PREVALÊNCIA DE FEAR OF MISSING OUT E FATORES ASSOCIADOS EM ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS: SOCIABILIDADE, BEMESTAR E CULTURA DIGITAL

• Autor(a) principal: Ferra Pêgo, Beatriz
• Data de Publicação: 2022
• Outros Autores: Santos Brant Rocha, Josiane, Santos, Gustavo Souza
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Interfaces Científicas. Humanas e Sociais (Online)
• Texto Completo: https://periodicos.set.edu.br/humanas/article/view/10686

O avanço da comunicação mediada por dispositivos móveis e o crescimento das redes sociais on-line transformou as relações coletivas e o acesso à informação. Diferentes grupos e comunidades surgem no universo da esteira digital e com elas os sujeitos encontraram novos modelos de participação e interação que refletem na sua própria identidade. Acompanhar o que os outros membros das suas redes sociais postam e vivenciam, se torna para muitos, uma medida de socialização e pertencimento a um grupo específico. Dessa forma, estudos revelaram que tem sido percebido um sentimento ávido, desconfortável e avassalador de que você está perdendo algo por tomar conhecimento do que seus colegas estão fazendo, sabendo ou possuindo na rede on-line, o Fear Of Missing Out (FOMO). O FOMO reflete no bem-estar social dos indivíduos e na realização das atividades cotidianas, estando associado a sensações de angústia, ansiedade e comportamentos depressivos. Este estudo analisou a prevalência de FOMO nos estudantes da UNIFIPMoc, considerando fatores sociodemográficos, escolares e comportamentais. Por meio de um método de survey, uma amostra de 311 estudantes de uma instituição de ensino superior privada do Norte de Minas Gerais foi investigada considerando gênero, faixa etária e estágio de conclusão do curso. Os dados evidenciaram que 58% dos estudantes apresentam alto FOMO, sendo este mais prevalente entre mulheres, em quem está cursando a primeira metade do curso, que possuem entre 18 e 23 anos de idade e em quem acessa redes sociais mais de 5 vezes por dia, quando se está sozinho, no trabalho e estudando. Os resultados evidenciam que o FOMO pode passar de um fator distrator do comportamento para um distúrbio que afete a subjetividade, a socialização e o bem estar do estudante.