A interlocução pedagógica na educação física escolar: horizontes para pensar a formação inicial
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNIJUI |
Texto Completo: | http://bibliodigital.unijui.edu.br:8080/xmlui/handle/123456789/6070 |
Resumo: | Este estudo tem como objetivo compreender como e em que medida o desenvolvimento da interlocução pedagógica na Educação Física Escolar (EFE) pode apresentar indicativos para qualificar a ação docente do professor que atua na FI em nível de Licenciatura em EF, bem como pensar em ações formativas que possibilitem avançar no enfrentamento dos desafios políticos, curriculares e didáticos inerentes ao processo educativo escolar. Para dar conta disso, foi desenvolvida, na perspectiva qualitativa, uma pesquisa-ação em uma escola pública, em que se envolveram dois professores de EF, e uma pesquisa colaborativa no âmbito de uma Instituição de Ensino Superior (IES) particular, em que participaram inicialmente os doze professores do colegiado do curso de Licenciatura em EF. Do ponto de vista político, os dados indicam que há certa orfandade política por parte dos professores de EF que atuam na escola, muito em conta pelas dificuldades em compreender as responsabilidades da escola e da EFE. Acerca da dimensão curricular, o maior enfrentamento ocorreu na estruturação de um currículo que abarcasse a dimensão crítica do conhecimento, bem como na sistematização e complexificação de conteúdos menos tradicionais. No que concerne aos aspectos didáticos, os professores de EF da escola revelaram dificuldades em estruturar estratégias didático- pedagógicas para tematizar os conhecimentos conceituais de natureza crítica. Inicialmente, os professores que atuam na escola conseguiram responder ao “o que ensinar”, entretanto, ao “como ensinar” e ao “como avaliar” precisam de novos enfrentamentos e problematizações outras às realizadas. Ao relacionar estes resultados com a FI, é possível perceber os limites apresentados pelo processo formativo. Assim sendo, pode-se presumir que a FI em EF não tem tratado da dimensão política com densidade suficiente para dar conta da mudança estatutária que ocorreu nas últimas décadas na área; que não tem contribuído significativamente para que o egresso consiga elaborar currículos escolares levando em consideração a multidimensionalidade dos conhecimentos e a diversidade de práticas corporais; e, que as preocupações estão centradas no ensino dos conteúdos formativos com foco no próprio conteúdo e não pensando em os tematizar na perspectiva de um sujeito que exercerá a docência. Ou seja, os resultados indicam que o cenário da escola pública é muito parecido ao da FI, podendo, inclusive, ser resultado de um processo formativo estéril acerca de algumas temáticas. Desta forma, pode-se concluir que é preciso centrar a FI em EF em nível de Licenciatura no trabalho pedagógico do professor, não explorando uma dimensão técnico-racional, mas numa perspectiva crítico-reflexiva, potencializando o domínio conceitual e contemplando o mundo das ideias, oportunizando ao novo professor “inventar” uma EF vinculada às intencionalidades da escola republicana e democrática. |
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Este estudo tem como objetivo compreender como e em que medida o desenvolvimento da interlocução pedagógica na Educação Física Escolar (EFE) pode apresentar indicativos para qualificar a ação docente do professor que atua na FI em nível de Licenciatura em EF, bem como pensar em ações formativas que possibilitem avançar no enfrentamento dos desafios políticos, curriculares e didáticos inerentes ao processo educativo escolar. Para dar conta disso, foi desenvolvida, na perspectiva qualitativa, uma pesquisa-ação em uma escola pública, em que se envolveram dois professores de EF, e uma pesquisa colaborativa no âmbito de uma Instituição de Ensino Superior (IES) particular, em que participaram inicialmente os doze professores do colegiado do curso de Licenciatura em EF. Do ponto de vista político, os dados indicam que há certa orfandade política por parte dos professores de EF que atuam na escola, muito em conta pelas dificuldades em compreender as responsabilidades da escola e da EFE. Acerca da dimensão curricular, o maior enfrentamento ocorreu na estruturação de um currículo que abarcasse a dimensão crítica do conhecimento, bem como na sistematização e complexificação de conteúdos menos tradicionais. No que concerne aos aspectos didáticos, os professores de EF da escola revelaram dificuldades em estruturar estratégias didático- pedagógicas para