Autocompaixão em mulheres vítimas de relacionamentos íntimos abusivos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva , Ariel Cleyton da
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Cruzeiro do Sul
Texto Completo: https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/1770
Resumo: A autocompaixão é uma estratégia de regulação emocional que envolve uma atitude compassiva, de calor e acolhimento para consigo em momentos de sofrimento e um desejo de cuidar do próprio bem estar. Nas mulheres vítimas de relações íntimas abusivas, as quais são relações em que existe a predominância de abusos em suas diversas formas, como física, psicológica, moral, sexual, patrimonial e virtual, as estratégias de regulação emocional, em especial a autocompaixão, são fatores intrínsecos importantes para o enfrentamento das consequências de tais abusos. Dessa forma, a presente pesquisa pretendeu avaliar o nível de autocompaixão em mulheres que foram vítimas de relacionamentos íntimos abusivos. Para isto, realizou-se uma pesquisa de campo quantitativa de caráter comparativo, da qual participaram 229 mulheres que responderam a um questionário sociodemográfico, um questionário específico e à Escala de Autocompaixão (Self-Compassion Scale – SCS). Foi possível verificar que o índice de autocompaixão das mulheres vítimas de relações íntimas abusivas se mostrou acima da média, totalizando 70,5 e a Autobondade foi o componente mais presente dentre os subíndices, apresentando média de 14,5. A partir dos resultados deste estudo, pode-se considerar promover um direcionamento de intervenções acerca das estratégias de regulação emocional e outros fatores pertinentes à autocompaixão que podem ser melhoradas para que as mulheres que passaram e que passam por situações de violência sejam capazes de perceber suas consequências e planejar ações que possibilitem o bem estar, saúde mental e, principalmente, o cessamento dessas relações íntimas abusivas.
id UNICSUL-1_8653b43048a1bc53949b8f8bebe4c737
oai_identifier_str oai:repositorio.cruzeirodosul.edu.br:123456789/1770
network_acronym_str UNICSUL-1
network_name_str Repositório Institucional da Universidade Cruzeiro do Sul
repository_id_str
spelling 2021-03-25T17:36:13Z2021-03-262021-03-25T17:36:13Z2020-12-15https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/1770A autocompaixão é uma estratégia de regulação emocional que envolve uma atitude compassiva, de calor e acolhimento para consigo em momentos de sofrimento e um desejo de cuidar do próprio bem estar. Nas mulheres vítimas de relações íntimas abusivas, as quais são relações em que existe a predominância de abusos em suas diversas formas, como física, psicológica, moral, sexual, patrimonial e virtual, as estratégias de regulação emocional, em especial a autocompaixão, são fatores intrínsecos importantes para o enfrentamento das consequências de tais abusos. Dessa forma, a presente pesquisa pretendeu avaliar o nível de autocompaixão em mulheres que foram vítimas de relacionamentos íntimos abusivos. Para isto, realizou-se uma pesquisa de campo quantitativa de caráter comparativo, da qual participaram 229 mulheres que responderam a um questionário sociodemográfico, um questionário específico e à Escala de Autocompaixão (Self-Compassion Scale – SCS). Foi possível verificar que o índice de autocompaixão das mulheres vítimas de relações íntimas abusivas se mostrou acima da média, totalizando 70,5 e a Autobondade foi o componente mais presente dentre os subíndices, apresentando média de 14,5. A partir dos resultados deste estudo, pode-se considerar promover um direcionamento de intervenções acerca das estratégias de regulação emocional e outros fatores pertinentes à autocompaixão que podem ser melhoradas para que as mulheres que passaram e que passam por situações de violência sejam capazes de perceber suas consequências e planejar ações que possibilitem o bem estar, saúde