Língua e a discursividade na tradução do literário
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2021 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Signo (Santa Cruz do Sul. Online) |
Texto Completo: | https://online.unisc.br/seer/index.php/signo/article/view/52-62 |
Resumo: | Data de 1943-1944, o período de produção do discurso literário Animal Farm, de George Orwell, traduzido do inglês para o português, primeiramente, por Heitor Aquino Ferreira, em 1964, com o título A Revolução dos Bichos. A tradução possibilitou a leitores, usuários do português, o acesso a um discurso de posicionamento revolucionário, textualizado por meio do gênero literário fábula e de estratégias linguístico-discursivas advindas da competência discursiva do tradutor. Com isso em vista, este artigo tem por objetivo examinar em Animal Farm e em A Revolução dos Bichos, a forma como o autor e o tradutor se posicionam culturalmente no funcionamento discursivo. Objetivamos verificar, também, o modo como as condições sócio-históricas e linguístico-culturais dialogam no regime da produção e da tradução. Para fundamentar nossa análise, recorremos aos Estudos da Tradução, conforme Venuti, (2002) e Lefevere (1992) em diálogo com a Linguística, particularmente, à Análise do Discurso de linha francesa (AD), na perspectiva enunciativo-discursiva proposta por Maingueneau (2007, 2015, 2018). Assim, colocamos em paralelo a produção original e a tradução, observando a dimensão linguístico-discursiva e o confronto de posicionamentos. Os resultados deste estudo revelam que os discursos literários Animal Farm e A Revolução dos Bichos não se constituem somente um espaço de confrontos estético-políticos, mas também um lugar onde o tradutor se coloca em relação de concorrência cultural com o autor, principalmente, pelo investimento no código linguageiro, entendido como registro desigual de posicionamentos socioculturais, revelados por meio das respectivas condições sócio-históricas de produção e de tradução. |
id |
UNISC-3_62abc73dcb7ae4729273393a81dd8b86 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:ojs.online.unisc.br:article/16528 |
network_acronym_str |
UNISC-3 |
network_name_str |
Signo (Santa Cruz do Sul. Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
Língua e a discursividade na tradução do literárioEstudos da TraduçãoAnálise do Discurso LiterárioAnimal FarmA Revolução dos Bichos.Data de 1943-1944, o período de produção do discurso literário Animal Farm, de George Orwell, traduzido do inglês para o português, primeiramente, por Heitor Aquino Ferreira, em 1964, com o título A Revolução dos Bichos. A tradução possibilitou a leitores, usuários do português, o acesso a um discurso de posicionamento revolucionário, textualizado por meio do gênero literário fábula e de estratégias linguístico-discursivas advindas da competência discursiva do tradutor. Com isso em vista, este artigo tem por objetivo examinar em Animal Farm e em A Revolução dos Bichos, a forma como o autor e o tradutor se posicionam culturalmente no funcionamento discursivo. Objetivamos verificar, também, o modo como as condições sócio-históricas e linguístico-culturais dialogam no regime da produção e da tradução. Para fundamentar nossa análise, recorremos aos Estudos da Tradução, conforme Venuti, (2002) e Lefevere (1992) em diálogo com a Linguística, particularmente, à Análise do Discurso de linha francesa (AD), na perspectiva enunciativo-discursiva proposta por Maingueneau (2007, 2015, 2018). Assim, colocamos em paralelo a produção original e a tradução, observando a dimensão linguístico-discursiva e o confronto de posicionamentos. Os resultados deste estudo revelam que os discursos literários Animal Farm e A Revolução dos Bichos não se constituem somente um espaço de confrontos estético-políticos, mas também um lugar onde o tradutor se coloca em relação de concorrência cultural com o autor, principalmente, pelo investimento no código linguageiro, entendido como registro desigual de posicionamentos socioculturais, revelados por meio das respectivas condições sócio-históricas de produção e de tradução.Edunisc2021-10-25info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://online.unisc.br/seer/index.php/signo/article/view/52-6210.17058/signo.v46i87.16528Signo; v. 46 n. 87 (2021): Dossiê Temático: Literatura e tradução1982-2014reponame:Signo (Santa Cruz do Sul. Online)instname:Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC)instacron:UNISCporhttps://online.unisc.br/seer/index.php/signo/article/view/52-62/pdfCopyright (c) 2021 Signoinfo:eu-repo/semantics/openAccessde Almeida, Paulo GarciaNascimento, Jarbas Vargas2022-08-15T12:37:27Zoai:ojs.online.unisc.br:article/16528Revistahttp://online.unisc.br/seer/index.php/signohttp://online.unisc.br/seer/index.php/signo/oairgabriel@unisc.br||revistasigno.unisc@gmail.com1982-20140101-1812opendoar:2022-08-15T12:37:27Signo (Santa Cruz do Sul. Online) - Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Língua e a discursividade na tradução do literário |
