DA MULTIPARENTALIDADE: O NOME COMO DIREITO FUNDAMENTAL AO EXERCÍCIO DO AFETO E DA IDENTIDADE PARENTAL

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: CARDOSO, Luís Eduardo Cesnik
Data de Publicação: 2018
Outros Autores: SIMÕES, Fernanda Moreira Benvenuto Mesquita
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Digital Unicesumar
Texto Completo: http://rdu.unicesumar.edu.br/handle/123456789/2051
Resumo: O presente projeto tem por objetivo investigar e apontar as novas concepções e modelos de famílias buscando uma reflexão quanto à chamada conduta da boa paternidade e maternidade que envolve as famílias socioafetivas, cuja formação tem como base fundante a afetividade. Ter-se-á ainda a análise dos seus efeitos na esfera jurídica e consequentemente na sociedade, cuja finalidade institui na defesa do direito e uso ao nome como direito fundamental e personalíssimo para o exercício da personalidade individual e coletiva, como forma de garantir e assegurar que após reconhecida a família que forma no afeto é de se perquirir ao direito que seja garantida a identificação da mesma através do uso de seu patronímico. A multiparentalidade é uma configuração alternativa de família constituída pela ideia de uma família não tradicional, baseada somente no amor, carinho e afeto, sem a necessidade ou obrigatoriedade de um relacionamento romântico, conjugal ou até mesmo sexual entre os parceiros envolvidos. O Supremo Tribunal Federal (STF) publicou acórdão do julgamento que acolheu a tese da Multiparentalidade, com a divulgação da deliberação que julgou a Repercussão Geral 622: “A paternidade socioafetiva, declarada ou não em registro público, não impede o reconhecimento do vínculo de filiação concomitante baseado na origem biológica, com os efeitos jurídicos próprios.” Com o reconhecimento de que o afeto é um princípio do direito de família e faz as vezes papel de direito fundamental, há uma quebra de paradigmas, valorizando e dando lugar para o afeto, para o que envolve cada uma das relações familiares. A multiparentalidade é uma forma de inclusão e legitimação da pessoa que cuida, ama e cria como se fosse seu próprio filho, sem excluir os pais biológico. Esse direito é decorrente do Princípio da Dignidade Humana, pois é o substantivo que distingue as coisas que nos cercam, e o nome da pessoa a distingue das demais, juntamente com os outros atributos da personalidade, dentro da sociedade. É pelo nome que a pessoa fica conhecida no seio da família e da comunidade em que vive. “Trata-se de uma manifestação expressiva da personalidade.” O nome como direito da personalidade é fundamental para a expressão da pessoalidade, coma existência da paternidade afetiva, o nome dos pais afetivos passam a ser um direito no nome do filho, sem qualquer impedimento legal, que poderia ser composto pelo prenome e o apelido de família de todos os genitores. Para alcançar os objetivos propostos no presente trabalho, será utilizado o método teórico que consiste na consulta da bibliografia existente acerca do tema/problema da pesquisa no estudo e leitura de obras doutrinárias, legislação, jurisprudência, documentos eletrônicos de vários ordenamentos jurídicos, bem como de artigos, periódicos e anais que versam o tema. Será empregado, também, o método comparativo, que consiste em realizar comparações acerca do tema/problema, a fim de explicar semelhanças e divergências entre a legislação brasileira e estrangeira.