mental e, principalmente, o cessamento dessas relações íntimas abusivas.Self-compassion is an emotional regulation strategy that involves a compassionate attitude, with warmth, to shelter oneself in moments of suffering, and a desire to attend to one's own well-being. In women victims of abusive intimate relationships, which are relationships with a predominance of abuse in its various forms, such as physical, psychological, moral, sexual, patrimonial and virtual, emotional regulation strategies, especially self-compassion, are important intrinsic factors for coping with the consequences of such abuses. Thus, the present study aimed to evaluate the level of self-passion in women who were victims of abusive intimate relationships. Therefore, a quantitative field research of a comparative nature was conducted, in which 229 women answered a sociodemographic questionnaire, a specific questionnaire and the Self-Compassion Scale (SCS). It was verified that the self-compassion index of women victims of abusive intimate relationships proved to be above average, with a total of 70,5 and Self-kindness was the component more present among the subscales, with a mean of 14,5. The results of this study make it possible to consider promoting targeting interventions regarding the emotion regulation strategies and other self-compassion pertinent factors that can be improved, in order to allow women who have been through violent situations to notice its consequences and to plan actions that can enable their well-being, mental health, and, primarily, the cessation of these abusive intimate relationships.porCentro Universitário de João PessoaUNIPÊBrasilCNPQ::CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIAAutocompaixãoRelacionamentos íntimosViolênciaAutocompaixão em mulheres vítimas de relacionamentos íntimos abusivosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleVentura , Jayana Ramalhohttp://lattes.cnpq.br/4211118781203533http://lattes.cnpq.br/1877133571985450Silva , Ariel Cleyton daAMARAL, L. et al. Violência doméstica e a Lei Maria da Penha: perfil das agressões sofridas por mulheres abrigadas em unidade social de proteção. Revista Estudos Feministas, v. 24, n. 2, p. 521-540, 2016. BARBOSA, J. A.; SOUZA, M. C.; FREITAS, M. I. Violência sexual: narrativas de mulheres com transtornos mentais no Brasil. Revista Panamericana de Salud Pública, Washington, v. 37, p. 273-278, 2015. BRASIL. Lei nº 11.340, de 07 de agosto de 2006. Lei Maria da Penha. Diário Oficial da União: Seção 1, Brasília, DF, 08 de agosto de 2006. PL 4559/2004. BELL, K. M.; NAUGLE, A. E. Understanding stay/leave decisions in violent relationships: A behavior analytic approach. Behavior and Social Issues, Chicago, v. 14, n. 1, p. 21-46, 2005. CASTILHO, P.; GOUVEIA, P. J. Auto-Compaixão: estudo da validação da versão portuguesa da Escala da Auto-Compaixão e da sua relação com as experiências adversas na infância, a comparação social e a psicopatologia. Psychologica, Coimbra, v. 54, p. 203-230, 2011. CITRON, D. K.; FRANKS, M. A. Criminalizing revenge porn. Wake Forest Law Review, Winston-Salem, v. 49, p. 345, 2014. CORTEZ, M. B.; SOUZA, L.; QUEIROZ, S. S. Violência entre parceiros íntimos: uma análise relacional. Revista Psicologia Política, v. 10, n. 20, p. 227-243, 2010. DAY, V. et al. Violência doméstica e suas diferentes manifestações. Revista de Psiquiatria do Rio Grande do Sul, v. 25, p. 9-21, 2003. DEEKE, L. P. et al. A dinâmica da violência doméstica: uma análise a partir dos discursos da mulher agredida e de seu parceiro. Saúde e Sociedade, São Paulo, v. 18, n. 2, p. 248-258, 2009. EDWARDS, K. M. Leaving an abusive dating relationship: An analysis of the investment model and theory of planned behavior. 