PARTICIPAÇÃO NO MERCADO DE TRABALHO E QUALIDADE DA INSERÇÃO OCUPACIONAL DA POPULAÇÃO ADULTA DE MINAS GERAIS, NOS ANOS DE 1997 E 2007

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Elizete Gonçalves, Maria
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Artigo
Título da fonte: Revista Desenvolvimento Social (Online)
Texto Completo: https://www.periodicos.unimontes.br/index.php/rds/article/view/1658
Resumo: O objetivo desse estudo consistiu em caracterizar a participação da população adulta de Minas Gerais no mercado de trabalho, nos anos de 1997 e 2007. Para o desenvolvimento desse estudo, foram delineados os seguintes objetivos: i) cálculo das taxas de participação da população de 25 a 64 anos no mercado de trabalho do estado em 1997 e 2007; ii) verificação da posição na ocupação da PEA adulta, identificando possíveis mobilidades, no período e; iii) análise da inserção da população no mercado de trabalho, segundo os setores de atividade. Os cálculos e análise foram realizados segundo o sexo, para a identificação de diferenciais de gênero referentes aos indicadores utilizados. Com relação ao primeiro objetivo proposto, os resultados mostraram que a participação da população masculina no mercado laboral manteve-se praticamente constante, entre 1997 e 2007, enquanto que as taxas de participação feminina aumentaram de forma significativa no mesmo período; a exceção foi para as mulheres mais velhas, com idade acima de 55 anos. Quanto ao segundo objetivo, os dados revelaram que as mulheres ocupam posições precárias no mercado de trabalho, em relação aos homens. Quando consideramos o mesmo número de anos de estudo, a proporção de mulheres atuando na informalidade é bem maior em relação aos homens. Entretanto, a análise revelou um fator positivo: houve um aumento expressivo de adultos, de ambos os sexos, trabalhando com carteira assinada, no período. Finalmente, com relação ao último objetivo traçado, foi constatada uma redução da participação da PEA nas atividades agrícolas, confirmando as conclusões de estudos existentes. A maioria das mulheres atuava no setor de serviços, não havendo grandes diferenças na participação nesse setor, em relação à escolaridade. De uma forma geral, os resultados apontaram um maior nível de ocupação, uma menor taxa de desemprego e um menor grau de informalidade, em 2007. Mas, verificou-se um viés de gênero: foram evidenciados alguns problemas vivenciados pelas mulheres, como a dificuldade de inserção no mercado laboral e a precarização relacionada à sua contratação, em relação aos homens. Com a mesma escolaridade, essas dificuldades foram mais acentuadas para a mulher
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