VIVENCIANDO UM GRUPO COM USUÁRIOS DIABÉTICOS E HIPERTENSOS: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2010 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista de Pesquisa: Cuidado é Fundamental Online |
Texto Completo: | https://seer.unirio.br/cuidadofundamental/article/view/904 |
Resumo: | INTRODUÇÃO:A Hipertensão Arterial (HA) e o Diabetes Mellitus (DM) constituem os principais fatores de risco populacional para as doenças cardiovasculares, motivo pelo qual representam agravos de saúde pública, dos quais cerca de 60 a 80% dos casos podem ser tratados na rede básica (BRASIL, 2002). A HA tem prevalência estimada em cerca de 20% da população adulta (maior ou igual a 20 anos) e forte relação com 80% dos casos de AVE e 60% dos casos de doença isquêmica do coração. Constitui, sem dúvida, o principal fator de risco para as doenças cardiovasculares, cuja principal causa de morte, o AVE, tem como origem a hipertensão não-controlada (BRASIL, 2002). Assim como a HA, o DM vem aumentando sua importância pela crescente prevalência. Calcula-se que, em 2025, possam existir cerca de 11 milhões de diabéticos no País (BRASIL, 2002). Para Silva et al., (1996) a deficiência da adesão dos pacientes às orientações que precisam ser seguidas para controlar sinais e sintomas das doenças, pode ser relacionada ao fato de que as interações entre usuários e prestadores de serviços em saúde se configuram, atualmente, de forma superficial, em termos comunicacionais O fato é que não existe comunicação totalmente objetiva. Esta se faz entre pessoas e cada pessoa é um mundo à parte, com seu subjetivismo, suas experiências, sua cultura, seus valores, seus interesses e suas expectativas. A percepção pessoal funciona como uma espécie de filtragem que condiciona a mensagem segundo a própria lente. Ouvimos e vemos conforme a nossa percepção (MAFFACCIOLLI & LOPES, 2005). Assim, Silva et al., (2003), assegura que o trabalho com grupos proporciona o aprofundamento de discussões pelas quais consegue-se ampliar conhecimentos e melhor conduzir o processo de educação em saúde, de modo que as pessoas possam superar suas dificuldades, obtendo maior autonomia e podendo viver mais harmonicamente com sua condição de saúde (MAFFACCIOLLI & LOPES, 2005). Munari & Rodrigues (1997), apresentando uma trajetória da utilização de grupos na assistência de enfermagem afirmam que, na área de enfermagem, a utilização de grupos não se constitui propriamente em uma novidade. Por natureza, o enfermeiro é um profissional que desenvolve seu trabalho em grupo tanto na assistência nas atividades junto à equipe de enfermagem, junto às equipes multiprofissionais, durante a passagem de plantão, executando atividades educativas junto a grupos específicos da população, como no ensino, realizando grupos de discussão de casos ou como estratégia em disciplinas nas quais o grupo funciona como parte da aprendizagem. Dentro deste contexto torna-se imprescindível para a formação acadêmica, estruturada nos pilares da pesquisa, ensino e prática, a atuação em contíguo com a comunidade. Desta forma, busca-se construir uma rede de saber e prática caracterizados pela dependência recíproca e eficaz, possibilitando a construção de um espaço de assistência voltado as Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT), comprometido com a integralidade do cuidado.OBJETIVOS: Relatar as vivências e reflexões em um grupo de diabéticos e hipertensos e destacar a importância desse instrumento para o trabalho do enfermeiro.METODOLOGIA: Este estudo consiste em um relato de experiência, concretizado a partir da prática com a realização de atividades educativas em um grupo de usuários (n=20) hipertensos e diabéticos da Unidade de Saúde da Família APOLO III, na cidade de Itaboraí, Rio de Janeiro. Tais usuários caracterizam-se por serem adultos e idosos, na maioria mulheres, cadastrados na Unidade de Saúde da Família e portadores de Doença Crônica não Transmissível (DCNT). São descritas as reflexões e vivências, através do pilar proporcionado pela técnica de observação participante. Foi adotada a definição de Becker (1994), entendendo que o pesquisador coleta dados, participando do grupo ou organização, observando as pessoas e seu comportamento em situações de sua vida cotidiana (LIMA et al., 1999). Segundo Lüdke & André (1986), uma das vantagens da utilização dessa técnica é a possibilidade de um contato pessoal do pesquisador com o