2011. Tese (Doutorado em Filosofia) – Ohio University, Ohio, 2011. FINLAY-JONES, A. L.; REES, C. S.; KANE, R. T. Self-compassion, emotion regulation and stress among Australian psychologists: Testing an emotion regulation model of self-compassion using structural equation modeling. PloS one, San Francisco, v. 10, n. 7, p. e0133481, 2015. GARCIA, M. V. et al. Caracterização dos casos de violência contra a mulher atendidos em três serviços na cidade de Uberlândia, Minas Gerais, Brasil. Cadernos de Saúde Pública, v. 24, n. 11, p. 2551-2563, 2008. GIDDENS, A. A transformação da intimidade sexualidade, amor e erotismo nas sociedades modernas. São Paulo: Unesp, 1994. GILBERT, P.; PROCTER, S. Compassionate mind training for people with high shame and self‐criticism: Overview and pilot study of a group therapy approach. Clinical Psychology & Psychotherapy: An International Journal of Theory & Practice, Amsterdam, v. 13, n. 6, p. 353-379, 2006. HIRIGOYEN, M. F. A violência no casal: da coação psicológica à agressão física. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2006. JOHNSON, W. L. et al. Intimate partner violence and depressive symptoms during adolescence and young adulthood. Journal of health and social behavior, Tallahassee, v. 55, n. 1, p. 39-55, 2014. KIM, J.; GRAY, K. A. Leave or stay? Battered women's decision after intimate partner violence. Journal of Interpersonal Violence, Washington, v. 23, n. 10, p. 1465-1482, 2008. KRONBAUER, J. F. D.; MENEGHEL, S. N. Perfil da violência de gênero perpetrada por companheiro. Revista de Saúde Pública, v. 39, p. 695-701, 2005. KRUG, E. G. et al. Relatório mundial sobre violência e saúde. Geneva: World Health Organization, 2002. LAMOGLIA, V. A.; MINAYO, M. C. Violência conjugal um problema social e de saúde pública: estudo em uma delegacia do interior do Estado do Rio de Janeiro. Ciência & Saúde coletiva, Rio de Janeiro, v. 14, n. 2, 2009. MAGALHÃES, T. Violência e abuso – Estado da arte. Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra, 2010. MANNELL, J. et al. The implications of community responses to intimate partner violence in Rwanda. PloS one, v. 13, n. 5, p. e0196584, 2018. MANITA, C.; RIBEIRO, C.; PEIXOTO, C. Violência doméstica: compreender para intervir. Guia de Boas Práticas para Profissionais de Instituições de Apoio a Vítimas. Lisboa: Comissão para a Cidadania e Igualdade de Gênero, 2009. MARQUES, T. M. Violência Conjugal: Estudo sobre a permanência de mulheres em relacionamentos abusivos. 2005. Dissertação (Mestrado em Psicologia) – Instituto de Psicologia, Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2005. MURTA, S. et al. Desenvolvimento de um website para prevenção à violência no namoro, abandono de relações íntimas abusivas e apoio aos pares. Contextos Clínicos, São Leopoldo, v. 7, n. 2, p. 118-132, 2014. NEFF, K. D. The development and validation of a scale to measure self-compassion. Self and Identity, Buffalo, v. 2, n. 3, p. 223-250, 2003a. NEFF, K. D. Self-compassion: An alternative conceptualization of a healthy attitude toward oneself. Self and Identity, Buffalo, v. 2, n. 2, p. 85-101, 2003b. NEFF, K. D. Self-compassion and psychological well-being. Constructivism in the Human Sciences, Denton, v. 9, n. 2, p. 27, 2004. NEFF, K. D.; DEJITTERAT, K; HSIEH, Y. Self-compassion, achievement goals, and coping with academic failure. Self and Identity, Buffalo, v. 4, n. 3, p. 263-287, 2005. NEFF, K. D.; KIRKPATRICK, K. L.; RUDE, S. S. Self-compassion and adaptive psychological functioning. Journal of Research in Personality, Amsterdam, v. 41, n. 1, p. 139-154, 2007. NEFF, K. D.; HSIEH, Y; PISITSUNGKAGARN, K. Self-compassion and self-construal in the United States, Thailand, and Taiwan. Journal of Cross-Cultural Psychology, Winston-Salem, n. 39, p. 267-285, 2008. OLIVEIRA, C. A. N. et al. A aplicabilidade da Terapia Cognitivo-comportamental para pacientes vítimas de Violência Doméstica. Revista Hígia de Ciências da Saúde e Sociais Aplicadas do Oeste Baiano, v. 3, n. 1, 2018. OLIVEIRA, J. B. et al. Violência entre parceiros íntimos e álcool: prevalência e fatores