id UNICESU -1_20eddf2c5bed75fa48b652280577eb42
oai_identifier_str oai:rdu.unicesumar.edu.br:123456789/2051
network_acronym_str UNICESU -1
network_name_str Repositório Digital Unicesumar
repository_id_str
spelling DA MULTIPARENTALIDADE: O NOME COMO DIREITO FUNDAMENTAL AO EXERCÍCIO DO AFETO E DA IDENTIDADE PARENTALDireitos personalíssimosMultiparentalidadeAfetividadeO presente projeto tem por objetivo investigar e apontar as novas concepções e modelos de famílias buscando uma reflexão quanto à chamada conduta da boa paternidade e maternidade que envolve as famílias socioafetivas, cuja formação tem como base fundante a afetividade. Ter-se-á ainda a análise dos seus efeitos na esfera jurídica e consequentemente na sociedade, cuja finalidade institui na defesa do direito e uso ao nome como direito fundamental e personalíssimo para o exercício da personalidade individual e coletiva, como forma de garantir e assegurar que após reconhecida a família que forma no afeto é de se perquirir ao direito que seja garantida a identificação da mesma através do uso de seu patronímico. A multiparentalidade é uma configuração alternativa de família constituída pela ideia de uma família não tradicional, baseada somente no amor, carinho e afeto, sem a necessidade ou obrigatoriedade de um relacionamento romântico, conjugal ou até mesmo sexual entre os parceiros envolvidos. O Supremo Tribunal Federal (STF) publicou acórdão do julgamento que acolheu a tese da Multiparentalidade, com a divulgação da deliberação que julgou a Repercussão Geral 622: “A paternidade socioafetiva, declarada ou não em registro público, não impede o reconhecimento do vínculo de filiação concomitante baseado na origem biológica, com os efeitos jurídicos próprios.” Com o reconhecimento de que o afeto é um princípio do direito de família e faz as vezes papel de direito fundamental, há uma quebra de paradigmas, valorizando e dando lugar para o afeto, para o que envolve cada uma das relações familiares. A multiparentalidade é uma forma de inclusão e legitimação da pessoa que cuida, ama e cria como se fosse seu próprio filho, sem excluir os pais biológico. Esse direito é decorrente do Princípio da Dignidade Humana, pois é o substantivo que distingue as coisas que nos cercam, e o nome da pessoa a distingue das demais, juntamente com os outros atributos da personalidade, dentro da sociedade. É pelo nome que a pessoa fica conhecida no seio da família e da comunidade em que vive. “Trata-se de uma manifestação expressiva da personalidade.” O nome como direito da personalidade é fundamental para a expressão da pessoalidade, coma existência da paternidade afetiva, o nome dos pais afetivos passam a ser um direito no nome do filho, sem qualquer impedimento legal, que poderia ser composto pelo prenome e o apelido de família de todos os genitores. Para alcançar os objetivos propostos no presente trabalho, será utilizado o método teórico que consiste na consulta da bibliografia existente acerca do tema/problema da pesquisa no estudo e leitura de obras doutrinárias, legislação, jurisprudência, documentos eletrônicos de vários ordenamentos jurídicos, bem como de artigos, periódicos e anais que versam o tema. Será empregado, também, o método comparativo, que consiste em realizar comparações acerca do tema/problema, a fim de explicar semelhanças e divergências entre a legislação brasileira e estrangeira.UNIVERSIDADE CESUMARBrasilUNICESUMAR2019-08-21T14:55:48Z2019-08-21T14:55:48Z2018-10-23info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdf978.85.459.1280-4http://rdu.unicesumar.edu.br/handle/123456789/2051porCARDOSO, Luís Eduardo CesnikSIMÕES, Fernanda Moreira Benvenuto Mesquitainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Digital Unicesumarinstname:Centro Universitário de Maringá (UNICESUMAR)instacron:UniCesumar2020-08-03T19:06:48ZRepositório InstitucionalPRI
dc.title.none.fl_str_mv DA MULTIPARENTALIDADE: O NOME COMO DIREITO FUNDAMENTAL AO EXERCÍCIO DO AFETO E DA IDENTIDADE PARENTAL
title DA MULTIPARENTALIDADE: O NOME COMO DIREITO FUNDAMENTAL AO EXERCÍCIO DO AFETO E DA IDENTIDADE PARENTAL
spellingShingle DA MULTIPARENTALIDADE: O NOME COMO DIREITO FUNDAMENTAL AO EXERCÍCIO DO AFETO E DA IDENTIDADE PARENTAL
CARDOSO, Luís Eduardo Cesnik
Direitos personalíssimos
Multiparentalidade
Afetividade
title_short DA MULTIPARENTALIDADE: O NOME COMO DIREITO FUNDAMENTAL AO EXERCÍCIO DO AFETO E DA IDENTIDADE PARENTAL
title_full DA MULTIPARENTALIDADE: O NOME COMO DIREITO FUNDAMENTAL AO EXERCÍCIO DO AFETO E DA IDENTIDADE PARENTAL
title_fullStr DA MULTIPARENTALIDADE: O NOME COMO DIREITO FUNDAMENTAL AO EXERCÍCIO DO AFETO E DA IDENTIDADE PARENTAL
