Currículo da educação física na educação básica: Diálogo entre prática e teoria em uma Perspectiva autoarqueológica
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNIJUI |
Texto Completo: | http://bibliodigital.unijui.edu.br:8080/xmlui/handle/123456789/5047 |
Resumo: | No campo acadêmico e profissional da Educação Física, desde o início da década de 80 do século 20, tem-se produzido, em diferentes perspectivas e com objetivos diversos, distintas proposições. Uma dessas perspectivas foi a do movimento renovador crítico que se propôs a transformar a Educação Física escolar, entendida até então como atividade pedagógica, em um componente curricular. Nesse contexto, enquanto professor de Educação Física, reconheço em mim a influência desse movimento teórico, tanto na forma de conceber quanto na de realizar minha prática pedagógica. Sinto-me integrante ativo desse movimento, por isso apresento este trabalho, que tem como objetivo sistematizar um diálogo entre minha prática pedagógica e a discussão teórica da Educação e da Educação Física, particularmente no que se refere à produção do currículo. Este estudo sistematizou a minha experiência profissional de 13 anos de docência na Educação Física escolar, com um recorte descritivo do trabalho realizado nos últimos 8 anos em uma escola pública estadual do município de Ijuí (RS). Trata-se de um estudo em que o objeto pesquisado é a prática curricular do próprio pesquisador. O trabalho foi organizado em quatro capítulos. Inicialmente, as escolhas metodológicas que sustentaram o desenvolvimento do trabalho. O movimento analítico do conjunto da dissertação e a forma que foram elaborados os três Capítulos seguintes, tratam, respectivamente: a) da sistematização da prática curricular, b) da imersão teórica e c) do diálogo entre essas dimensões. Tendo, então, como metodologia a autoarqueologia, descrevo a prática curricular e pedagógica a partir da experiência do meu trabalho com a Educação Física escolar. Este estudo foi um processo de interpretação da prática curricular com base nos meus vestígios materiais gerados em todos esses anos de trabalho, distribuídos na escola e nos arquivos como pesquisador. A organização dos materiais (vestígios) desenterrados permitiu mostrar um pouco do trabalho, o diálogo com o contexto e sua transformação no tempo. Na sequência sistematizei sobre a prática curricular em um conjunto de autores presente no debate contemporâneo acerca da Educação escolar e da Educação Física. O foco é o currículo e suas proposições teóricas, principalmente no campo da Educação Física. Por fim, estabeleço um diálogo entre a prática pedagógica que desenvolvi e o que apresentam autores da Educação e da Educação Física sobre a prática curricular. A partir de critérios produzidos na pesquisa teórica do terceiro Capítulo, tensiono a prática textualizada no segundo Capítulo, assim como busco tensionar, com base nessa experiência, as propostas curriculares para a Educação Física escolar. Para realizar esse escrutínio de mão dupla, formulo e respondo perguntas sobre convergências e divergências entre a minha prática curricular e o que é proposto no campo da Educação Física escolar. Nas convergências destaco: a) a tematização da diversidade das manifestações da cultura corporal de movimento; b) a proposição de uma sequência/progressão de conteúdos; e c) as diversas formas de ensinar mobilizadas no desenvolvimento das diferentes Unidades Didáticas trabalhadas no período de 2006 a 2013. Nas divergências, tendo a teoria como referência para tensionar a prática curricular, ficaram em evidência inconsistências: a) na articulação entre o discurso legitimador da Educação escolar que enunciava e o papel defendido para a Educação Física no Ensino Fundamental; b) entre as práticas avaliativas efetivadas na prática e o papel que o olhar sobre as aprendizagens deveria ter nesse processo. Ainda nas divergências, mas, desde uma perspectiva inversa, tomando os conhecimentos profissionais como referência para interpelar as proposições teóricas, destaquei que: a) é imprescindível trabalhar em longo prazo para poder fazer constatações e correções de percurso; b) a proposta que desenvolvi para essa escola não poderia ser imaginada/projetada em termos semelhantes antes de realizá-la; e c) é necessário desenvolver as propostas a partir da proximidade com a realidade escolar e o próprio professor. Para finalizar, apresento algumas mudanças a partir da minha experiência profissional. A primeira se refere à organização da proposta curricular, a segunda é sobre o planejamento do componente curricular, e a terceira aponta para o material didático que serviu de apoio durante as aulas. |
