A pratica da avaliação formativa em uma escola pública

• Autor(a) principal: Carvalho, Lizete Maria Orquiza de [UNESP]
• Data de Publicação: 2003
• Outros Autores: Freitas, Zulind Luzmarina [UNESP], Oliveira, Ernandes Rocha de [UNESP]
• Tipo de documento: Artigo de conferência
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
• Texto Completo: http://proex.reitoria.unesp.br/congressos/Congressos/2__Congresso/Educa__o/Educ32.htm; http://hdl.handle.net/11449/148213

Este projeto é uma parceria entre professores da Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira/UNESP e professores de uma escola pública de ensino médio local e visa a melhoria das práticas de avaliação na sala de aula. As ações do projeto apoiaram-se na idéia de que a reconstrução da prática de sala de aula deve passar pela contínua reflexão e tomada de decisão de cada professor da escola, nas suas tentativas de incorporar idéias teóricas à prática (Schon, 2000). Ao invés de privilegiar a entrada da informação em si, os investimentos feitos voltaram-se para o processo de gestão de informações. Enquanto pesquisa, o principal objetivo foi investigar como um processo de reflexão sobre as práticas de avaliação desenvolvidas pelos professores pode levá-los a novas práticas de avaliação, professores. As atividades desenvolvidas consistiam de: (1) reuniões semanais dos professores da Unesp para discutir, selecionar artigos, elaborar, testar e selecionar as atividades a serem trabalhadas com professores da escola; (2) reuniões semanais entre professores da Unesp e escola, para discutir a literatura sobre avaliação e aprendizagem social e decidir sobre as ações seguintes; e (3) encontros individuais entre professores da Unesp e EEU para discutir atividades desenvolvidas por professores da EEU. Na análise dos dados foram identificadas algumas fases. A primeira delas refere-se à descoberta de uma escola completamente desacreditada de si mesma, apresentando muitas queixas sobre o sistema educacional e um forte sentimento de imobilidade. Na segunda fase, a atitude de alguns dos professores foi a de abandonar parcialmente suas queixas e começar a situar os problemas dentro de um novo referencial, identificando metas a curto e longo prazo. Um segundo grupo, passou a oferecer maiores resistências ao projeto, afincando-se ainda mais nas suas queixas e na descrença. Na terceira fase, o movimento do primeiro grupo foi o de propor suas próprias experiências de avaliação, levando em conta estudos realizados, e de participar de grupos de pesquisa juntamente com professores da Unesp. Nossos dados mostram que os sucessos alcançados dependeram do investimento simultâneo em três espécies de atividades: discussão contínua sobre interesses das diferentes partes integrantes da parceria universidade/escola, estudo da literatura sobre o tema enfocado e a formação de uma rede de trocas de informação sobre as implementações da prática de avaliação. A construção de um ambiente propício para a melhoria da prática de sala de aula, na escola, parece pressupor o sentimento de inclusão dos professores numa comunidade de aprendizagem.