associados. Revista Panamericana de Salud Pública, v. 26, p. 494-501, 2009. PAZO, C. G.; AGUIAR, A. C. Sentidos da violência conjugal: análise do banco de dados de um serviço telefônico anônimo. Physis: Revista de Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 22, p. 253-273, 2012. PEREIRA, D. S.; CAMARGO, V. S.; AOYAMA, P. Análise funcional da permanência das mulheres nos relacionamentos abusivos: um estudo prático. Revista Brasileira de Terapia Comportamental e Cognitiva, São Paulo, v. 20, n. 2, p. 10-25, 2018. PRICE et al. The attitudes towards dating violence scales: development and initial validation. Journal of Family Violence, Lisboa, v. 14, n. 4, p. 351-375, 1999. ROVINSKI, S. L. Dano psíquico em mulheres vítimas de violência. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2004. SAFFIOTI, H. Gênero e patriarcado: violência contra mulheres. A mulher brasileira nos espaços público e privado, São Paulo: Graphium, 2004. SILVA, L. L.; COELHO, E. B. S.; CAPONI, S. N. C. Violência silenciosa: violência psicológica como condição da violência física doméstica. Interface-Comunicação, Saúde, Educação, v. 11, p. 93-103, 2007. SILVA, F. et al. The biopsychosocial sphere of women victims of violence: a systematic review. Aquichan, v. 17, n. 4, p. 390-400, 2017. SOARES, B. M. Enfrentando a violência contra a mulher. Brasília: Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, 2005. SOUZA, L. K.; HUTZ, C. S. Adaptação da escala de autocompaixão para uso no Brasil: evidências de validade de construto. Temas em Psicologia, Ribeirão Preto, v. 24, n. 1, p. 159-172, 2016. SCHRAIBER, L. B. et al. Violência dói e não é direito: a violência contra a mulher, a saúde e os direitos humanos. SciELO-Editora UNESP, 2005. VETTESE, L. C. et al. Does self-compassion mitigate the association between childhood maltreatment and later emotion regulation difficulties? A preliminary investigation. International Journal of Mental Health and Addiction, Toronto, v. 9, n. 5, p. 480, 2011. WALKER, L. Battered woman syndrome: Empirical findings. Annals of the New York Academy of Sciences, New York, v. 1087, n. 1, p. 142-157, 2006.info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da Universidade Cruzeiro do Sulinstname:Universidade Cruzeiro do Sul (UNICSUL)instacron:UNICSULORIGINALARIEL CLEYTON DA SILVA.pdfARIEL CLEYTON DA SILVA.pdfapplication/pdf278307http://dev.siteworks.com.br:8080/jspui/bitstream/123456789/1770/1/ARIEL%20CLEYTON%20DA%20SILVA.pdf8dd4cb96f10dcadc026fe4c1636a8667MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748http://dev.siteworks.com.br:8080/jspui/bitstream/123456789/1770/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52123456789/17702021-03-25 14:37:28.562oai:repositorio.cruzeirodosul.edu.br:123456789/1770Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPRIhttps://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/oai/requestmary.pela@unicid.edu.bropendoar:2021-03-25T17:37:28Repositório Institucional da Universidade Cruzeiro do Sul - Universidade Cruzeiro do Sul (UNICSUL)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Autocompaixão em mulheres vítimas de relacionamentos íntimos abusivos
title Autocompaixão em mulheres vítimas de relacionamentos íntimos abusivos
spellingShingle Autocompaixão em mulheres vítimas de relacionamentos íntimos abusivos
Silva , Ariel Cleyton da
CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIA
Autocompaixão
Relacionamentos íntimos
Violência
title_short Autocompaixão em mulheres vítimas de relacionamentos íntimos abusivos
title_full Autocompaixão em mulheres vítimas de relacionamentos íntimos abusivos
title_fullStr Autocompaixão em mulheres vítimas de relacionamentos íntimos abusivos
title_full_unstemmed Autocompaixão em mulheres vítimas de relacionamentos íntimos abusivos
title_sort Autocompaixão em mulheres vítimas de relacionamentos íntimos abusivos
author Silva , Ariel Cleyton da
