“A Unipampa ela tem em várias cidades”, ou de quando um verbo impessoal tem (pelo menos um) sujeito

• Autor(a) principal: Souza, Karoline Gasque de
• Data de Publicação: 2018
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNIPAMPA
• Texto Completo: http://dspace.unipampa.edu.br:8080/jspui/handle/riu/3553
• topic: CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES; Verbos existenciais; Tópico marcado; Deslocamento à esquerda; Verbos existenciales; Tópico marcado; Desplazamiento a la izquierda

Este Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) busca analisar sintaticamente um dado produzido em uma fala monitorada à luz da teoria gerativa. A sentença produzida por um entrevistado em um programa de televisão causa uma certa estranheza, pois parece haver dois sujeitos com um verbo que não seleciona sujeito e nem atribui Caso acusativo ao argumento interno. Sabe-se que o português brasileiro favorece o alçamento de locativos, inclusive com verbos existenciais, contudo, a sentença distingue-se pelo elemento alçado ser o argumento interno do verbo e, além disso, ser seguido por um pronome correferente. Assim, objetiva-se compreender o fato de um verbo existencial ter sujeito expresso com o sentido semântico correferente ao argumento interno e, ao apresentar uma revisão da literatura sobre as construções de tópico marcado no português brasileiro, observar em qual posição estão os elementos alçados, tópico e/ou sujeito. A partir das discussões realizadas acerca da sentença motivadora, com base especialmente em Pontes (1987), Avelar e Callou (2011), Orsini e Vasco (2012), Kato (2015), Kato e Duarte (2017), Berlinck, Duarte e Oliveira (2017) e Avelar (2018), conclui-se que o português brasileiro está caracterizando-se como uma língua mista, com proeminência de tópico e de sujeito expresso.