objeto de investigação, permitindo acompanhar as experiências diárias dos sujeitos e apreender o significado que atribuem à realidade e às suas ações. (LIMA et al., 1999). As atividades realizadas neste grupo permeiam a consulta de Enfermagem, grupo educativo e Levantamento epidemiológico, tendo como enfoque principal o nível de entendimento das informações obtidas, as relações dentro do grupo e os sentimentos e expectativas expressados. Este grupo trata-se de um projeto de extensão da Universidade Federal Fluminense.RESULTADOS: O grupo é composto em sua maioria por mulheres com faixa etária de 50 a 80 anos, portadores de Diabetes Mellitus tipo 2 e/ou Hipertensão Arterial. Também participam do grupo duas professoras da Universidade Federal Fluminense e duas alunas bolsistas deste projeto de extensão que se revezam para o comparecimento nos grupos, de forma que em cada reunião sempre existe uma professora e um aluno. Ao final de cada encontro professor e aluno reuniam-se e comentavam a inteiração dos usuários com o professor, com o aluno e entre eles. Além de analisarmos a aceitação da didática encontrada para expor o tema propostos pelos usuários. Os temas são sugeridos pelos próprios usuários em conjunto com os professores e alunos, e são trabalhados de acordo com a necessidade exposta por eles. Os encontros foram realizados nos dias: 12 e 26 de maio, e 9 e 23 de junho do ano de 2010. As etapas dos momentos-chave das sessões grupais de Dall’Agnol & Trench (1999) basearam o planejamento das reuniões, sendo feita uma adaptação. Transcorreu-se então por algumas etapas descritas a seguir: a) Abertura da sessão: recepção dos usuários, boas vindas, apresentação e informações acerca dos objetivos e finalidades da reunião, aferição de Pressão Arterial e HGT para posterior armazenamento com fim de comparação; b) Esclarecimento sobre a dinâmica proposta para o encontro: esclareciam-se as atividades que estariam sendo realizadas informando sempre a importância da exposição das idéias e anseios de cada participante; c) Debate: Por meio de dinâmicas, atividades lúdicas e rodas conversas as questões eram expostas. Então, através das manifestações dos participantes a respeito do tema as respostas eram construídas; d) Síntese dos momentos anteriores: Resumia-se os momentos anteriores a fim de reforçar as conclusões que se foi chegado na etapa anterior; e) Encerramento da sessão: Combinava-se o próximo encontro e agradecia-se a presença de todos. Os encontros aconteceram com os seguintes temas: 12/05/10 – Apresentação das alunas ao grupo e formação da agenda dos temas para o primeiro semestre de 2010; 26/05/10 – Alimentação: Conhecendo os hábitos alimentares dos usuários; mitos e verdades sobre a alimentação do diabético e hipertenso; 09/06/10 – Alimentação: Grupos alimentares e como formar um prato saudável; 23/06/10 – Festa Junina. No decorrer dos encontros notou-se através dos diálogos que os aspectos emocionais unidos as atividades diárias vem corroborar para a ingestão alimentar hipercalórica e desequilibrada. Muita das vezes é percebido a negação em aceitar uma mudança em seus hábitos pois para que este aconteça é necessário transformação. O investimento e esforço para o abandono de hábitos arraigados e atitudes presentes na forma de enfrentamento com o cotidiano podem despertar sentimentos de ambivalência que serão tão mais intensos quanto maior for a dificuldade em vulnerabilizar-se para a aventura do novo e da mudança (MAFFACCIOLLI & LOPES, 2005). Apesar de muitas vezes parecer que mudanças não ocorriam, gerando uma certa frustração na equipe devido a resistência a mudança de hábitos, notou-se a recepção e o carinho recebido dos participantes como algo impactante e estimulador para a continuação do trabalho. Destarte constatou-se que o relacionamento humano e a troca de experiências, estruturados na cooperação, contribuem para a eficácia do tratamento da hipertensão e diabetes.CONCLUSÕES: O presente trabalho proporcionou a introdução acadêmica neste contexto, assim tendendo a familiarizar o aluno a compreensão da complexidade das relações e das instituições humanas, integrando a teoria, o ensino e a prática. Assim aluno, professor, cidadão, usuário e trabalhador da saúde, configuram um processo de trabalho em equipe multiprofisional que concerne na melhora da qualidade de vida do cidadão e consequentemente da comunidade. A estratégia do grupo caracteriza-se para o enfermeiro como meio de alcançar o cliente, torna se um instrumento que facilita o sucesso da assistência ao ponto que norteia o cuidado, cominando em resultados eficazes. Logo, tais iniciativas abrem espaço para um diálogo entre Universidade e sociedade, trazendo questões a serem pensadas, através do conhecimento e acompanhando de forma interativa as produções da comunidade, reduzindo distâncias através do fazer. |