author_facet Silva , Ariel Cleyton da
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Ventura , Jayana Ramalho
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/4211118781203533
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/1877133571985450
dc.contributor.author.fl_str_mv Silva , Ariel Cleyton da
contributor_str_mv Ventura , Jayana Ramalho
dc.subject.cnpq.fl_str_mv CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIA
topic CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIA
Autocompaixão
Relacionamentos íntimos
Violência
dc.subject.por.fl_str_mv Autocompaixão
Relacionamentos íntimos
Violência
description A autocompaixão é uma estratégia de regulação emocional que envolve uma atitude compassiva, de calor e acolhimento para consigo em momentos de sofrimento e um desejo de cuidar do próprio bem estar. Nas mulheres vítimas de relações íntimas abusivas, as quais são relações em que existe a predominância de abusos em suas diversas formas, como física, psicológica, moral, sexual, patrimonial e virtual, as estratégias de regulação emocional, em especial a autocompaixão, são fatores intrínsecos importantes para o enfrentamento das consequências de tais abusos. Dessa forma, a presente pesquisa pretendeu avaliar o nível de autocompaixão em mulheres que foram vítimas de relacionamentos íntimos abusivos. Para isto, realizou-se uma pesquisa de campo quantitativa de caráter comparativo, da qual participaram 229 mulheres que responderam a um questionário sociodemográfico, um questionário específico e à Escala de Autocompaixão (Self-Compassion Scale – SCS). Foi possível verificar que o índice de autocompaixão das mulheres vítimas de relações íntimas abusivas se mostrou acima da média, totalizando 70,5 e a Autobondade foi o componente mais presente dentre os subíndices, apresentando média de 14,5. A partir dos resultados deste estudo, pode-se considerar promover um direcionamento de intervenções acerca das estratégias de regulação emocional e outros fatores pertinentes à autocompaixão que podem ser melhoradas para que as mulheres que passaram e que passam por situações de violência sejam capazes de perceber suas consequências e planejar ações que possibilitem o bem estar, saúde mental e, principalmente, o cessamento dessas relações íntimas abusivas.
publishDate 2020
dc.date.issued.fl_str_mv 2020-12-15
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2021-03-25T17:36:13Z
dc.date.available.fl_str_mv 2021-03-26
2021-03-25T17:36:13Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/1770
url https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/1770
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.references.pt_BR.fl_str_mv AMARAL, L. et al. Violência doméstica e a Lei Maria da Penha: perfil das agressões sofridas por mulheres abrigadas em unidade social de proteção. Revista Estudos Feministas, v. 24, n. 2, p. 521-540, 2016. BARBOSA, J. A.; SOUZA, M. C.; FREITAS, M. I. Violência sexual: narrativas de mulheres com transtornos mentais no Brasil. Revista Panamericana de Salud Pública, Washington, v. 37, p. 273-278, 2015. BRASIL. Lei nº 11.340, de 07 de agosto de 2006. Lei Maria da Penha. Diário Oficial da União: Seção 1, Brasília, DF, 08 de agosto de 2006. PL 4559/2004. BELL, K. M.; NAUGLE, A. E. Understanding stay/leave decisions in violent relationships: A behavior analytic approach. Behavior and Social Issues, Chicago, v. 14, n. 1, p. 21-46, 2005. CASTILHO, P.; GOUVEIA, P. J. Auto-Compaixão: estudo da validação da versão portuguesa da Escala da Auto-Compaixão e da sua relação com as experiências adversas na infância, a comparação social e a psicopatologia. Psychologica, Coimbra, v. 54, p. 203-230, 2011. CITRON, D. K.; FRANKS, M. A. Criminalizing revenge porn. Wake Forest Law Review, Winston-Salem, v. 49, p. 345, 2014. CORTEZ, M. B.; SOUZA, L.; QUEIROZ, S. S. Violência entre parceiros íntimos: uma análise relacional. Revista Psicologia Política, v. 10, n. 20, p. 227-243, 2010. DAY, V. et al. Violência doméstica e suas diferentes manifestações. Revista de Psiquiatria do Rio Grande do Sul, v. 25, p. 9-21, 2003. DEEKE, L. P. et al. A dinâmica da violência doméstica: uma análise a partir dos discursos da mulher agredida e de seu parceiro. Saúde e Sociedade, São Paulo, v. 18, n. 2, p. 248-258, 2009. EDWARDS, K. M. Leaving an abusive dating relationship: An analysis of the investment model and theory of planned behavior. 