RUPTURA DE BAÇO: AVALIAÇÃO DA CONDUTA TERAPÊUTICA NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: MARTINEZ, Laísa Raquel Tamezawa
Data de Publicação: 2005
Outros Autores: SILVA, André Vicente Aleixo, MURAD, Ivan
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Digital Unicesumar
Texto Completo: http://rdu.unicesumar.edu.br/handle/123456789/7278
Resumo: O baço é o órgão mais comumente lesado durante o trauma abdominal fechado. A lesão desse órgão deve ser suspeitada em qualquer paciente com dor abdominal após traumatismo contuso, especialmente se a dor estiver referida sobre o quadrante superior esquerdo. Historicamente, a esplenectomia era considerada o método mais aceitável de tratamento para as lesões esplênicas, mas, na atualidade, opções terapêuticas como esplenorrafia e controle não-cirúrgico são utilizados com alta taxa de sucesso em pacientes selecionados. Com o objetivo de situar o Hospital Universitário de Maringá (HUM) em relação a outros serviços e devido à pequena existência de estatísticas nacionais, foi realizada uma revisão dos casos de ruptura do baço por traumatismo abdominal ocorridos no período de janeiro de 2001 a agosto de 2005. O total de casos encontrados foi de 34 pacientes, os quais foram divididos em dois grupos: tratamento cirúrgico, composto por 27 casos de esplenectomia e 1 caso de esplenorrafia, totalizando 28 casos; e tratamento clínico, com 6 casos. Dos 34 pacientes, apenas 5 eram mulheres e 29 homens, evidenciando o caráter traumático da lesão. A maioria dos pacientes, 64,7%, tinha idade entre 10-30 anos, seguido por 14,71% entre 50-60 anos. A faixa etária menos atingida foi acima de 60 anos (2,95%). Entre as causas encontradas, a queda de nível foi a mais comum, respondendo por 38,24%; seguido por acidentes automobilísticos, 20,59%; e ciclísticos, 17,64%. Ainda encontramos 8,82% de rupturas através de agressão física e 8,82% em casos de ferimento por arma branca. Cerca de 5,89% das rupturas foram motivadas por outras causas. A ultrassonografia foi o exame diagnóstico de referência em 24 casos. Dos 28 pacientes tratados cirurgicamente, 18 realizaram o exame e 10 foram para laparotomia exploratória imediata. Em todos os 6 casos tratados clinicamente a ultrassonografia foi efetuada. Cem por cento dos laudos evidenciaram volume de líquido na cavidade intra-abdominal e possível lesão esplênica. Em apenas 2 casos foi utilizado o exame de tomografia computadorizada abdominal. Foram encontradas lesões associadas, em ambos os grupos, como fratura de costelas, hemotórax, hemoperitônio, peritonite, laceração hepática e intestinal, perfuração gástrica e trauma crânio-encefálico. Dos 27 pacientes submetidos a esplenectomia, 25 apresentaram boa evolução e 2 evoluíram a óbito por sepse e trauma craniano associado. O paciente submetido a esplenorrafia, assim como todos os 6 tratados clinicamente, obteve sucesso terapêutico. Mesmo sem apresentar uma conduta padrão diante da ruptura esplênica, os casos atendidos no HUM, tanto clínico quanto cirúrgico, apresentaram boa evolução terapêutica.
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