Estratégias nutricionais para a promoção da saúde em mulheres com excesso de peso. Prescrição ou orientação?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: BOLOGNESE, Marciele Alves
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Digital Unicesumar
Texto Completo: http://rdu.unicesumar.edu.br/handle/123456789/5983
Resumo: A obesidade é uma doença crônica e representa um dos maiores problemas de saúde pública na atualidade. Além de acometer a saúde física e biológica, essa patologia tem sido associada ao aumento dos fatores de risco para o desenvolvimento de distúrbios psicológicos como ansiedade, depressão, transtornos alimentares, baixa autoestima e imagem corporal distorcida. Diversas estratégias têm sido aplicadas para o tratamento de sobrepeso e obesidade, dentre as quais, destacam-se as intervenções no estilo de vida que combinam mudanças nos hábitos alimentares e prática de exercícios físicos. O objetivo deste estudo foi investigar os efeitos de duas diferentes estratégias nutricionais, sendo elas, orientação nutricional em grupo e prescrição nutricional individualizada, combinadas com exercícios físicos na composição corporal, perfil alimentar, variáveis metabólicas e saúde mental de mulheres pós-menopausa, com sobrepeso ou obesidade. A amostra foi composta por 74 mulheres entre 40-59 anos de idade. As participantes foram aleatorizada em dois grupos de intervenção nutricional (GON = grupo orientação nutricional e GPN = grupo prescrição nutricional) ao longo de 12 semanas. Os grupos foram submetidos ao mesmo protocolo de exercícios físicos. Avaliou-se o peso corporal, índice de massa corporal (IMC), massa gorda (MG), percentual de gordura corporal (PGC), massa magra (MM). Foi aplicado o registro alimentar para o cálculo do valor energético total (VET), carboidratos (CHO), proteínas (PTN), lipídeos (LIP), gordura saturada e poli-insaturada. O perfil lipídico, hemoglobina glicada, insulina, transaminase oxalacética e pirúvica (TGO e TGP) foi realizado por meio de coleta sanguínea. Para avaliar a saúde mental utilizou-se os seguintes parâmetros: escore de insatisfação com a imagem corporal, níveis de ansiedade e autoestima e predisposição para o desenvolvimento de atitudes alimentares patológicas. No findar do processo interventivo, 11 mulheres completaram as 12 semanas de intervenção no GON e 16 mulheres no GPN. Após as 12 semanas, foram identificadas reduções do peso corporal, IMC, MG, PGC, VET, CHO, PTN, LIP, gordura saturada e poliinsaturada em ambos os grupos (p<0,05). Não foram identificadas diferenças para a MM e variáveis metabólicas (p>0,05). Houve redução significativa da insatisfação corporal e níveis de ansiedade para ambos os grupos, constatou-se também correlação entre ansiedade e atitudes alimentares patológicas com a insatisfação da imagem corporal. Por outro lado, não foi observada diferença estatisticamente significativa para a autoestima e atitudes alimentares nos dois grupos experimentais, após as 12 semanas de intervenção. Pode-se concluir que tanto a orientação quanto a prescrição nutricional, associadas ao exercício físico, podem ser efetivas para a redução do peso corporal, melhoria da composição corporal e melhoria de parâmetros de saúde mental. Assim, a determinação da intervenção nutricional deve ser baseada no perfil do indivíduo, respeitando-se seus anseios e desejos, o que aumentam as chances de aderência ao programa nutricional escolhido e manutenção da mudança dietética a longo prazo.
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