2011. Tese (Doutorado em Filosofia) – Ohio University, Ohio, 2011. FINLAY-JONES, A. L.; REES, C. S.; KANE, R. T. Self-compassion, emotion regulation and stress among Australian psychologists: Testing an emotion regulation model of self-compassion using structural equation modeling. PloS one, San Francisco, v. 10, n. 7, p. e0133481, 2015. GARCIA, M. V. et al. Caracterização dos casos de violência contra a mulher atendidos em três serviços na cidade de Uberlândia, Minas Gerais, Brasil. Cadernos de Saúde Pública, v. 24, n. 11, p. 2551-2563, 2008. GIDDENS, A. A transformação da intimidade sexualidade, amor e erotismo nas sociedades modernas. São Paulo: Unesp, 1994. GILBERT, P.; PROCTER, S. Compassionate mind training for people with high shame and self‐criticism: Overview and pilot study of a group therapy approach. Clinical Psychology & Psychotherapy: An International Journal of Theory & Practice, Amsterdam, v. 13, n. 6, p. 353-379, 2006. HIRIGOYEN, M. F. A violência no casal: da coação psicológica à agressão física. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2006. JOHNSON, W. L. et al. Intimate partner violence and depressive symptoms during adolescence and young adulthood. Journal of health and social behavior, Tallahassee, v. 55, n. 1, p. 39-55, 2014. KIM, J.; GRAY, K. A. Leave or stay? Battered women's decision after intimate partner violence. Journal of Interpersonal Violence, Washington, v. 23, n. 10, p. 1465-1482, 2008. KRONBAUER, J. F. D.; MENEGHEL, S. N. Perfil da violência de gênero perpetrada por companheiro. Revista de Saúde Pública, v. 39, p. 695-701, 2005. KRUG, E. G. et al. Relatório mundial sobre violência e saúde. Geneva: World Health Organization, 2002. LAMOGLIA, V. A.; MINAYO, M. C. Violência conjugal um problema social e de saúde pública: estudo em uma delegacia do interior do Estado do Rio de Janeiro. Ciência & Saúde coletiva, Rio de Janeiro, v. 14, n. 2, 2009. MAGALHÃES, T. Violência e abuso – Estado da arte. Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra, 2010. MANNELL, J. et al. The implications of community responses to intimate partner violence in Rwanda. PloS one, v. 13, n. 5, p. e0196584, 2018. MANITA, C.; RIBEIRO, C.; PEIXOTO, C. Violência doméstica: compreender para intervir. Guia de Boas Práticas para Profissionais de Instituições de Apoio a Vítimas. Lisboa: Comissão para a Cidadania e Igualdade de Gênero, 2009. MARQUES, T. M. Violência Conjugal: Estudo sobre a permanência de mulheres em relacionamentos abusivos. 2005. Dissertação (Mestrado em Psicologia) – Instituto de Psicologia, Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2005. MURTA, S. et al. Desenvolvimento de um website para prevenção à violência no namoro, abandono de relações íntimas abusivas e apoio aos pares. Contextos Clínicos, São Leopoldo, v. 7, n. 2, p. 118-132, 2014. NEFF, K. D. The development and validation of a scale to measure self-compassion. Self and Identity, Buffalo, v. 2, n. 3, p. 223-250, 2003a. NEFF, K. D. Self-compassion: An alternative conceptualization of a healthy attitude toward oneself. Self and Identity, Buffalo, v. 2, n. 2, p. 85-101, 2003b. NEFF, K. D. Self-compassion and psychological well-being. Constructivism in the Human Sciences, Denton, v. 9, n. 2, p. 27, 2004. NEFF, K. D.; DEJITTERAT, K; HSIEH, Y. Self-compassion, achievement goals, and coping with academic failure. Self and Identity, Buffalo, v. 4, n. 3, p. 263-287, 