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info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisCurrículo da educação física na educação básica: Diálogo entre prática e teoria em uma Perspectiva autoarqueológica2018-06-1420162018-06-14T23:59:36Z2018-06-14T23:59:36ZNo campo acadêmico e profissional da Educação Física, desde o início da década de 80 do século 20, tem-se produzido, em diferentes perspectivas e com objetivos diversos, distintas proposições. Uma dessas perspectivas foi a do movimento renovador crítico que se propôs a transformar a Educação Física escolar, entendida até então como atividade pedagógica, em um componente curricular. Nesse contexto, enquanto professor de Educação Física, reconheço em mim a influência desse movimento teórico, tanto na forma de conceber quanto na de realizar minha prática pedagógica. Sinto-me integrante ativo desse movimento, por isso apresento este trabalho, que tem como objetivo sistematizar um diálogo entre minha prática pedagógica e a discussão teórica da Educação e da Educação Física, particularmente no que se refere à produção do currículo. Este estudo sistematizou a minha experiência profissional de 13 anos de docência na Educação Física escolar, com um recorte descritivo do trabalho realizado nos últimos 8 anos em uma escola pública estadual do município de Ijuí (RS). Trata-se de um estudo em que o objeto pesquisado é a prática curricular do próprio pesquisador. O trabalho foi organizado em quatro capítulos. Inicialmente, as escolhas metodológicas que sustentaram o desenvolvimento do trabalho. O movimento analítico do conjunto da dissertação e a forma que foram elaborados os três Capítulos seguintes, tratam, respectivamente: a) da sistematização da prática curricular, b) da imersão teórica e c) do diálogo entre essas dimensões. Tendo, então, como metodologia a autoarqueologia, descrevo a prática curricular e pedagógica a partir da experiência do meu trabalho com a Educação Física escolar. Este estudo foi um processo de interpretação da prática curricular com base nos meus vestígios materiais gerados em todos esses anos de trabalho, distribuídos na escola e nos arquivos como pesquisador. A organização dos materiais (vestígios) desenterrados permitiu mostrar um pouco do trabalho, o diálogo com o contexto e sua transformação no tempo. Na sequência sistematizei sobre a prática curricular em um conjunto de autores presente no debate contemporâneo acerca da Educação escolar e da Educação Física. O foco é o currículo e suas proposições teóricas, principalmente no campo da Educação Física. Por fim, estabeleço um diálogo entre a prática pedagógica que desenvolvi e o que apresentam autores da Educação e da Educação Física sobre a prática curricular. A partir de critérios produzidos na pesquisa teórica do terceiro Capítulo, tensiono a prática textualizada no segundo Capítulo, assim como busco tensionar, com base nessa experiência, as propostas curriculares para a Educação Física escolar. Para realizar esse escrutínio de mão dupla, formulo e respondo perguntas sobre convergências e divergências entre a minha prática curricular e o que é proposto no campo da Educação Física escolar. Nas convergências destaco: a) a tematização da diversidade das manifestações da cultura corporal de movimento; b) a proposição de uma sequência/progressão de conteúdos; e c) as diversas formas de ensinar mobilizadas no desenvolvimento das diferentes Unidades Didáticas trabalhadas no período de 2006 a 2013. Nas divergências, tendo a teoria como referência para tensionar a prática curricular, ficaram em evidência inconsistências: a) na articulação entre o discurso legitimador da Educação escolar que enunciava e o papel defendido para a Educação Física no Ensino Fundamental; b) entre as práticas avaliativas efetivadas na prática e o papel que o olhar sobre as aprendizagens deveria ter nesse processo. Ainda nas divergências, mas, desde uma perspectiva inversa, tomando os conhecimentos profissionais como referência para interpelar as proposições teóricas, destaquei que: a) é imprescindível trabalhar em longo prazo para poder fazer constatações e correções de percurso; b) a proposta que desenvolvi para essa escola não poderia ser imaginada/projetada em termos semelhantes antes de realizá-la; e c) é necessário desenvolver as propostas a partir da proximidade com a realidade escolar e o próprio professor. Para finalizar, apresento algumas mudanças a partir da minha experiência profissional. A primeira se refere à organização da proposta curricular, a segunda é sobre o planejamento do componente curricular, e a terceira aponta para o material didático que serviu de apoio durante as aulas.153 f.Ciências humanasEducação nas ciênciasEducação Física escolarAutoarqueologiaCurrículo da Educação FísicaPrática pedagógicahttp://bibliodigital.unijui.edu.br:8080/xmlui/handle/123456789/5047DMD_hdl_123456789/5047Wiercinski, Gilmarporreponame:Repositório Institucional da UNIJUIinstname:Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sulinstacron:UNIJUIinfo:eu-repo/semantics/openAccessGilmar%20Wiercinski.pdfhttp://bibliodigital.unijui.edu.br:8080/xmlui/bitstream/123456789/5047/1/Gilmar%20Wiercinski.pdfapplication/pdf2167194http://bibliodigital.unijui.edu.br:8080/xmlui/bitstream/123456789/5047/1/Gilmar%20Wiercinski.pdfdc2537aa32021d11d2b0cd04d327dd57MD5123456789_5047_12019-01-21T12:45:46Zmail@mail.com - |
