REDES INTERNACIONAIS DE COOPERAÇÃO: de redes burocráticas a redes recíprocas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cardoso, Antônio Dimas
Data de Publicação: 2019
Outros Autores: Grave, Marta Ribeiro, Ribeiro, Maria João Alves
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Interfaces Científicas. Humanas e Sociais (Online)
Texto Completo: https://periodicos.set.edu.br/humanas/article/view/6225
Resumo: A cooperação internacional, enquanto sistema formalizado de relações entre países, está inserida num sistema burocrático ineficiente, mediado por lógicas de racionalidade instrumental. Contudo, as redes assim constituídas beneficiam de princípios como reciprocidade, solidariedade e confiança que tendem a transformar relações institucionais protocoladas em relações mais próximas, nas quais a informalidade surge como reguladora da ordem social, numa expressão de autonomia do próprio sujeito. O cultivo desses princípios fortalece o capital social entre as partes e, consequentemente, a construção de "modos de intercâmbio informais em sistemas formais”. Como se percebem, concretamente, relações de reciprocidade no seio das redes de Cooperação Internacional? Procurando discutir sobre essas redes, o artigo tem como objetivo refletir sobre a capacidade das redes informais, no seio das interações internacionais, para a construção de uma sociedade mais solidária e democrática. Metodologicamente, recorremos à análise bibliográfica sobre a temática e ao conceito de rede de Larissa Adler Lomnitz, entendido como um sistema de intercâmbio de bens, serviços e informações, como estratégia de inserção social. Percebe-se que as relações informais são guiadas por uma lógica simbólico-cultural que entra, por vezes, em contradição com a racionalidade burocrática. Assim, a construção dessas redes é feita sob um sistema de reciprocidade, ou seja, baseado em relações de confiança, em que predominam vínculos horizontais. As redes de cooperação internacional abrem caminho à prática de novas experiências comunitárias, intercambiáveis entre partes, cujo foco remete ao exercício da reciprocidade junto a comunidades locais, tendo programas e projetos associativos como fontes de indução.
id UNIT-4_0ecfc7b876e412bd7166a76795e3c0b7
oai_identifier_str oai:ojs.emnuvens.com.br:article/6225
network_acronym_str UNIT-4
network_name_str Interfaces Científicas. Humanas e Sociais (Online)
repository_id_str
spelling REDES INTERNACIONAIS DE COOPERAÇÃO: de redes burocráticas a redes recíprocasCooperação Internacional. Reciprocidade. Informalidade.A cooperação internacional, enquanto sistema formalizado de relações entre países, está inserida num sistema burocrático ineficiente, mediado por lógicas de racionalidade instrumental. Contudo, as redes assim constituídas beneficiam de princípios como reciprocidade, solidariedade e confiança que tendem a transformar relações institucionais protocoladas em relações mais próximas, nas quais a informalidade surge como reguladora da ordem social, numa expressão de autonomia do próprio sujeito. O cultivo desses princípios fortalece o capital social entre as partes e, consequentemente, a construção de "modos de intercâmbio informais em sistemas formais”. Como se percebem, concretamente, relações de reciprocidade no seio das redes de Cooperação Internacional? Procurando discutir sobre essas redes, o artigo tem como objetivo refletir sobre a capacidade das redes informais, no seio das interações internacionais, para a construção de uma sociedade mais solidária e democrática. Metodologicamente, recorremos à análise bibliográfica sobre a temática e ao conceito de rede de Larissa Adler Lomnitz, entendido como um sistema de intercâmbio de bens, serviços e informações, como estratégia de inserção social. Percebe-se que as relações informais são guiadas por uma lógica simbólico-cultural que entra, por vezes, em contradição com a racionalidade burocrática. Assim, a construção dessas redes é feita sob um sistema de reciprocidade, ou seja, baseado em relações de confiança, em que predominam vínculos horizontais. As redes de cooperação internacional abrem caminho à prática de novas experiências comunitárias, intercambiáveis entre partes, cujo foco remete ao exercício da reciprocidade junto a comunidades locais, tendo programas e projetos associativos como fontes de indução.Editora Universitária Tiradentes2019-10-23info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://periodicos.set.edu.br/humanas/article/view/622510.17564/2316-3801.2019v8n2p129-140Interfaces Científicas - Humanas e Sociais; v. 8 n. 2 (2019); 129-1402316-38012316-334810.17564/2316-3801.2019v8n2reponame:Interfaces Científicas. Humanas e Sociais (Online)instname:Universidade Tiradentes (UNIT)instacron:UNITporhttps://periodicos.set.edu.br/humanas/article/view/6225/3660Copyright (c) 2019 Interfaces Científicas - Humanas e Sociaisinfo:eu-repo/semantics/openAccessCardoso, Antônio DimasGrave, Marta RibeiroRibeiro, Maria João Alves2020-11-18T23:11:39Zoai:ojs.emnuvens.com.br:article/6225Revistahttps://periodicos.set.edu.br/humanasPRIhttps://periodicos.set.edu.br/index.php/humanas/oaicrismporto@gmail.com || cfcpinto@gmail.com2316-38012316-3348opendoar:2020-11-18T23:11:39Interfaces Científicas. Humanas e Sociais (Online) - Universidade Tiradentes (UNIT)false
dc.title.none.fl_str_mv REDES INTERNACIONAIS DE COOPERAÇÃO: de redes burocráticas a redes recíprocas
title REDES INTERNACIONAIS DE COOPERAÇÃO: de redes burocráticas a redes recíprocas
spellingShingle REDES INTERNACIONAIS DE COOPERAÇÃO: de redes burocráticas a redes recíprocas
Cardoso, Antônio Dimas
Cooperação Internacional. Reciprocidade. Informalidade.