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Para Silva et al., (1996) a deficiência da adesão dos pacientes às orientações que precisam ser seguidas para controlar sinais e sintomas das doenças, pode ser relacionada ao fato de que as interações entre usuários e prestadores de serviços em saúde se configuram, atualmente, de forma superficial, em termos comunicacionais O fato é que não existe comunicação totalmente objetiva. Esta se faz entre pessoas e cada pessoa é um mundo à parte, com seu subjetivismo, suas experiências, sua cultura, seus valores, seus interesses e suas expectativas. A percepção pessoal funciona como uma espécie de filtragem que condiciona a mensagem segundo a própria lente. Ouvimos e vemos conforme a nossa percepção (MAFFACCIOLLI & LOPES, 2005). 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Por natureza, o enfermeiro é um profissional que desenvolve seu trabalho em grupo tanto na assistência nas atividades junto à equipe de enfermagem, junto às equipes multiprofissionais, durante a passagem de plantão, executando atividades educativas junto a grupos específicos da população, como no ensino, realizando grupos de discussão de casos ou como estratégia em disciplinas nas quais o grupo funciona como parte da aprendizagem. Dentro deste contexto torna-se imprescindível para a formação acadêmica, estruturada nos pilares da pesquisa, ensino e prática, a atuação em contíguo com a comunidade. Desta forma, busca-se construir uma rede de saber e prática caracterizados pela dependência recíproca e eficaz, possibilitando a construção de um espaço de assistência voltado as Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT), comprometido com a integralidade do cuidado.OBJETIVOS: Relatar as vivências e reflexões em um grupo de diabéticos e hipertensos e destacar a importância desse instrumento para o trabalho do enfermeiro.METODOLOGIA: Este estudo consiste em um relato de experiência, concretizado a partir da prática com a realização de atividades educativas em um grupo de usuários (n=20) hipertensos e diabéticos da Unidade de Saúde da Família APOLO III, na cidade de Itaboraí, Rio de Janeiro. Tais usuários caracterizam-se por serem adultos e idosos, na maioria mulheres, cadastrados na Unidade de Saúde da Família e portadores de Doença Crônica não Transmissível (DCNT). São descritas as reflexões e vivências, através do pilar proporcionado pela técnica de observação participante. Foi adotada a definição de Becker (1994), entendendo que o pesquisador coleta dados, participando do grupo ou organização, observando as pessoas e seu comportamento em situações de sua vida cotidiana (LIMA et al., 1999). Segundo Lüdke & André (1986), uma das vantagens da utilização dessa técnica é a possibilidade de um contato pessoal do pesquisador com o objeto de investigação, permitindo acompanhar as experiências diárias dos sujeitos e apreender o significado que atribuem à realidade e às suas ações. (LIMA et al., 1999). As atividades realizadas neste grupo permeiam a consulta de Enfermagem, grupo educativo e Levantamento epidemiológico, tendo como enfoque principal o nível de entendimento das informações obtidas, as relações dentro do grupo e os sentimentos e expectativas expressados. Este grupo trata-se de um projeto de extensão da Universidade Federal Fluminense.RESULTADOS: O grupo é composto em sua maioria por mulheres com faixa etária de 50 a 80 anos, portadores de Diabetes Mellitus tipo 2 e/ou Hipertensão Arterial. Também participam do grupo duas professoras da Universidade Federal Fluminense e duas alunas bolsistas deste projeto de extensão que se revezam para o comparecimento nos grupos, de forma que em cada reunião sempre existe uma professora e um aluno. Ao final de cada encontro professor e aluno reuniam-se e comentavam a inteiração dos usuários com o professor, com o aluno e entre eles. Além de analisarmos a aceitação da didática encontrada para expor o tema propostos pelos usuários. Os temas são sugeridos pelos próprios usuários em