Sobre a natureza da linguagem: Agostinho e Wittgenstein

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bottin, Francesco
Data de Publicação: 2012
Outros Autores: Costa, Marcos Roberto Nunes, de Lima, Jorge Cândido
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Ágora Filosófica
Texto Completo: http://www.unicap.br/ojs/index.php/agora/article/view/83
Resumo: Wittgenstein sempre considerou as Confissões de Santo Agostinho como “the most serious work ever written” e, todavia, criticou muito agudamente a conceoção de linguagem de Agostinho nas suas Ricerche Filosofiche [Pesquisas Filosóficas], na Grammatica Filosofica [Gramática Filosófica] e no Libro Marrone [Livro Marron]. Mas a crítica da linguagem como “imagem” em Agostinho é de fato também a crítica da lingugem como “figura” do Tractatus Logico-Philosophicus [Tratados Lógico-Filosóficos] do mesmo 1° Wittgenstein. Pelo contrário, nas análises do modo pelo qual os signos tomam vida é evidente uma forte semelhança entre a doutrina do 2° Wittgenstein e aquela que Agostinhoprofessa no De magistro [Sobre o Mestre] e no De Trinitate [Sobre a Trindade]. Con efeito, tendo por base motivações muito diferentes, seja Agostinho como Wittgenstein pensam que os signos linguísticos em si mesmos são mortos e incapazes de significar e que o seu significado emerge por sua vez progressivamente pelo contexto nos quais venham a ser usados.
id UNICAP-2_e8f67f69e3702e006a7150548d225426
oai_identifier_str oai:ojs2.gavoa.unicap.br:article/83
network_acronym_str UNICAP-2
network_name_str Revista Ágora Filosófica
spelling Sobre a natureza da linguagem: Agostinho e WittgensteinWittgenstein sempre considerou as Confissões de Santo Agostinho como “the most serious work ever written” e, todavia, criticou muito agudamente a conceoção de linguagem de Agostinho nas suas Ricerche Filosofiche [Pesquisas Filosóficas], na Grammatica Filosofica [Gramática Filosófica] e no Libro Marrone [Livro Marron]. Mas a crítica da linguagem como “imagem” em Agostinho é de fato também a crítica da lingugem como “figura” do Tractatus Logico-Philosophicus [Tratados Lógico-Filosóficos] do mesmo 1° Wittgenstein. Pelo contrário, nas análises do modo pelo qual os signos tomam vida é evidente uma forte semelhança entre a doutrina do 2° Wittgenstein e aquela que Agostinhoprofessa no De magistro [Sobre o Mestre] e no De Trinitate [Sobre a Trindade]. Con efeito, tendo por base motivações muito diferentes, seja Agostinho como Wittgenstein pensam que os signos linguísticos em si mesmos são mortos e incapazes de significar e que o seu significado emerge por sua vez progressivamente pelo contexto nos quais venham a ser usados.Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP)Bottin, FrancescoCosta, Marcos Roberto Nunesde Lima, Jorge Cândido2012-03-24info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttp://www.unicap.br/ojs/index.php/agora/article/view/8310.25247/P1982-999X.2007.v1n1.p%pRevista Ágora Filosófica; v. 1, n. 1 (2007): Tomás de Aquino e a Questão de Deus1982-999X1679-538510.25247/P1982-999X.2007.v1n1reponame:Revista Ágora Filosóficainstname:Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP)instacron:UNICAPporhttp://www.unicap.br/ojs/index.php/agora/article/view/83/77info:eu-repo/semantics/openAccess2020-08-04T10:42:19Zoai:ojs2.gavoa.unicap.br:article/83Revistahttp://www.unicap.br/ojs/index.php/agora/oai1982-999X1679-5385opendoar:null2020-08-04 10:42:20.159Revista Ágora Filosófica - Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP)false
dc.title.none.fl_str_mv Sobre a natureza da linguagem: Agostinho e Wittgenstein
title Sobre a natureza da linguagem: Agostinho e Wittgenstein
spellingShingle Sobre a natureza da linguagem: Agostinho e Wittgenstein
Bottin, Francesco
title_short Sobre a natureza da linguagem: Agostinho e Wittgenstein
title_full Sobre a natureza da linguagem: Agostinho e Wittgenstein
title_fullStr Sobre a natureza da linguagem: Agostinho e Wittgenstein
title_full_unstemmed Sobre a natureza da linguagem: Agostinho e Wittgenstein
title_sort Sobre a natureza da linguagem: Agostinho e Wittgenstein
author Bottin, Francesco
author_facet Bottin, Francesco
Costa, Marcos Roberto Nunes
de Lima, Jorge Cândido
author_role author
author2 Costa, Marcos Roberto Nunes
de Lima, Jorge Cândido
author2_role author
author
dc.contributor.none.fl_str_mv
dc.contributor.author.fl_str_mv Bottin, Francesco
Costa, Marcos Roberto Nunes
de Lima, Jorge Cândido
dc.subject.none.fl_str_mv


