A percepção de gestores sobre a violência em espaço escolar: diálogo humanizado?
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11449/190860 |
Resumo: | O objetivo deste trabalho é apreender a percepção de violência em espaço escolar por diretores/gestores de escolas públicas estaduais do oeste paulista, bem como identificar as ações/comportamentos destes profissionais quando expostos a tal fenômeno. Trata-se de uma pesquisa analítico-descritiva no âmbito de um estudo exploratório, portanto, de abordagem qualitativa. A revisão bibliográfica diz respeito à temática “gestores e violência no espaço escolar”, cujas fontes são teses, dissertações e artigos produzidos de 2012 a 2016. As fontes da pesquisa empírica são entrevistas estruturadas e realizadas com seis diretores/gestores – três mulheres e três homens – que atuam em seis escolas situadas nas cidades de Ibaté, São Carlos e Araraquara, todas situadas no oeste paulista. No que tange à fundamentação teórica, pesquisadores como Bourdieu (1998), Debarbieux (2007), Charlot (2002) e Chauí (2003a) constituíram os alicerces desse estudo. Para o tratamento dos dados, utilizamos a técnica Análise de Conteúdo (Bardin, 2011). Neste caso, consideramos as informações explícitas sobre as percepções acerca de situações-fatos de caráter violento ocorridas em espaços escolares, bem como as medidas adotadas para a solução dos respectivos conflitos. Dos resultados obtidos nesta pesquisa podemos concluir: a) A violência é um fenômeno que continua assombrando todos os agentes escolares; b) Apesar de nem todos os gestores reconhecerem a escola como instituição violenta, todos reconhecem a presença de violência neste ambiente; c) reconhecem-se outros agentes escolares, professores e funcionários, na participação da violência em tal ambiente; d) A negação de direitos aparece como prática violenta; e) A polícia é acionada apenas em situações que fogem do controle da gestão como, por exemplo, para episódios envolvendo drogas, violência física grave, invasão, roubo e porte de armas; f) Não há um programa específico e único implementado na Secretaria Estadual de Educação de São Paulo para o combate da violência em espaço escolar aplicado em todas as unidades de ensino; g) Os gestores participantes desta pesquisa têm incorporado práticas de comunicação cujo diálogo é humanizado e acreditamos que esse é o melhor caminho para erradicar a violência da instituição em questão. Nesse sentido, há diálogo; h) Há certa inquietação em desenvolver práticas escolares para que as resoluções de conflitos sejam participativas, na busca por relações mais humanas no espaço escolar, tendo em vista um ambiente adequado à aprendizagem. Notamos quando comparamos os participantes das pesquisas/fontes da revisão bibliográfica que os participantes desta pesquisa não culpabilizam a família e as consideram excelentes parceiras na resolução dos problemas. |
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A percepção de gestores sobre a violência em espaço escolar: diálogo humanizado?The perception of school managers about the violence in scholar space: humanized dialogue?ViolênciaViolência no espaço escolarGestão escolar e violênciaResolução de conflitosViolenceViolence in scholar spaceSchool management and violenceConflicts resolutionO objetivo deste trabalho é apreender a percepção de violência em espaço escolar por diretores/gestores de escolas públicas estaduais do oeste paulista, bem como identificar as ações/comportamentos destes profissionais quando expostos a tal fenômeno. Trata-se de uma pesquisa analítico-descritiva no âmbito de um estudo exploratório, portanto, de abordagem qualitativa. A revisão bibliográfica diz respeito à temática “gestores e violência no espaço escolar”, cujas fontes são teses, dissertações e artigos produzidos de 2012 a 2016. As fontes da pesquisa empírica são entrevistas estruturadas e realizadas com seis diretores/gestores – três mulheres e três homens – que atuam em seis escolas situadas nas cidades de Ibaté, São Carlos e Araraquara, todas situadas no oeste paulista. No que tange à fundamentação teórica, pesquisadores como Bourdieu (1998), Debarbieux (2007), Charlot (2002) e Chauí (2003a) constituíram os alicerces desse estudo. Para o tratamento dos dados, utilizamos a técnica Análise de Conteúdo (Bardin, 2011). Neste caso, consideramos as informações explícitas sobre as percepções acerca de situações-fatos de caráter violento ocorridas em espaços escolares, bem como as medidas adotadas para a solução dos respectivos conflitos. Dos resultados obtidos nesta pesquisa podemos concluir: a) A violência é um fenômeno que continua assombrando todos os