramos o confronto discursivo travado entre a sociedade patriarcal escravocrata e outros discursos que lhe eram opositores, como o discurso abolicionista e o da insubordinação feminina. Para tal análise, agenciamos em especial o conceito de formação imaginária (PÊUCHEUX, 1993) e o de resistência (FOUCAULT, 2006). Também, a partir de uma abordagem discursiva, discorremos sobre a própria materialidade fotossensível usada para imprimir a imagem em foco, no caso, uma albumina. Esta tecnologia perseguiu o desejo de registrar com precisão o “real” e atestar a verdade das coisas, em consonância com o pensamento de base iluminista. Ao final, a análise mostra que o diálogo entre a materialidade mesma da fotografia e a representação imagética aponta para uma série de confrontos discursivos que desestabilizam a ordem vigente. |
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Do silêncio angustiante aos sentidos desviantes: subversão discursiva na microesfera do exercício de poderFotografia oitocentista. Sociedade escravocrata. Formação-imaginária. Resistência discursivaA coleção Francisco Rodrigues de fotografia, pertencente à Fundação Joaquim Nabuco, é conhecida por guardar a memória visual das famílias dos senhores-de-engenho do Brasil do final do século XIX e início do século XX. A partir da análise de uma imagem específica desta coleção, em que uma mulher branca com uma criança negra no colo é retratada no jardim externo de um sobrado, mostramos o confronto discursivo travado entre a sociedade patriarcal escravocrata e outros discursos que lhe eram opositores, como o discurso abolicionista e o da insubordinação feminina. Para tal análise, agenciamos em especial o conceito de formação imaginária (PÊUCHEUX, 1993) e o de resistência (FOUCAULT, 2006). Também, a partir de uma abordagem discursiva, discorremos sobre a própria materialidade fotossensível usada para imprimir a imagem em foco, no caso, uma albumina. Esta tecnologia perseguiu o desejo de registrar com precisão o “real” e atestar a verdade das coisas, em consonância com o pensamento de base iluminista. Ao final, a análise mostra que o diálogo entre a materialidade mesma da fotografia e a representação imagética aponta para uma série de confrontos discursivos que desestabilizam a ordem vigente.Universidade Estadual de Campinas2015-07-22info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionPesquisa bibliográficaapplication/pdfhttps://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/rua/article/view/863886910.20396/rua.v15i1.8638869RUA; Vol. 15 No. 1 (2009); 15-28RUA; v. 15 n. 1 (2009); 15-282179-99111413-2109reponame:Rua (Campinas. Online)instname:Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)instacron:UNICAMPporhttps://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/rua/article/view/8638869/6475Copyright (c) 2009 RUAinfo:eu-repo/semantics/openAccessSouza, Camila Targino eMelo, Cristina Teixeira Vieira de2018-01-12T10:37:42Zoai:ojs.periodicos.sbu.unicamp.br:article/8638869Revistahttps://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/ruaPUBhttps://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/rua/oaipublabe@unicamp.br2179-99111413-2109opendoar:2018-01-12T10:37:42Rua (Campinas. Online) - Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)false |
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