title |
Língua e a discursividade na tradução do literário |
spellingShingle |
Língua e a discursividade na tradução do literário de Almeida, Paulo Garcia Estudos da Tradução Análise do Discurso Literário Animal Farm A Revolução dos Bichos. |
title_short |
Língua e a discursividade na tradução do literário |
title_full |
Língua e a discursividade na tradução do literário |
title_fullStr |
Língua e a discursividade na tradução do literário |
title_full_unstemmed |
Língua e a discursividade na tradução do literário |
title_sort |
Língua e a discursividade na tradução do literário |
author |
de Almeida, Paulo Garcia |
author_facet |
de Almeida, Paulo Garcia Nascimento, Jarbas Vargas |
author_role |
author |
author2 |
Nascimento, Jarbas Vargas |
author2_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
de Almeida, Paulo Garcia Nascimento, Jarbas Vargas |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Estudos da Tradução Análise do Discurso Literário Animal Farm A Revolução dos Bichos. |
topic |
Estudos da Tradução Análise do Discurso Literário Animal Farm A Revolução dos Bichos. |
description |
Data de 1943-1944, o período de produção do discurso literário Animal Farm, de George Orwell, traduzido do inglês para o português, primeiramente, por Heitor Aquino Ferreira, em 1964, com o título A Revolução dos Bichos. A tradução possibilitou a leitores, usuários do português, o acesso a um discurso de posicionamento revolucionário, textualizado por meio do gênero literário fábula e de estratégias linguístico-discursivas advindas da competência discursiva do tradutor. Com isso em vista, este artigo tem por objetivo examinar em Animal Farm e em A Revolução dos Bichos, a forma como o autor e o tradutor se posicionam culturalmente no funcionamento discursivo. Objetivamos verificar, também, o modo como as condições sócio-históricas e linguístico-culturais dialogam no regime da produção e da tradução. Para fundamentar nossa análise, recorremos aos Estudos da Tradução, conforme Venuti, (2002) e Lefevere (1992) em diálogo com a Linguística, particularmente, à Análise do Discurso de linha francesa (AD), na perspectiva enunciativo-discursiva proposta por Maingueneau (2007, 2015, 2018). Assim, colocamos em paralelo a produção original e a tradução, observando a dimensão linguístico-discursiva e o confronto de posicionamentos. Os resultados deste estudo revelam que os discursos literários Animal Farm e A Revolução dos Bichos não se constituem somente um espaço de confrontos estético-políticos, mas também um lugar onde o tradutor se coloca em relação de concorrência cultural com o autor, principalmente, pelo investimento no código linguageiro, entendido como registro desigual de posicionamentos socioculturais, revelados por meio das respectivas condições sócio-históricas de produção e de tradução. |
publishDate |
2021 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2021-10-25 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://online.unisc.br/seer/index.php/signo/article/view/52-62 10.17058/signo.v46i87.16528 |
url |
https://online.unisc.br/seer/index.php/signo/article/view/52-62 |
identifier_str_mv |
10.17058/signo.v46i87.16528 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://online.unisc.br/seer/index.php/signo/article/view/52-62/pdf |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Copyright (c) 2021 Signo info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Copyright (c) 2021 Signo |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Edunisc |
publisher.none.fl_str_mv |
Edunisc |
dc.source.none.fl_str_mv |
Signo; v. 46 n. 87 (2021): Dossiê Temático: Literatura e tradução 1982-2014 reponame:Signo (Santa Cruz do Sul. Online) instname:Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) instacron:UNISC |
instname_str |
Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) |
instacron_str |
UNISC |
institution |
UNISC |
reponame_str |
Signo (Santa Cruz do Sul. Online) |
collection |
Signo (Santa Cruz do Sul. Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Signo (Santa Cruz do Sul. Online) - Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) |
repository.mail.fl_str_mv |
rgabriel@unisc.br||revistasigno.unisc@gmail.com |
_version_ |
1800218792471560192 |