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No campo acadêmico e profissional da Educação Física, desde o início da década de 80 do século 20, tem-se produzido, em diferentes perspectivas e com objetivos diversos, distintas proposições. Uma dessas perspectivas foi a do movimento renovador crítico que se propôs a transformar a Educação Física escolar, entendida até então como atividade pedagógica, em um componente curricular. Nesse contexto, enquanto professor de Educação Física, reconheço em mim a influência desse movimento teórico, tanto na forma de conceber quanto na de realizar minha prática pedagógica. Sinto-me integrante ativo desse movimento, por isso apresento este trabalho, que tem como objetivo sistematizar um diálogo entre minha prática pedagógica e a discussão teórica da Educação e da Educação Física, particularmente no que se refere à produção do currículo. Este estudo sistematizou a minha experiência profissional de 13 anos de docência na Educação Física escolar, com um recorte descritivo do trabalho realizado nos últimos 8 anos em uma escola pública estadual do município de Ijuí (RS). Trata-se de um estudo em que o objeto pesquisado é a prática curricular do próprio pesquisador. O trabalho foi organizado em quatro capítulos. Inicialmente, as escolhas metodológicas que sustentaram o desenvolvimento do trabalho. O movimento analítico do conjunto da dissertação e a forma que foram elaborados os três Capítulos seguintes, tratam, respectivamente: a) da sistematização da prática curricular, b) da imersão teórica e c) do diálogo entre essas dimensões. Tendo, então, como metodologia a autoarqueologia, descrevo a prática curricular e pedagógica a partir da experiência do meu trabalho com a Educação Física escolar. Este estudo foi um processo de interpretação da prática curricular com base nos meus vestígios materiais gerados em todos esses anos de trabalho, distribuídos na escola e nos arquivos como pesquisador. A organização dos materiais (vestígios) desenterrados permitiu mostrar um pouco do trabalho, o diálogo com o contexto e sua transformação no tempo. Na sequência sistematizei sobre a prática curricular em um conjunto de autores presente no debate contemporâneo acerca da Educação escolar e da Educação Física. O foco é o currículo e suas proposições teóricas, principalmente no campo da Educação Física. Por fim, estabeleço um diálogo entre a prática pedagógica que desenvolvi e o que apresentam autores da Educação e da Educação Física sobre a prática curricular. A partir de critérios produzidos na pesquisa teórica do terceiro Capítulo, tensiono a prática textualizada no segundo Capítulo, assim como busco tensionar, com base nessa experiência, as propostas curriculares para a Educação Física escolar. Para realizar esse escrutínio de mão dupla, formulo e respondo perguntas sobre convergências e divergências entre a minha prática curricular e o que é proposto no campo da Educação Física escolar. Nas convergências destaco: a) a tematização da diversidade das manifestações da cultura corporal de movimento; b) a proposição de uma sequência/progressão de conteúdos; e c) as diversas formas de ensinar mobilizadas no desenvolvimento das diferentes Unidades Didáticas trabalhadas no período de 2006 a 2013. Nas divergências, tendo a teoria como referência para tensionar a prática curricular, ficaram em evidência inconsistências: a) na articulação entre o discurso legitimador da Educação escolar que enunciava e o papel defendido para a Educação Física no Ensino Fundamental; b) entre as práticas avaliativas efetivadas na prática e o papel que o olhar sobre as aprendizagens deveria ter nesse processo. Ainda nas divergências, mas, desde uma perspectiva inversa, tomando os conhecimentos profissionais como referência para interpelar as proposições teóricas, destaquei que: a) é imprescindível trabalhar em longo prazo para poder fazer constatações e correções de percurso; b) a proposta que desenvolvi para essa escola não poderia ser imaginada/projetada em termos semelhantes antes de realizá-la; e c) é necessário desenvolver as propostas a partir da proximidade com a realidade escolar e o próprio professor. Para finalizar, apresento algumas mudanças a partir da minha experiência profissional. A primeira se refere à organização da proposta curricular, a segunda é sobre o planejamento do componente curricular, e a terceira aponta para o material didático que serviu de apoio durante as aulas. 153 f. |
