“Era a poesia plástica da vida, era a festa da forma e era a festa da cor”: uma análise retórica das pinturas da exposição de Anita Malfatti em 1917

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Nayara Christina Herminia dos
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Cruzeiro do Sul
Texto Completo: https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/435
Resumo: Anita Malfatti foi uma artista paulistana precursora da Arte Moderna no Brasil. Ao retornar da Europa, em 1917, após intenso estudo no campo da arte, especialmente a de vanguarda, Malfatti apresenta ao nosso país 53 de suas obras, em uma exposição intitulada Exposição de Pintura Moderna Anita Malfatti, que é considerada o estopim para a modernização das artes plásticas no Brasil. Críticos e futuros modernistas reagiram de formas distintas à proposta plástica da artista, oscilando dos pathe de ira, indignação, irritação, inveja à devoção, amor, amizade, calma e amabilidade pelas obras e pela artista. Dispõe-se como exemplo das reações desfavoráveis, a crítica ferrenha e irascível do escritor Monteiro Lobato, no artigo A propósito da Exposição Malfatti, publicado no jornal O Estado de SP, em 1917, que tomava Malfatti como “louca” e suas obras como “estranhas psicoses”. Já como amostra das reações favoráveis, houve a alcunha de “arte nova” de alguns artistas, como os escritores e artistas Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Di Cavalcanti e Menotti del Picchia, que aderiram favoravelmente ao trabalho de Malfatti, definindo-a como o “marco inicial do movimento modernista”, considerando-a como pioneira da Arte Moderna, e sua obra como “divisora de águas”. Este trabalho busca compreender retoricamente a produção artística de Anita Malfatti, tendo como corpus a sua exposição de 1917, aqui entendida como um texto retórico-argumentativo. Como recorte, são analisadas somente as pinturas que fizeram parte da exposição (excetuando-se os desenhos, gravuras, caricaturas e outros trabalhos expostos), sendo as obras mais significativas retoricamente e as que justificam esta pesquisa. Das doze pinturas originalmente apresentadas, seis encontram-se perdidas, sendo que nosso recorte contempla somente as seis que restaram (O Homem Amarelo, O Japonês, A Mulher do Cabelo Verde, Lalive, Tropical e A Estudante Russa). Como objetivo específico, buscamos com este trabalho compreender os pathe despertados nos auditórios da época, compostos por críticos e futuros modernistas, mediante análise de documentos escritos sobre as obras e sobre Malfatti, como artigos, cartas e reportagens reunidas ao longo dos anos. Visamos também a analisar e a identificar as técnicas pictóricas, retóricas e argumentativas utilizadas nas pinturas, aqui abordadas como um texto; bem como a verificar como a intertextualidade das obras com pinturas modernistas europeias (do Expressionismo, Cubismo e Fauvismo) foi empregada argumentativamente e despertou paixões no auditório; e, por fim, num âmbito geral, demonstraremos como a exposição como um todo pode ser vista e analisada como um discurso retórico. Esta pesquisa se fundamenta sobre o alicerce teórico da Retórica, com os estudos de autores como Aristóteles (2015), Meyer (2007), Reboul (2004), Perelman e Olbrechts-Tyteca (2005); e da Linguística Textual, com Koch e Bentes (2004), Cavalcante (2013) e Tavares (1978); além de autores que tratam da retórica da imagem e da pintura, como Barthes (1982) e Carrere e Saborit (2000). Sobre Malfatti, sua obra e o contexto cultural de sua época, consideraremos os trabalhos de Batista (2006) e Amaral (1970), além de historiadores das artes plásticas como Gombrich (1950). Como resultado das análises, percebe-se que as obras revelam a intencionalidade de Malfatti em apresentar para o auditório brasileiro um novo padrão estético por meio de um discurso inovador, dissociando-se das escolas de arte da época, que tinham como escola vigente o academicismo. Com isso, a exposição de Malfatti opõe-se à doxa da época e reorganiza os valores plásticos da sociedade, agindo argumentativamente como uma nova proposta para os rumos das artes plásticas no Brasil.