title_full_unstemmed DA MULTIPARENTALIDADE: O NOME COMO DIREITO FUNDAMENTAL AO EXERCÍCIO DO AFETO E DA IDENTIDADE PARENTAL
title_sort DA MULTIPARENTALIDADE: O NOME COMO DIREITO FUNDAMENTAL AO EXERCÍCIO DO AFETO E DA IDENTIDADE PARENTAL
author CARDOSO, Luís Eduardo Cesnik
author_facet CARDOSO, Luís Eduardo Cesnik
SIMÕES, Fernanda Moreira Benvenuto Mesquita
author_role author
author2 SIMÕES, Fernanda Moreira Benvenuto Mesquita
author2_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv CARDOSO, Luís Eduardo Cesnik
SIMÕES, Fernanda Moreira Benvenuto Mesquita
dc.subject.por.fl_str_mv Direitos personalíssimos
Multiparentalidade
Afetividade
topic Direitos personalíssimos
Multiparentalidade
Afetividade
description O presente projeto tem por objetivo investigar e apontar as novas concepções e modelos de famílias buscando uma reflexão quanto à chamada conduta da boa paternidade e maternidade que envolve as famílias socioafetivas, cuja formação tem como base fundante a afetividade. Ter-se-á ainda a análise dos seus efeitos na esfera jurídica e consequentemente na sociedade, cuja finalidade institui na defesa do direito e uso ao nome como direito fundamental e personalíssimo para o exercício da personalidade individual e coletiva, como forma de garantir e assegurar que após reconhecida a família que forma no afeto é de se perquirir ao direito que seja garantida a identificação da mesma através do uso de seu patronímico. A multiparentalidade é uma configuração alternativa de família constituída pela ideia de uma família não tradicional, baseada somente no amor, carinho e afeto, sem a necessidade ou obrigatoriedade de um relacionamento romântico, conjugal ou até mesmo sexual entre os parceiros envolvidos. O Supremo Tribunal Federal (STF) publicou acórdão do julgamento que acolheu a tese da Multiparentalidade, com a divulgação da deliberação que julgou a Repercussão Geral 622: “A paternidade socioafetiva, declarada ou não em registro público, não impede o reconhecimento do vínculo de filiação concomitante baseado na origem biológica, com os efeitos jurídicos próprios.” Com o reconhecimento de que o afeto é um princípio do direito de família e faz as vezes papel de direito fundamental, há uma quebra de paradigmas, valorizando e dando lugar para o afeto, para o que envolve cada uma das relações familiares. A multiparentalidade é uma forma de inclusão e legitimação da pessoa que cuida, ama e cria como se fosse seu próprio filho, sem excluir os pais biológico. Esse direito é decorrente do Princípio da Dignidade Humana, pois é o substantivo que distingue as coisas que nos cercam, e o nome da pessoa a distingue das demais, juntamente com os outros atributos da personalidade, dentro da sociedade. É pelo nome que a pessoa fica conhecida no seio da família e da comunidade em que vive. “Trata-se de uma manifestação expressiva da personalidade.” O nome como direito da personalidade é fundamental para a expressão da pessoalidade, coma existência da paternidade afetiva, o nome dos pais afetivos passam a ser um direito no nome do filho, sem qualquer impedimento legal, que poderia ser composto pelo prenome e o apelido de família de todos os genitores. Para alcançar os objetivos propostos no presente trabalho, será utilizado o método teórico que consiste na consulta da bibliografia existente acerca do tema/problema da pesquisa no estudo e leitura de obras doutrinárias, legislação, jurisprudência, documentos eletrônicos de vários ordenamentos jurídicos, bem como de artigos, periódicos e anais que versam o tema. Será empregado, também, o método comparativo, que consiste em realizar comparações acerca do tema/problema, a fim de explicar semelhanças e divergências entre a legislação brasileira e estrangeira.
publishDate 2018
dc.date.none.fl_str_mv 2018-10-23
2019-08-21T14:55:48Z
2019-08-21T14:55:48Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv 978.85.459.1280-4
http://rdu.unicesumar.edu.br/handle/123456789/2051
identifier_str_mv 978.85.459.1280-4
url http://rdu.unicesumar.edu.br/handle/123456789/2051
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv UNIVERSIDADE CESUMAR
Brasil
UNICESUMAR
publisher.none.fl_str_mv UNIVERSIDADE CESUMAR
Brasil
UNICESUMAR
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Digital Unicesumar
instname:Centro Universitário de Maringá (UNICESUMAR)
instacron:UniCesumar
instname_str Centro Universitário de Maringá (UNICESUMAR)
instacron_str UniCesumar
institution UniCesumar
reponame_str Repositório Digital Unicesumar
collection Repositório Digital Unicesumar
repository.name.fl_str_mv
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1747771934376984576