dc.description.none.fl_txt_mv Wittgenstein sempre considerou as Confissões de Santo Agostinho como “the most serious work ever written” e, todavia, criticou muito agudamente a conceoção de linguagem de Agostinho nas suas Ricerche Filosofiche [Pesquisas Filosóficas], na Grammatica Filosofica [Gramática Filosófica] e no Libro Marrone [Livro Marron]. Mas a crítica da linguagem como “imagem” em Agostinho é de fato também a crítica da lingugem como “figura” do Tractatus Logico-Philosophicus [Tratados Lógico-Filosóficos] do mesmo 1° Wittgenstein. Pelo contrário, nas análises do modo pelo qual os signos tomam vida é evidente uma forte semelhança entre a doutrina do 2° Wittgenstein e aquela que Agostinhoprofessa no De magistro [Sobre o Mestre] e no De Trinitate [Sobre a Trindade]. Con efeito, tendo por base motivações muito diferentes, seja Agostinho como Wittgenstein pensam que os signos linguísticos em si mesmos são mortos e incapazes de significar e que o seu significado emerge por sua vez progressivamente pelo contexto nos quais venham a ser usados.
description Wittgenstein sempre considerou as Confissões de Santo Agostinho como “the most serious work ever written” e, todavia, criticou muito agudamente a conceoção de linguagem de Agostinho nas suas Ricerche Filosofiche [Pesquisas Filosóficas], na Grammatica Filosofica [Gramática Filosófica] e no Libro Marrone [Livro Marron]. Mas a crítica da linguagem como “imagem” em Agostinho é de fato também a crítica da lingugem como “figura” do Tractatus Logico-Philosophicus [Tratados Lógico-Filosóficos] do mesmo 1° Wittgenstein. Pelo contrário, nas análises do modo pelo qual os signos tomam vida é evidente uma forte semelhança entre a doutrina do 2° Wittgenstein e aquela que Agostinhoprofessa no De magistro [Sobre o Mestre] e no De Trinitate [Sobre a Trindade]. Con efeito, tendo por base motivações muito diferentes, seja Agostinho como Wittgenstein pensam que os signos linguísticos em si mesmos são mortos e incapazes de significar e que o seu significado emerge por sua vez progressivamente pelo contexto nos quais venham a ser usados.
publishDate 2012
dc.date.none.fl_str_mv 2012-03-24
dc.type.none.fl_str_mv

dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://www.unicap.br/ojs/index.php/agora/article/view/83
10.25247/P1982-999X.2007.v1n1.p%p
url http://www.unicap.br/ojs/index.php/agora/article/view/83
identifier_str_mv 10.25247/P1982-999X.2007.v1n1.p%p
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv http://www.unicap.br/ojs/index.php/agora/article/view/83/77
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.coverage.none.fl_str_mv


dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP)
publisher.none.fl_str_mv Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP)
dc.source.none.fl_str_mv Revista Ágora Filosófica; v. 1, n. 1 (2007): Tomás de Aquino e a Questão de Deus
1982-999X
1679-5385
10.25247/P1982-999X.2007.v1n1
reponame:Revista Ágora Filosófica
instname:Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP)
instacron:UNICAP
reponame_str Revista Ágora Filosófica
collection Revista Ágora Filosófica
instname_str Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP)
instacron_str UNICAP
institution UNICAP
repository.name.fl_str_mv Revista Ágora Filosófica - Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1674119801455247360