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spelling 2020-03-28T20:58:32Z2020-03-28T20:58:32Z2019-03-14SANTOS, Nayara Christina Herminia dos. "Era a poesia plástica da vida, era a festa da forma e era a festa da cor": uma análise retórica das pinturas da exposição de Anita Malfatti em 1917. Franca, SP, 2019. 193 f. Dissertação (Mestrado em Linguística) - Universidade de Franca. 2019.https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/435Anita Malfatti foi uma artista paulistana precursora da Arte Moderna no Brasil. Ao retornar da Europa, em 1917, após intenso estudo no campo da arte, especialmente a de vanguarda, Malfatti apresenta ao nosso país 53 de suas obras, em uma exposição intitulada Exposição de Pintura Moderna Anita Malfatti, que é considerada o estopim para a modernização das artes plásticas no Brasil. Críticos e futuros modernistas reagiram de formas distintas à proposta plástica da artista, oscilando dos pathe de ira, indignação, irritação, inveja à devoção, amor, amizade, calma e amabilidade pelas obras e pela artista. Dispõe-se como exemplo das reações desfavoráveis, a crítica ferrenha e irascível do escritor Monteiro Lobato, no artigo A propósito da Exposição Malfatti, publicado no jornal O Estado de SP, em 1917, que tomava Malfatti como “louca” e suas obras como “estranhas psicoses”. Já como amostra das reações favoráveis, houve a alcunha de “arte nova” de alguns artistas, como os escritores e artistas Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Di Cavalcanti e Menotti del Picchia, que aderiram favoravelmente ao trabalho de Malfatti, definindo-a como o “marco inicial do movimento modernista”, considerando-a como pioneira da Arte Moderna, e sua obra como “divisora de águas”. Este trabalho busca compreender retoricamente a produção artística de Anita Malfatti, tendo como corpus a sua exposição de 1917, aqui entendida como um texto retórico-argumentativo. Como recorte, são analisadas somente as pinturas que fizeram parte da exposição (excetuando-se os desenhos, gravuras, caricaturas e outros trabalhos expostos), sendo as obras mais significativas retoricamente e as que justificam esta pesquisa. Das doze pinturas originalmente apresentadas, seis encontram-se perdidas, sendo que nosso recorte contempla somente as seis que restaram (O Homem Amarelo, O Japonês, A Mulher do Cabelo Verde, Lalive, Tropical e A Estudante Russa). Como objetivo específico, buscamos com este trabalho compreender os pathe despertados nos auditórios da época, compostos por críticos e futuros modernistas, mediante análise de documentos escritos sobre as obras e sobre Malfatti, como artigos, cartas e reportagens reunidas ao longo dos anos. Visamos também a analisar e a identificar as técnicas pictóricas, retóricas e argumentativas utilizadas nas pinturas, aqui abordadas como um texto; bem como a verificar como a intertextualidade das obras com pinturas modernistas europeias (do Expressionismo, Cubismo e Fauvismo) foi empregada argumentativamente e despertou paixões no auditório; e, por fim, num âmbito geral, demonstraremos como a exposição como um todo pode ser vista e analisada como um discurso retórico. Esta pesquisa se fundamenta sobre o alicerce teórico da Retórica, com os estudos de autores como Aristóteles (2015), Meyer (2007), Reboul (2004), Perelman e Olbrechts-Tyteca (2005); e da Linguística Textual, com Koch e Bentes (2004), Cavalcante (2013) e Tavares (1978); além de autores que tratam da retórica da imagem e da pintura, como Barthes (1982) e Carrere e Saborit (2000). Sobre Malfatti, sua obra e o contexto cultural de sua época, consideraremos os trabalhos de Batista (2006) e Amaral (1970), além de historiadores das artes plásticas como Gombrich (1950). Como resultado das análises, percebe-se que as obras revelam a intencionalidade de Malfatti em apresentar para o auditório brasileiro um novo padrão estético por meio de um discurso inovador, dissociando-se das escolas de arte da época, que tinham como escola vigente o academicismo. Com isso, a exposição de Malfatti opõe-se à doxa da época e reorganiza os valores plásticos da sociedade, agindo argumentativamente como uma nova proposta para os rumos das artes plásticas no Brasil.Anita Malfatti was an artist from São Paulo, Brazil. In 1917, after intense study in the field of art, especially the vanguard, she returns from Europe and presents to our country 53 of her works in an exhibition entitled Exposição de Pintura Moderna Anita Malfatti, which is considered the start for the modernization of plastic arts in Brazil. Critics and future modernists reacted in distinct ways to the artists’ plastic proposal, oscillating from pathe of anger, indignation, irritation and envy to devotion, love, friendship, calmness and amiability for her works and for the artist. An example of adverse reaction is the fierce and irascible criticism