tematizar os conhecimentos conceituais de natureza crítica. Inicialmente, os professores que atuam na escola conseguiram responder ao “o que ensinar”, entretanto, ao “como ensinar” e ao “como avaliar” precisam de novos enfrentamentos e problematizações outras às realizadas. Ao relacionar estes resultados com a FI, é possível perceber os limites apresentados pelo processo formativo. Assim sendo, pode-se presumir que a FI em EF não tem tratado da dimensão política com densidade suficiente para dar conta da mudança estatutária que ocorreu nas últimas décadas na área; que não tem contribuído significativamente para que o egresso consiga elaborar currículos escolares levando em consideração a multidimensionalidade dos conhecimentos e a diversidade de práticas corporais; e, que as preocupações estão centradas no ensino dos conteúdos formativos com foco no próprio conteúdo e não pensando em os tematizar na perspectiva de um sujeito que exercerá a docência. Ou seja, os resultados indicam que o cenário da escola pública é muito parecido ao da FI, podendo, inclusive, ser resultado de um processo formativo estéril acerca de algumas temáticas. Desta forma, pode-se concluir que é preciso centrar a FI em EF em nível de Licenciatura no trabalho pedagógico do professor, não explorando uma dimensão técnico-racional, mas numa perspectiva crítico-reflexiva, potencializando o domínio conceitual e contemplando o mundo das ideias, oportunizando ao novo professor “inventar” uma EF vinculada às intencionalidades da escola republicana e democrática. 156 f. |
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Este estudo tem como objetivo compreender como e em que medida o desenvolvimento da interlocução pedagógica na Educação Física Escolar (EFE) pode apresentar indicativos para qualificar a ação docente do professor que atua na FI em nível de Licenciatura em EF, bem como pensar em ações formativas que possibilitem avançar no enfrentamento dos desafios políticos, curriculares e didáticos inerentes ao processo educativo escolar. Para dar conta disso, foi desenvolvida, na perspectiva qualitativa, uma pesquisa-ação em uma escola pública, em que se envolveram dois professores de EF, e uma pesquisa colaborativa no âmbito de uma Instituição de Ensino Superior (IES) particular, em que participaram inicialmente os doze professores do colegiado do curso de Licenciatura em EF. Do ponto de vista político, os dados indicam que há certa orfandade política por parte dos professores de EF que atuam na escola, muito em conta pelas dificuldades em compreender as responsabilidades da escola e da EFE. Acerca da dimensão curricular, o maior enfrentamento ocorreu na estruturação de um currículo que abarcasse a dimensão crítica do conhecimento, bem como na sistematização e complexificação de conteúdos menos tradicionais. No que concerne aos aspectos didáticos, os professores de EF da escola revelaram dificuldades em estruturar estratégias didático- pedagógicas para tematizar os conhecimentos conceituais de natureza crítica. Inicialmente, os professores que atuam na escola conseguiram responder ao “o que ensinar”, entretanto, ao “como ensinar” e ao “como avaliar” precisam de novos enfrentamentos e problematizações outras às realizadas. Ao relacionar estes resultados com a FI, é possível perceber os limites apresentados pelo processo formativo. Assim sendo, pode-se presumir que a FI em EF não tem tratado da dimensão política com densidade suficiente para dar conta da mudança estatutária que ocorreu nas últimas décadas na área; que não tem contribuído significativamente para que o egresso consiga elaborar currículos escolares levando em consideração a multidimensionalidade dos conhecimentos e a diversidade de práticas corporais; e, que as preocupações estão centradas no ensino dos conteúdos formativos com foco no próprio conteúdo e não pensando em os tematizar na perspectiva de um sujeito que exercerá a docência. Ou seja, os resultados indicam que o cenário da escola pública é muito parecido ao da FI, podendo, inclusive, ser resultado de um processo formativo estéril acerca de algumas temáticas. Desta forma, pode-se concluir que é preciso centrar a FI em EF em nível de Licenciatura no trabalho pedagógico do professor, não explorando uma dimensão técnico-racional, mas numa perspectiva crítico-reflexiva, potencializando o domínio conceitual e contemplando o mundo das ideias, oportunizando ao novo professor “inventar” uma EF vinculada às intencionalidades da escola republicana e democrática. |
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