Mercúrio rouba a voz e o lugar de Apolo no carm. 1. 10 de Horácio
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Phaos (Online) |
Texto Completo: | https://revistas.iel.unicamp.br/index.php/phaos/article/view/5748 |
Resumo: | Neste artigo, propomos que Horácio, ao tomar como modelo para a disposição das Odes a edição helenística de Alceu, que se iniciava por um hino a Apolo (fr. 307a V.), cria a expectativa de louvor a um deus. O primeiro hino nas Odes, porém, é a Mercúrio (carm. 1. 10), o inventor da lira, que assim ‘rouba’ a posição de destaque dada a Apolo na edição-modelo. Numa leitura metapoética, entendemos que o roubo, característica ressaltada ao longo do poema, não só é das vacas e da aljava, mas também da própria voz de Febo. Além disso, a habilidade em enganar de Mercúrio parece incidir no engano que se tem ao considerar a ode como fim do livro. Ao criar ainda a expectativa de conclusão, ao deslocar o hino para a final da primeira parte do livro, o carm. 1. 10 mostra-se um falso fim na continuidade da leitura. Esse jocoso Mercúrio, como jocosa é a lírica de Horácio (carm. 3. 3. 69), parece disputar ainda a posição com Apolo em outros lugares estratégicos de Odes 1. |
id |
UNICAMP-7_87f7b487f91468c35f4ea2f28c595133 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:revistas.iel.unicamp.br:article/5748 |
network_acronym_str |
UNICAMP-7 |
network_name_str |
Phaos (Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
Mercúrio rouba a voz e o lugar de Apolo no carm. 1. 10 de HorácioHorácio. Odes. Hino. Mercúrio. Falso fim.Letras ClássicasNeste artigo, propomos que Horácio, ao tomar como modelo para a disposição das Odes a edição helenística de Alceu, que se iniciava por um hino a Apolo (fr. 307a V.), cria a expectativa de louvor a um deus. O primeiro hino nas Odes, porém, é a Mercúrio (carm. 1. 10), o inventor da lira, que assim ‘rouba’ a posição de destaque dada a Apolo na edição-modelo. Numa leitura metapoética, entendemos que o roubo, característica ressaltada ao longo do poema, não só é das vacas e da aljava, mas também da própria voz de Febo. Além disso, a habilidade em enganar de Mercúrio parece incidir no engano que se tem ao considerar a ode como fim do livro. Ao criar ainda a expectativa de conclusão, ao deslocar o hino para a final da primeira parte do livro, o carm. 1. 10 mostra-se um falso fim na continuidade da leitura. Esse jocoso Mercúrio, como jocosa é a lírica de Horácio (carm. 3. 3. 69), parece disputar ainda a posição com Apolo em outros lugares estratégicos de Odes 1.PhaoS - Revista de Estudos ClássicosPhaoS - Revista de Estudos Clássicos2017-09-12info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://revistas.iel.unicamp.br/index.php/phaos/article/view/5748PhaoS - Revista de Estudos Clássicos; Vol. 17 No. 1 (2017)PhaoS - Revista de Estudos Clássicos; v. 17 n. 1 (2017)2526-80581676-3076reponame:Phaos (Online)instname:Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)instacron:UNICAMPporhttps://revistas.iel.unicamp.br/index.php/phaos/article/view/5748/5987Hasegawa, Alexandre Pinheiroinfo:eu-repo/semantics/openAccess2017-10-26T12:47:18Zoai:revistas.iel.unicamp.br:article/5748Revistahttps://revistas.iel.unicamp.br/index.php/phaosPUBhttps://revistas.iel.unicamp.br/index.php/phaos/oai||phaos@iel.unicamp.br|| spublic@iel.unicamp.br2526-80581676-3076opendoar:2017-10-26T12:47:18Phaos (Online) - Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Mercúrio rouba a voz e o lugar de Apolo no carm. 1. 10 de Horácio |
title |
Mercúrio rouba a voz e o lugar de Apolo no carm. 1. 10 de Horácio |
spellingShingle |
Mercúrio rouba a voz e o lugar de Apolo no carm. 1. 10 de Horácio Hasegawa, Alexandre Pinheiro Horácio. Odes. Hino. Mercúrio. Falso fim. Letras Clássicas |
title_short |
Mercúrio rouba a voz e o lugar de Apolo no carm. 1. 10 de Horácio |
title_full |
Mercúrio rouba a voz e o lugar de Apolo no carm. 1. 10 de Horácio |
title_fullStr |
Mercúrio rouba a voz e o lugar de Apolo no carm. 1. 10 de Horácio |
title_full_unstemmed |
Mercúrio rouba a voz e o lugar de Apolo no carm. 1. 10 de Horácio |
title_sort |
Mercúrio rouba a voz e o lugar de Apolo no carm. 1. 10 de Horácio |
author |
Hasegawa, Alexandre Pinheiro |
author_facet |
Hasegawa, Alexandre Pinheiro |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Hasegawa, Alexandre Pinheiro |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Horácio. Odes. Hino. Mercúrio. Falso fim. Letras Clássicas |
topic |
Horácio. Odes. Hino. Mercúrio. Falso fim. Letras Clássicas |
description |
Neste artigo, propomos que Horácio, ao tomar como modelo para a disposição das Odes a edição helenística de Alceu, que se iniciava por um hino a Apolo (fr. 307a V.), cria a expectativa de louvor a um deus. O primeiro hino nas Odes, porém, é a Mercúrio (carm. 1. 10), o inventor da lira, que assim ‘rouba’ a posição de destaque dada a Apolo na edição-modelo. Numa leitura metapoética, entendemos que o roubo, característica ressaltada ao longo do poema, não só é das vacas e da aljava, mas também da própria voz de Febo. Além disso, a habilidade em enganar de Mercúrio parece incidir no engano que se tem ao considerar a ode como fim do livro. Ao criar ainda a expectativa de conclusão, ao deslocar o hino para a final da primeira parte do livro, o carm. 1. 10 mostra-se um falso fim na continuidade da leitura. Esse jocoso Mercúrio, como jocosa é a lírica de Horácio (carm. 3. 3. 69), parece disputar ainda a posição com Apolo em outros lugares estratégicos de Odes 1. |
publishDate |
2017 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2017-09-12 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://revistas.iel.unicamp.br/index.php/phaos/article/view/5748 |
url |
https://revistas.iel.unicamp.br/index.php/phaos/article/view/5748 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://revistas.iel.unicamp.br/index.php/phaos/article/view/5748/5987 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
PhaoS - Revista de Estudos Clássicos PhaoS - Revista de Estudos Clássicos |
publisher.none.fl_str_mv |
PhaoS - Revista de Estudos Clássicos PhaoS - Revista de Estudos Clássicos |
dc.source.none.fl_str_mv |
PhaoS - Revista de Estudos Clássicos; Vol. 17 No. 1 (2017) PhaoS - Revista de Estudos Clássicos; v. 17 n. 1 (2017) 2526-8058 1676-3076 reponame:Phaos (Online) instname:Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) instacron:UNICAMP |
instname_str |
Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) |
instacron_str |
UNICAMP |
institution |
UNICAMP |
reponame_str |
Phaos (Online) |
collection |
Phaos (Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Phaos (Online) - Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) |
repository.mail.fl_str_mv |
||phaos@iel.unicamp.br|| spublic@iel.unicamp.br |
_version_ |
1800216932532617216 |