title_short REDES INTERNACIONAIS DE COOPERAÇÃO: de redes burocráticas a redes recíprocas
title_full REDES INTERNACIONAIS DE COOPERAÇÃO: de redes burocráticas a redes recíprocas
title_fullStr REDES INTERNACIONAIS DE COOPERAÇÃO: de redes burocráticas a redes recíprocas
title_full_unstemmed REDES INTERNACIONAIS DE COOPERAÇÃO: de redes burocráticas a redes recíprocas
title_sort REDES INTERNACIONAIS DE COOPERAÇÃO: de redes burocráticas a redes recíprocas
author Cardoso, Antônio Dimas
author_facet Cardoso, Antônio Dimas
Grave, Marta Ribeiro
Ribeiro, Maria João Alves
author_role author
author2 Grave, Marta Ribeiro
Ribeiro, Maria João Alves
author2_role author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Cardoso, Antônio Dimas
Grave, Marta Ribeiro
Ribeiro, Maria João Alves
dc.subject.por.fl_str_mv Cooperação Internacional. Reciprocidade. Informalidade.
topic Cooperação Internacional. Reciprocidade. Informalidade.
description A cooperação internacional, enquanto sistema formalizado de relações entre países, está inserida num sistema burocrático ineficiente, mediado por lógicas de racionalidade instrumental. Contudo, as redes assim constituídas beneficiam de princípios como reciprocidade, solidariedade e confiança que tendem a transformar relações institucionais protocoladas em relações mais próximas, nas quais a informalidade surge como reguladora da ordem social, numa expressão de autonomia do próprio sujeito. O cultivo desses princípios fortalece o capital social entre as partes e, consequentemente, a construção de "modos de intercâmbio informais em sistemas formais”. Como se percebem, concretamente, relações de reciprocidade no seio das redes de Cooperação Internacional? Procurando discutir sobre essas redes, o artigo tem como objetivo refletir sobre a capacidade das redes informais, no seio das interações internacionais, para a construção de uma sociedade mais solidária e democrática. Metodologicamente, recorremos à análise bibliográfica sobre a temática e ao conceito de rede de Larissa Adler Lomnitz, entendido como um sistema de intercâmbio de bens, serviços e informações, como estratégia de inserção social. Percebe-se que as relações informais são guiadas por uma lógica simbólico-cultural que entra, por vezes, em contradição com a racionalidade burocrática. Assim, a construção dessas redes é feita sob um sistema de reciprocidade, ou seja, baseado em relações de confiança, em que predominam vínculos horizontais. As redes de cooperação internacional abrem caminho à prática de novas experiências comunitárias, intercambiáveis entre partes, cujo foco remete ao exercício da reciprocidade junto a comunidades locais, tendo programas e projetos associativos como fontes de indução.
publishDate 2019
dc.date.none.fl_str_mv 2019-10-23
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://periodicos.set.edu.br/humanas/article/view/6225
10.17564/2316-3801.2019v8n2p129-140
url https://periodicos.set.edu.br/humanas/article/view/6225
identifier_str_mv 10.17564/2316-3801.2019v8n2p129-140
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://periodicos.set.edu.br/humanas/article/view/6225/3660
dc.rights.driver.fl_str_mv Copyright (c) 2019 Interfaces Científicas - Humanas e Sociais
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Copyright (c) 2019 Interfaces Científicas - Humanas e Sociais
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Editora Universitária Tiradentes
publisher.none.fl_str_mv Editora Universitária Tiradentes
dc.source.none.fl_str_mv Interfaces Científicas - Humanas e Sociais; v. 8 n. 2 (2019); 129-140
2316-3801
2316-3348
10.17564/2316-3801.2019v8n2
reponame:Interfaces Científicas. Humanas e Sociais (Online)
instname:Universidade Tiradentes (UNIT)
instacron:UNIT
instname_str Universidade Tiradentes (UNIT)
instacron_str UNIT
institution UNIT
reponame_str Interfaces Científicas. Humanas e Sociais (Online)
collection Interfaces Científicas. Humanas e Sociais (Online)
repository.name.fl_str_mv Interfaces Científicas. Humanas e Sociais (Online) - Universidade Tiradentes (UNIT)
repository.mail.fl_str_mv crismporto@gmail.com || cfcpinto@gmail.com
_version_ 1800220593066344448