conjunto com os professores e alunos, e são trabalhados de acordo com a necessidade exposta por eles. Os encontros foram realizados nos dias: 12 e 26 de maio, e 9 e 23 de junho do ano de 2010. As etapas dos momentos-chave das sessões grupais de Dall’Agnol & Trench (1999) basearam o planejamento das reuniões, sendo feita uma adaptação. Transcorreu-se então por algumas etapas descritas a seguir: a) Abertura da sessão: recepção dos usuários, boas vindas, apresentação e informações acerca dos objetivos e finalidades da reunião, aferição de Pressão Arterial e HGT para posterior armazenamento com fim de comparação; b) Esclarecimento sobre a dinâmica proposta para o encontro: esclareciam-se as atividades que estariam sendo realizadas informando sempre a importância da exposição das idéias e anseios de cada participante; c) Debate: Por meio de dinâmicas, atividades lúdicas e rodas conversas as questões eram expostas. Então, através das manifestações dos participantes a respeito do tema as respostas eram construídas; d) Síntese dos momentos anteriores: Resumia-se os momentos anteriores a fim de reforçar as conclusões que se foi chegado na etapa anterior; e) Encerramento da sessão: Combinava-se o próximo encontro e agradecia-se a presença de todos. Os encontros aconteceram com os seguintes temas: 12/05/10 – Apresentação das alunas ao grupo e formação da agenda dos temas para o primeiro semestre de 2010; 26/05/10 – Alimentação: Conhecendo os hábitos alimentares dos usuários; mitos e verdades sobre a alimentação do diabético e hipertenso; 09/06/10 – Alimentação: Grupos alimentares e como formar um prato saudável; 23/06/10 – Festa Junina. No decorrer dos encontros notou-se através dos diálogos que os aspectos emocionais unidos as atividades diárias vem corroborar para a ingestão alimentar hipercalórica e desequilibrada. Muita das vezes é percebido a negação em aceitar uma mudança em seus hábitos pois para que este aconteça é necessário transformação. O investimento e esforço para o abandono de hábitos arraigados e atitudes presentes na forma de enfrentamento com o cotidiano podem despertar sentimentos de ambivalência que serão tão mais intensos quanto maior for a dificuldade em vulnerabilizar-se para a aventura do novo e da mudança (MAFFACCIOLLI & LOPES, 2005). Apesar de muitas vezes parecer que mudanças não ocorriam, gerando uma certa frustração na equipe devido a resistência a mudança de hábitos, notou-se a recepção e o carinho recebido dos participantes como algo impactante e estimulador para a continuação do trabalho. Destarte constatou-se que o relacionamento humano e a troca de experiências, estruturados na cooperação, contribuem para a eficácia do tratamento da hipertensão e diabetes.CONCLUSÕES: O presente trabalho proporcionou a introdução acadêmica neste contexto, assim tendendo a familiarizar o aluno a compreensão da complexidade das relações e das instituições humanas, integrando a teoria, o ensino e a prática. Assim aluno, professor, cidadão, usuário e trabalhador da saúde, configuram um processo de trabalho em equipe multiprofisional que concerne na melhora da qualidade de vida do cidadão e consequentemente da comunidade. A estratégia do grupo caracteriza-se para o enfermeiro como meio de alcançar o cliente, torna se um instrumento que facilita o sucesso da assistência ao ponto que norteia o cuidado, cominando em resultados eficazes. 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Para Silva et al., (1996) a deficiência da adesão dos pacientes às orientações que precisam ser seguidas para controlar sinais e sintomas das doenças, pode ser relacionada ao fato de que as interações entre usuários e prestadores de serviços em saúde se configuram, atualmente, de forma superficial, em termos comunicacionais O fato é que não existe comunicação totalmente objetiva. Esta se faz entre pessoas e cada pessoa é um mundo à parte, com seu subjetivismo, suas experiências, sua cultura, seus valores, seus interesses e suas expectativas. A percepção pessoal funciona como uma espécie de filtragem que condiciona a mensagem segundo a própria lente. Ouvimos e vemos conforme a nossa percepção (MAFFACCIOLLI & LOPES, 2005). Assim, Silva et al., (2003), assegura que o trabalho com grupos proporciona o aprofundamento de discussões pelas quais consegue-se ampliar conhecimentos e melhor conduzir o processo de educação em saúde, de modo que as pessoas possam superar suas dificuldades, obtendo maior autonomia e podendo viver mais harmonicamente com sua condição de saúde (MAFFACCIOLLI & LOPES, 2005). Munari & Rodrigues (1997), apresentando uma trajetória da utilização de grupos na assistência de enfermagem afirmam que, na área de enfermagem, a utilização de grupos não se constitui propriamente em uma novidade. 