Avaliação da fração vascular estromal da porção anterior do corpo adiposo de Bichat após associação com plasma pobre em plaqueta autólogo como meio de transporte

• Autor(a) principal: Lisboa, Desyree Ghezzi
• Data de Publicação: 2019
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Cruzeiro do Sul
• Texto Completo: https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/2288
• topic: CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::BIOLOGIA GERAL; Biotecnologia industrial; Células-tronco; Medicina regenerativa; Tecido adiposo

As células-tronco apresentam várias características, como por exemplo o potencial de diferenciação e a capacidade de adesão ao plástico, o que permite o seu cultivo em garrafas ou placas. Atualmente, muitos trabalhos científicos são realizados com células-tronco adultas, do tipo mesenquimais (CTM), devido ao fato destas possuírem inúmeras aplicabilidades, e serem facilmente encontradas em tecidos do corpo, como no tecido adiposo. Existem procedimentos cirúrgicos que visam a remoção do tecido adiposo, sendo este normalmente descartado. Na face, pode-se citar a bichectomia, uma técnica cirúrgica na qual a parte anterior da bola de Bichat ou corpo adiposo de Bichat (paCAB) é removida e descartada. Sabe-se que a paCAB contém vários tipos celulares, sendo esta porção celular denominada de fração vascular estromal (FVE). Pensando na aplicação clínica da FVE, um meio de manutenção e transporte das células até sua entrega no local desejado pode ser um meio fluido e autólogo, como o plasma pobre em plaquetas (PPP). O presente trabalho teve como objetivo avaliar as células que compõe a FVE e verificar se esta fração após imersão em PPP permanece viável por um período de até 48 horas. Assim, a partir de 3 pacientes submetidos à bichectomia por razões de saúde, as amostras de paCAB coletadas, ao invés de descartadas, foram submetidas separadamente a um protocolo de obtenção de FVE. A FVE foi dividida em alíquotas em seringa e em placas de cultivo, nos tempos 0, 24 e 48 horas. Caracterização e viabilidade celular foram realizadas em citômetro de fluxo. Por imunofenotipagem, foram detectadas: células endoteliais, células T, células-tronco hematopoiéticas e CTM. Paralelamente, o protocolo de Dominici também confirmou a existência das CTM na amostra. A viabilidade celular no PPP manteve-se em 70%, valor considerado aceitável pela Sociedade Internacional de Terapia Celular. Logo, tomando-se todos os cuidados de biossegurança necessários, o PPP autólogo pode ser considerado um meio eficiente para aplicação clínica da FVE.