2005. NEFF, K. D.; KIRKPATRICK, K. L.; RUDE, S. S. Self-compassion and adaptive psychological functioning. Journal of Research in Personality, Amsterdam, v. 41, n. 1, p. 139-154, 2007. NEFF, K. D.; HSIEH, Y; PISITSUNGKAGARN, K. Self-compassion and self-construal in the United States, Thailand, and Taiwan. Journal of Cross-Cultural Psychology, Winston-Salem, n. 39, p. 267-285, 2008. OLIVEIRA, C. A. N. et al. A aplicabilidade da Terapia Cognitivo-comportamental para pacientes vítimas de Violência Doméstica. Revista Hígia de Ciências da Saúde e Sociais Aplicadas do Oeste Baiano, v. 3, n. 1, 2018. OLIVEIRA, J. B. et al. Violência entre parceiros íntimos e álcool: prevalência e fatores associados. Revista Panamericana de Salud Pública, v. 26, p. 494-501, 2009. PAZO, C. G.; AGUIAR, A. C. Sentidos da violência conjugal: análise do banco de dados de um serviço telefônico anônimo. Physis: Revista de Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 22, p. 253-273, 2012. PEREIRA, D. S.; CAMARGO, V. S.; AOYAMA, P. Análise funcional da permanência das mulheres nos relacionamentos abusivos: um estudo prático. Revista Brasileira de Terapia Comportamental e Cognitiva, São Paulo, v. 20, n. 2, p. 10-25, 2018. PRICE et al. The attitudes towards dating violence scales: development and initial validation. Journal of Family Violence, Lisboa, v. 14, n. 4, p. 351-375, 1999. ROVINSKI, S. L. Dano psíquico em mulheres vítimas de violência. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2004. SAFFIOTI, H. Gênero e patriarcado: violência contra mulheres. A mulher brasileira nos espaços público e privado, São Paulo: Graphium, 2004. SILVA, L. L.; COELHO, E. B. S.; CAPONI, S. N. C. Violência silenciosa: violência psicológica como condição da violência física doméstica. Interface-Comunicação, Saúde, Educação, v. 11, p. 93-103, 2007. SILVA, F. et al. The biopsychosocial sphere of women victims of violence: a systematic review. Aquichan, v. 17, n. 4, p. 390-400, 2017. SOARES, B. M. Enfrentando a violência contra a mulher. Brasília: Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, 2005. SOUZA, L. K.; HUTZ, C. S. Adaptação da escala de autocompaixão para uso no Brasil: evidências de validade de construto. Temas em Psicologia, Ribeirão Preto, v. 24, n. 1, p. 159-172, 2016. SCHRAIBER, L. B. et al. Violência dói e não é direito: a violência contra a mulher, a saúde e os direitos humanos. SciELO-Editora UNESP, 2005. VETTESE, L. C. et al. Does self-compassion mitigate the association between childhood maltreatment and later emotion regulation difficulties? A preliminary investigation. International Journal of Mental Health and Addiction, Toronto, v. 9, n. 5, p. 480, 2011. WALKER, L. Battered woman syndrome: Empirical findings. Annals of the New York Academy of Sciences, New York, v. 1087, n. 1, p. 142-157, 2006.
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Centro Universitário de João Pessoa
dc.publisher.initials.fl_str_mv UNIPÊ
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
publisher.none.fl_str_mv Centro Universitário de João Pessoa
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da Universidade Cruzeiro do Sul
instname:Universidade Cruzeiro do Sul (UNICSUL)
instacron:UNICSUL
instname_str Universidade Cruzeiro do Sul (UNICSUL)
instacron_str UNICSUL
institution UNICSUL
reponame_str Repositório Institucional da Universidade Cruzeiro do Sul
collection Repositório Institucional da Universidade Cruzeiro do Sul
bitstream.url.fl_str_mv http://dev.siteworks.com.br:8080/jspui/bitstream/123456789/1770/1/ARIEL%20CLEYTON%20DA%20SILVA.pdf
http://dev.siteworks.com.br:8080/jspui/bitstream/123456789/1770/2/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 8dd4cb96f10dcadc026fe4c1636a8667
8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da Universidade Cruzeiro do Sul - Universidade Cruzeiro do Sul (UNICSUL)
repository.mail.fl_str_mv mary.pela@unicid.edu.br
_version_ 1801771136488308736