agentes escolares; b) Apesar de nem todos os gestores reconhecerem a escola como instituição violenta, todos reconhecem a presença de violência neste ambiente; c) reconhecem-se outros agentes escolares, professores e funcionários, na participação da violência em tal ambiente; d) A negação de direitos aparece como prática violenta; e) A polícia é acionada apenas em situações que fogem do controle da gestão como, por exemplo, para episódios envolvendo drogas, violência física grave, invasão, roubo e porte de armas; f) Não há um programa específico e único implementado na Secretaria Estadual de Educação de São Paulo para o combate da violência em espaço escolar aplicado em todas as unidades de ensino; g) Os gestores participantes desta pesquisa têm incorporado práticas de comunicação cujo diálogo é humanizado e acreditamos que esse é o melhor caminho para erradicar a violência da instituição em questão. Nesse sentido, há diálogo; h) Há certa inquietação em desenvolver práticas escolares para que as resoluções de conflitos sejam participativas, na busca por relações mais humanas no espaço escolar, tendo em vista um ambiente adequado à aprendizagem. Notamos quando comparamos os participantes das pesquisas/fontes da revisão bibliográfica que os participantes desta pesquisa não culpabilizam a família e as consideram excelentes parceiras na resolução dos problemas.The subject of this work is to seize the perception of the violence in school by principals/managers from state public schools in western São Paulo state, as well as identify the actions/behaviors of these professionals when exposed in such situation. This is an analytical-descriptive research in scope of an exploratory study, thus, from a qualitative approach. The bibliographic review gathers the thematic of “managers and violence in scholar space”, which the sources are thesis, dissertations and articles published between 2012 and 2016. The data sources were collected with structured interviews and done with six principals/managers – three women and three men – from six different schools located in the cities of Ibaté, São Carlos and Araraquara, all of them located in western São Paulo state. For the theoretical framework, researchers as Bourdieu (1998), Debarbieux (2007), Charlot (2002) and Chauí (2003a) composed the basis of this study. For data analysis, we have used the Content Analysis technique (Bardin, 2011). In this case, we considered the explicit information about the perceptions concerning situational-facts with violent nature occurred in scholar space, as well as the actions taken to solve the respective conflicts. We may conclude from our results in the research: a) The violence is a phenomenon that keeps unsettling every scholar agents; b) Although not every school manager recognize the school as a violent institution, all of them recognize the presence of violence in this environment; c) It is possible to recognize scholar agents, teachers and other employees participating in the violence in this environment; d) The denial of rights appears as a violent deed; e) The police is called only when the situation gets out of control, as example, in case of drugs, severe physical violence, school invasion, robbery and gun possession; f) There is no specific and unified program implemented in “Secretaria Estadual de Educação de São Paulo” applied in all the units to combat violence in scholar space; g) The participant managers in this research have been applying practices of communication which dialogue is humanized and we believe this is the best way to eradicate the violence in their institution. In this sense, there is dialogue; h) There is in a such concern to develop a way to solve conflicts in a participatory mode, in search for more humane relationships in scholar space, seeking for an appropriate learning environment. We noticed when we compare the participants of the bibliographic review sources with the participants of this research that our research participants don’t blame the family and consider them as great partners in the resolution of problems.Universidade Estadual Paulista (Unesp)Silva, Marilda da [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Carvalho, Deisiane Narry Souza2019-10-29T13:39:12Z2019-10-29T13:39:12Z2019-08-30info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/19086000092642133004137064P20432607332289452porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2023-12-03T06:16:53Zoai:repositorio.unesp.br:11449/190860Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T19:24:36.859952Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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