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No campo acadêmico e profissional da Educação Física, desde o início da década de 80 do século 20, tem-se produzido, em diferentes perspectivas e com objetivos diversos, distintas proposições. Uma dessas perspectivas foi a do movimento renovador crítico que se propôs a transformar a Educação Física escolar, entendida até então como atividade pedagógica, em um componente curricular. Nesse contexto, enquanto professor de Educação Física, reconheço em mim a influência desse movimento teórico, tanto na forma de conceber quanto na de realizar minha prática pedagógica. Sinto-me integrante ativo desse movimento, por isso apresento este trabalho, que tem como objetivo sistematizar um diálogo entre minha prática pedagógica e a discussão teórica da Educação e da Educação Física, particularmente no que se refere à produção do currículo. Este estudo sistematizou a minha experiência profissional de 13 anos de docência na Educação Física escolar, com um recorte descritivo do trabalho realizado nos últimos 8 anos em uma escola pública estadual do município de Ijuí (RS). Trata-se de um estudo em que o objeto pesquisado é a prática curricular do próprio pesquisador. O trabalho foi organizado em quatro capítulos. Inicialmente, as escolhas metodológicas que sustentaram o desenvolvimento do trabalho. O movimento analítico do conjunto da dissertação e a forma que foram elaborados os três Capítulos seguintes, tratam, respectivamente: a) da sistematização da prática curricular, b) da imersão teórica e c) do diálogo entre essas dimensões. Tendo, então, como metodologia a autoarqueologia, descrevo a prática curricular e pedagógica a partir da experiência do meu trabalho com a Educação Física escolar. Este estudo foi um processo de interpretação da prática curricular com base nos meus vestígios materiais gerados em todos esses anos de trabalho, distribuídos na escola e nos arquivos como pesquisador. A organização dos materiais (vestígios) desenterrados permitiu mostrar um pouco do trabalho, o diálogo com o contexto e sua transformação no tempo. Na sequência sistematizei sobre a prática curricular em um conjunto de autores presente no debate contemporâneo acerca da Educação escolar e da Educação Física. O foco é o currículo e suas proposições teóricas, principalmente no campo da Educação Física. Por fim, estabeleço um diálogo entre a prática pedagógica que desenvolvi e o que apresentam autores da Educação e da Educação Física sobre a prática curricular. A partir de critérios produzidos na pesquisa teórica do terceiro Capítulo, tensiono a prática textualizada no segundo Capítulo, assim como busco tensionar, com base nessa experiência, as propostas curriculares para a Educação Física escolar. Para realizar esse escrutínio de mão dupla, formulo e respondo perguntas sobre convergências e divergências entre a minha prática curricular e o que é proposto no campo da Educação Física escolar. Nas convergências destaco: a) a tematização da diversidade das manifestações da cultura corporal de movimento; b) a proposição de uma sequência/progressão de conteúdos; e c) as diversas formas de ensinar mobilizadas no desenvolvimento das diferentes Unidades Didáticas trabalhadas no período de 2006 a 2013. Nas divergências, tendo a teoria como referência para tensionar a prática curricular, ficaram em evidência inconsistências: a) na articulação entre o discurso legitimador da Educação escolar que enunciava e o papel defendido para a Educação Física no Ensino Fundamental; b) entre as práticas avaliativas efetivadas na prática e o papel que o olhar sobre as aprendizagens deveria ter nesse processo. Ainda nas divergências, mas, desde uma perspectiva inversa, tomando os conhecimentos profissionais como referência para interpelar as proposições teóricas, destaquei que: a) é imprescindível trabalhar em longo prazo para poder fazer constatações e correções de percurso; b) a proposta que desenvolvi para essa escola não poderia ser imaginada/projetada em termos semelhantes antes de realizá-la; e c) é necessário desenvolver as propostas a partir da proximidade com a realidade escolar e o próprio professor. Para finalizar, apresento algumas mudanças a partir da minha experiência profissional. A primeira se refere à organização da proposta curricular, a segunda é sobre o planejamento do componente curricular, e a terceira aponta para o material didático que serviu de apoio durante as aulas. |
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