of the writer Monteiro Lobato, presented in the article A propósito da Exposição Malfatti, published in the Journal O Estado de SP, in 1917, which presented Malfatti as “crazy” and her works as “strange psychoses”. As sample of approving reactions there was the designation of “new art” of some artists, such as the writers and artists Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Di Cavalcanti e Menotti Del Picchia, who favorably joined Malfatti’s work, defining it as the “initial mark of modernist movement”, considering her as pioneer of Modern Art, and her work as “water divider”. This study aims to comprehend rhetorically the artistic production of Anita Malfatti, taking as corpus her exhibition of 1917, here understood as a rhetorical-argumentative text. As snippet, only the paintings that were part of the exhibition (except for the drawings, engravings, caricatures and other exposed works) are analyzed, considering the rhetorically significant ones and the ones that justify this research. Of the twelve paintings originally presented, six are lost and our snippet contemplates only the six remaining ones (The yellow man, The Japanese, The green hair woman, Lalive, Tropical and The Russian Student). As specific objective, this work aims to understand the pathe aroused in the auditoriums of the time, composed by critics and future modernists, through analysis of written documents about Malfatti and her works, such as articles, letters and reports reunited over the years. It also aims to analyze and identify the pictorial, rhetorical and argumentative techniques used in the paintings, here approached as a text; as well as to verify how the intertextuality of the works with European modernist paintings (of Expressionism, Cubism, and Fauvism) were used argumentatively and aroused passions in the auditorium. Finally, in a general context, it will be demonstrated how the exhibition as a whole can be seen and analyzed as a rhetorical discourse. This research is based on theoretical basis of rhetoric, with study of authors such as Aristóteles (2015), Meyer (2007), Reboul (2004), Perelman and Olbrechts-Tyteca (2005); and textual Linguistics, with Koch and Bentes (2004), Cavalcante (2013) and Tavares (1978); as well as authors that deal with rhetoric of image and painting, such as Barthes (1982) and Carrere and Saborit (2000). About Malfatti, her work and the cultural context of her time, it will be considered the works of Batista (2006) and Amaral (1970), as well as historians of the plastic arts like Gombrich (1950). As an analysis result, the works reveal Malfatti's intentionality in presenting to the Brazilian auditorium a new aesthetic standard through an innovative discourse, dissociating herself from the art schools of the time, which had as present school the academic school. With this, Malfatti's exhibition opposes the doxa of the time and reorganizes the plastic values of society, acting argumentatively as a new proposal for the directions of the plastic arts in Brazil.porUniversidade de FrancaPrograma de Mestrado em LinguísticaUNIFRANBrasilPós-GraduaçãoCNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTESRetóricaPathosArte modernaPinturaAnita Malfatti“Era a poesia plástica da vida, era a festa da forma e era a festa da cor”: uma análise retórica das pinturas da exposição de Anita Malfatti em 1917“It was the plastic poetry of life, it was the feast of form and it was the feast of color”: a rhetorical analysis of the paintings in Anita Malfatti's exhibition in 1917info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisFerreira, Fernando Aparecido3702551725696037http://lattes.cnpq.br/3702551725696037Figueiredo, Maria Flávia0501927833510978http://lattes.cnpq.br/0501927833510978Carmelino, Ana Cristina3611805324589054http://lattes.cnpq.br/3611805324589054Santos, Nayara Christina Herminia dosinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da Universidade Cruzeiro do Sulinstname:Universidade Cruzeiro do Sul (UNICSUL)instacron:UNICSULORIGINALNayara Christina Herminia dos Santos.pdfNayara Christina Herminia dos Santos.pdfapplication/pdf3135472http://dev.siteworks.com.br:8080/jspui/bitstream/123456789/435/1/Nayara%20Christina%20Herminia%20dos%20Santos.pdfd284a8f8d64c0f532e5bd76de304aae9MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748http://dev.siteworks.com.br:8080/jspui/bitstream/123456789/435/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52123456789/4352020-03-28 17:59:53.532oai:repositorio.cruzeirodosul.edu.br:123456789/435Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPRIhttps://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/oai/requestmary.pela@unicid.edu.bropendoar:2020-03-28T20:59:53Repositório Institucional da Universidade Cruzeiro do Sul - Universidade Cruzeiro do Sul (UNICSUL)false
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