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Este grupo trata-se de um projeto de extensão da Universidade Federal Fluminense.RESULTADOS: O grupo é composto em sua maioria por mulheres com faixa etária de 50 a 80 anos, portadores de Diabetes Mellitus tipo 2 e/ou Hipertensão Arterial. Também participam do grupo duas professoras da Universidade Federal Fluminense e duas alunas bolsistas deste projeto de extensão que se revezam para o comparecimento nos grupos, de forma que em cada reunião sempre existe uma professora e um aluno. Ao final de cada encontro professor e aluno reuniam-se e comentavam a inteiração dos usuários com o professor, com o aluno e entre eles. Além de analisarmos a aceitação da didática encontrada para expor o tema propostos pelos usuários. Os temas são sugeridos pelos próprios usuários em conjunto com os professores e alunos, e são trabalhados de acordo com a necessidade exposta por eles. Os encontros foram realizados nos dias: 12 e 26 de maio, e 9 e 23 de junho do ano de 2010. As etapas dos momentos-chave das sessões grupais de Dall’Agnol & Trench (1999) basearam o planejamento das reuniões, sendo feita uma adaptação. Transcorreu-se então por algumas etapas descritas a seguir: a) Abertura da sessão: recepção dos usuários, boas vindas, apresentação e informações acerca dos objetivos e finalidades da reunião, aferição de Pressão Arterial e HGT para posterior armazenamento com fim de comparação; b) Esclarecimento sobre a dinâmica proposta para o encontro: esclareciam-se as atividades que estariam sendo realizadas informando sempre a importância da exposição das idéias e anseios de cada participante; c) Debate: Por meio de dinâmicas, atividades lúdicas e rodas conversas as questões eram expostas. Então, através das manifestações dos participantes a respeito do tema as respostas eram construídas; d) Síntese dos momentos anteriores: Resumia-se os momentos anteriores a fim de reforçar as conclusões que se foi chegado na etapa anterior; e) Encerramento da sessão: Combinava-se o próximo encontro e agradecia-se a presença de todos. Os encontros aconteceram com os seguintes temas: 12/05/10 – Apresentação das alunas ao grupo e formação da agenda dos temas para o primeiro semestre de 2010; 26/05/10 – Alimentação: Conhecendo os hábitos alimentares dos usuários; mitos e verdades sobre a alimentação do diabético e hipertenso; 09/06/10 – Alimentação: Grupos alimentares e como formar um prato saudável; 23/06/10 – Festa Junina. No decorrer dos encontros notou-se através dos diálogos que os aspectos emocionais unidos as atividades diárias vem corroborar para a ingestão alimentar hipercalórica e desequilibrada. Muita das vezes é percebido a negação em aceitar uma mudança em seus hábitos pois para que este aconteça é necessário transformação. O investimento e esforço para o abandono de hábitos arraigados e atitudes presentes na forma de enfrentamento com o cotidiano podem despertar sentimentos de ambivalência que serão tão mais intensos quanto maior for a dificuldade em vulnerabilizar-se para a aventura do novo e da mudança (MAFFACCIOLLI & LOPES, 2005). Apesar de muitas vezes parecer que mudanças não ocorriam, gerando uma certa frustração na equipe devido a resistência a mudança de hábitos, notou-se a recepção e o carinho recebido dos participantes como algo impactante e estimulador para a continuação do trabalho. 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Revista de Pesquisa Cuidado é Fundamental Online; Número Suplementar dos 120 anos da EEAP/UNIRIO Revista de Pesquisa Cuidado é Fundamental Online; Número Suplementar dos 120 anos da EEAP/UNIRIO Revista de Pesquisa Cuidado é Fundamental Online; Número Suplementar dos 120 anos da EEAP/UNIRIO 2175-5361 1809-6107 reponame:Revista de Pesquisa: Cuidado é Fundamental Online instname:Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO) instacron:UNIRIO |
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Revista de Pesquisa: Cuidado é Fundamental Online - Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO) |
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