A cosmogonia nas Metamorfoses de Ovídio: um estudo sobre as figuras da origem do mundo, com tradução e notas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Veiga, Paulo Eduardo de Barros [UNESP]
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/151967
Resumo: Ovídio (43 a. C. - 17 d. C.), poeta do período Clássico da Roma Antiga, mais precisamente da época de Augusto, escreveu por volta de 8 d. C. a obra intitulada Metamorfoses (Metamorphoseon libri), um longo poema dividido em quinze livros. De modo geral, narram- se diversos mitos, com enfoque nas transformações de seres e de coisas. Esta pesquisa tem como córpus parte do Livro I, mais especificamente os hexâmetros de número 1 a 451, em que Ovídio conta histórias mitológicas a respeito da origem do mundo. Ou seja, o tema central dos versos escolhidos é a Cosmogonia, um conjunto de mitos etiológicos que narra o princípio do universo e as transformações que o mundo sofreu para chegar à forma atual. Este trabalho, inspirado na Semiótica greimasiana, procurou compreender o processo de construção de sentido no texto, com um olhar voltado para as figuras que compõem a Cosmogonia, no nível discursivo. Para essa compreensão, investigaram-se, com maior ênfase, os recursos figurativos e icônicos percebidos nos versos de Ovídio. Assim, observaram-se, no poema, as figuras que revestem determinado tema e o encadeamento delas, na busca pelo sentido. Desse modo, analisaram-se o signo, a sua expressão e os efeitos de sentido que contribuem para a formação do poético no texto ovidiano. Além disso, tendo em vista a leitura da obra de um antigo romano no original latino, propôs-se, inclusive como subsídio à análise literária, uma “tradução de serviço”, acompanhada de notas de referência mítico-cultural. Essa tradução, basicamente, procurou descrever o sistema gramatical latino, a fim de compreendê-lo em um nível linguístico. Já as notas de referência voltaram-se à relação do texto com a Cultura, empenhando- se em explicá-la. Tratando-se de um estudo voltado à poesia, escandiram-se alguns hexâmetros em busca de dados de métrica que favoreçam a construção do sentido poético. Em suma, na pesquisa, destacou-se o modo como o texto literário foi construído por Ovídio, autor das Metamorfoses, que, com alto burilamento estético, cantou a Cosmogonia.
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spelling A cosmogonia nas Metamorfoses de Ovídio: um estudo sobre as figuras da origem do mundo, com tradução e notasThe cosmogony in Ovid's Metamorphoses: a study of the figures of the world's origin, with translation and notesOvídioCosmogoniaFiguratividadeTraduçãoOvidCosmogonyFigurativityTranslationOvídio (43 a. C. - 17 d. C.), poeta do período Clássico da Roma Antiga, mais precisamente da época de Augusto, escreveu por volta de 8 d. C. a obra intitulada Metamorfoses (Metamorphoseon libri), um longo poema dividido em quinze livros. De modo geral, narram- se diversos mitos, com enfoque nas transformações de seres e de coisas. Esta pesquisa tem como córpus parte do Livro I, mais especificamente os hexâmetros de número 1 a 451, em que Ovídio conta histórias mitológicas a respeito da origem do mundo. Ou seja, o tema central dos versos escolhidos é a Cosmogonia, um conjunto de mitos etiológicos que narra o princípio do universo e as transformações que o mundo sofreu para chegar à forma atual. Este trabalho, inspirado na Semiótica greimasiana, procurou compreender o processo de construção de sentido no texto, com um olhar voltado para as figuras que compõem a Cosmogonia, no nível discursivo. Para essa compreensão, investigaram-se, com maior ênfase, os recursos figurativos e icônicos percebidos nos versos de Ovídio. Assim, observaram-se, no poema, as figuras que revestem determinado tema e o encadeamento delas, na busca pelo sentido. Desse modo, analisaram-se o signo, a sua expressão e os efeitos de sentido que contribuem para a formação do poético no texto ovidiano. Além disso, tendo em vista a leitura da obra de um antigo romano no original latino, propôs-se, inclusive como subsídio à análise literária, uma “tradução de serviço”, acompanhada de notas de referência mítico-cultural. Essa tradução, basicamente, procurou descrever o sistema gramatical latino, a fim de compreendê-lo em um nível linguístico. Já as notas de referência voltaram-se à relação do texto com a Cultura, empenhando- se em explicá-la. Tratando-se de um estudo voltado à poesia, escandiram-se alguns hexâmetros em busca de dados de métrica que favoreçam a construção do sentido poético. Em suma, na pesquisa, destacou-se o modo como o texto literário foi construído por Ovídio, autor das Metamorfoses, que, com alto burilamento estético, cantou a Cosmogonia.Ovid (43 BC – AD 17), poet of the Classic period of Ancient Rome, more precisely from the time of Augustus, wrote around 8 AD a work entitled Metamorphoses (Metamorphoseon libri), a long poem divided in fifteen Books. In general, several myths are narrated, focusing on the transformations of beings and things. This research has as corpus part of Book I, more specifically the hexameters of number 1 to 451, in which Ovid tells mythological histories regarding the origin of the world. That is, the central theme of the chosen verses is the Cosmogony, a set of etiological myths that tells the principle of the universe and the transformations that the world underwent to arrive at the present form. This work, inspired by greimasian Semiotics, sought to understand the process of construction of meaning in the text, with a look at the figures that make up the Cosmogony’s theme, in the discursive level. For this understanding, the figurative and iconic features, perceived in the verses of Ovid, were investigated more emphatically. Thus, in the poem, the figures that cover a certain theme and the chain of them, in the search for meaning, were observed. In this way, the sign, its expression and the effects of sense that contribute to the formation of the poetic in the Ovidian text were analyzed. Moreover, in view of the reading of the work of an ancient Roman in original Latin, a "translation of service", accompanied by notes of mythical-cultural reference, was also proposed as a subsidy to literary analysis. This translation basically sought to describe the Latin grammatical system to understand it on a linguistic level. The reference notes, however, turned to the relation between the text and Culture, seeking to explain it. As a study of poetry, some hexameters were analyzed in search of metric data that favor the construction of the poetic sense. In short, the research highlighted the way in which the literary text was constructed by Ovid, the author of Metamorphoses, who, with high aesthetic level, sang the Cosmogony.Universidade Estadual Paulista (Unesp)Thamos, Márcio Natalino [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Veiga, Paulo Eduardo de Barros [UNESP]2017-10-23T19:58:00Z2017-10-23T19:58:00Z2017-06-30info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/15196700089342033004030016P02172640415680956porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2024-06-12T19:22:31Zoai:repositorio.unesp.br:11449/151967Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-06T00:10:25.003285Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
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