Os Templos de Consumo e a (In)visibilidade dos Entregadores de Aplicativo.

• Autor(a) principal: Cunha, Raquel Cantarelli Vieira da
• Data de Publicação: 2020
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Cruzeiro do Sul
• Texto Completo: https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/3922
• topic: 6.09.04.00-3 Relações Públicas e Propaganda; Aplicativos; Covid-19; (in)visibilidade dos entregadores

A proposta aqui é pensar e estabelecer uma relação entre o consumo, a cultura material e a pandemia da Covid-19. Partimos do pressuposto de que o consumo é um fato social total1. Há uma vida social das coisas que passa pela produção, circulação, distribuição e uso dos bens. Compreendendo que a sociedade é uma organização articulada por símbolos, uma vez que o consumo é interação social ele é, também, produção de sentido. Mas como se configuram os sentidos? Como se configuram os agentes discursivos? Como diria Mary Douglas (2004), "o consumo é a própria arena em que a cultura é objeto de lutas que lhe conferem forma." Essa citação nos parece uma oportunidade para pensar tudo isso, à luz do nosso objeto de estudo que é o gesto de comer porque acreditamos que a materialidade da cultura não está localizada apenas nos objetos de consumo, mas nos espaços de consumo. Portanto, no presente artigo, nosso recorte será a construção social do fenômeno (in)visibilidade dos entregadores de comida de aplicativo nos Templos de Consumo.