CONHECIMENTO E PRÁTICAS DE HIDRATAÇÃO DOS PRINCIPAIS MARCHADORES JUVENIS DO BRASIL

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: ALEXANDRINO, Eduardo Gauze
Data de Publicação: 2015
Outros Autores: MARÇAL, Danilo Francisco, BRAGHINI, Fernanda, BERTOLINI, Sônia Maria Marques Gomes, ABRÃO, Cleiton Cezário, PRATI, Sérgio Roberto Adriano
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Digital Unicesumar
Texto Completo: http://rdu.unicesumar.edu.br/handle/123456789/2411
Resumo: A prova de 10 km Marcha Atlética caracteriza-se como uma atividade altamente desgastante, exigindo dos atletas ampla preparação física e mental. Durante o treinamento intenso e sequência de competições, os atletas perdem quantidades significativas de líquidos, que se não adequadamente repostos provocam queda do rendimento e possíveis lesões. Por esse motivo, o objetivo desta pesquisa foi identificar o conhecimento e as práticas de hidratação de atletas marchadores ranqueados entre os 10 melhores do país na categoria juvenil. Pesquisa descritiva. A população foi constituída pelos marchadores participantes do Campeonato Brasileiro Juvenil de Atletismo de 2011 realizado na cidade de Maringá/PR. A amostra foi composta por 10 marchadores, 5 do sexo masculino e 5 do sexo feminino. Para identificar os hábitos dos atletas foi utilizado um questionário proposto por Marins (1999) composto por 18 perguntas objetivas relacionadas ao conhecimento e práticas de hidratação durante o treinamento e competições, posteriormente tabulados e analisados por meio da estatística descritiva, expressos em porcentagem das respostas obtidas. Os resultados principais mostraram que a média de tempo de pratica da Marcha Atlética entre os homens foi de 3,7 anos, quantidade de treino semanal foi de 7,4 vezes e tempo diário de 3,3 horas. Já entre as mulheres, o tempo de pratica da prova foi de 5,6 anos, quantidade de treino na semana de 6,2 vezes e tempo diário de 2,6 horas. Quanto a média do Índice de Massa Corporal foi de 20,4 kg/m² entre os homens e 17,2 kg/m² entre as mulheres. Os principais resultados mostram que 60% da amostra participaram de competições internacionais e 100% da amostra participou de quatro ou mais competições de nível nacional. As substâncias mais consumidas pelos marchadores durante o treinamento e competições foram água (90%) e isotônicos (60%). Apenas 50% demonstraram conhecimento correto sobre os benefícios destas bebidas carboidratadas. Do total, 90% dos marchadores demonstraram preocupação com hidratação antes, durante e depois do exercício físico. Uma minoria (10%) apresentou conhecimento eficaz sobre frequência e volume de hidratar-se, enquanto o restante demonstra hábitos ineficientes ao rendimento. A maioria dos atletas (60%) já usufruiu de orientação sobre a maneira adequada de hidratar-se. 90% se preocupam com o tipo de tecido a ser utilizado. Observou-se que 70% dos atletas preocupam-se em hidratar-se independente da estação do ano e 80% procuram ingerir líquidos antes de sentir sede. Por fim, as manifestações fisiológicas mais evidenciadas pelos marchadores neste estudo foram: sede muito intensa, sensação de perca de força e dor de cabeça em 40% da amostra, dificuldade para realização de um gesto técnico facilmente realizado em condições normais, fadiga generalizada, dificuldade de concentração e câimbras (30%). A partir dos resultados, apesar da maioria dos atletas possuírem conhecimentos sobre hidratação, ainda existem atletas com hábitos preocupantes. Tendo em vista os resultados esportivos expressivos da amostra, a pesquisa sugere necessidade de intervenção por técnicos, clubes e federações, onde a partir de orientação e controle de práticas eficazes de hidratação, os atletas podem ter o desempenho esportivo ampliado.
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