A relação entre a falta de esgotamento sanitário nas favelas com o racismo ambiental

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Kokubo, Claudio Seidji
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: https://hdl.handle.net/11449/252662
Resumo: O Brasil foi o último país do ocidente a abolir a escravidão. Esse fato, somado à ausência de políticas públicas de inclusão da população escravizada à sociedade traz consequências sociais até os dias atuais. O surgimento das favelas, por exemplo, é reflexo direto desse processo de exclusão. Este trabalho tem como objetivo principal fazer uma relação possível entre a falta de esgotamento sanitário nesses territórios com o racismo ambiental. Somente 51,20% de todo o volume de esgoto gerado no país é tratado, ou seja, todo o resto que não passa por nenhum tipo de tratamento é despejado diretamente na natureza, causando várias consequências negativas ao meio ambiente. Quem mais sofre com isso é a população de baixa renda, composta em sua grande maioria por pessoas negras, que muitas vezes estão em situação de vulnerabilidade e em moradias precárias. No Brasil, milhões de pessoas não têm acesso a água potável, esgotamento sanitário ou qualquer tipo de saneamento básico, o que traz grandes impactos negativos à saúde pública também. Para amenizar essa e outras problemáticas oriundas do racismo estrutural e racismo ambiental, as tecnologias sociais, mais especificamente o biodigestor, vem como uma alternativa mais ecológica, pedagógica eficiente e barata para tratar o esgoto de forma descentralizada, de famílias que moram em favelas, áreas rurais ou qualquer situação semelhante. Desta forma é possível proporcionar uma condição de vida mais digna, inclusive gerar um efeito cascata, beneficiando outras dimensões do ser humano em si, da família e da comunidade.
id UNSP_0d2d6d2ea6d7ba794e3632bb08704a4c
oai_identifier_str oai:repositorio.unesp.br:11449/252662
network_acronym_str UNSP
network_name_str Repositório Institucional da UNESP
repository_id_str 2946
spelling A relação entre a falta de esgotamento sanitário nas favelas com o racismo ambientalThe relationship between the lack of sanitary sewage in favelas and environmental racismRacismo estruturalRacismo ambientalSaneamento básicoTecnologias sociaisBiodigestorSaneamento ecológicoStructural racismEnvironmental racismBasic sanitationSocial technologiesBiodigesterO Brasil foi o último país do ocidente a abolir a escravidão. Esse fato, somado à ausência de políticas públicas de inclusão da população escravizada à sociedade traz consequências sociais até os dias atuais. O surgimento das favelas, por exemplo, é reflexo direto desse processo de exclusão. Este trabalho tem como objetivo principal fazer uma relação possível entre a falta de esgotamento sanitário nesses territórios com o racismo ambiental. Somente 51,20% de todo o volume de esgoto gerado no país é tratado, ou seja, todo o resto que não passa por nenhum tipo de tratamento é despejado diretamente na natureza, causando várias consequências negativas ao meio ambiente. Quem mais sofre com isso é a população de baixa renda, composta em sua grande maioria por pessoas negras, que muitas vezes estão em situação de vulnerabilidade e em moradias precárias. No Brasil, milhões de pessoas não têm acesso a água potável, esgotamento sanitário ou qualquer tipo de saneamento básico, o que traz grandes impactos negativos à saúde pública também. Para amenizar essa e outras problemáticas oriundas do racismo estrutural e racismo ambiental, as tecnologias sociais, mais especificamente o biodigestor, vem como uma alternativa mais ecológica, pedagógica eficiente e barata para tratar o esgoto de forma descentralizada, de famílias que moram em favelas, áreas rurais ou qualquer situação semelhante. Desta forma é possível proporcionar uma condição de vida mais digna, inclusive gerar um efeito cascata, beneficiando outras dimensões do ser humano em si, da família e da comunidade.Brazil was the last country in the West to abolish slavery. This fact, added to the absence of policies to include newly freed people in society, has consequences until the present day. The emergence of favelas, for example, is a direct reflection of this. The main objective of this work is to establish a relationship between the lack of sanitary sewage in these territories and environmental racism. Only 51.20% of the entire volume of sewage generated in the country is treated, that is, everything else that does not undergo any type of treatment is dumped directly into nature, causing several negative consequences for the environment. Those who suffer the most from this are the poor population, made up mostly of black people, who are often in vulnerable situations and in precarious housing. In Brazil, millions of people do not have access to potable water, sewage or any type of basic sanitation, which also has major negative impacts on public health. To alleviate this and other problems arising from structural racism and environmental racism, social technologies, more specifically the biodigester, come as a more ecological, efficient and cheap pedagogical alternative to treat sewage in a decentralized way, from families living in slums, rural areas or any similar situation. In this way, it is possible to provide a more dignified life condition, including generating a cascade effect, benefiting other dimensions of the person, the family and the community.Universidade Estadual Paulista (Unesp)Rosolen, Vania Silvia [UNESP]Kokubo, Claudio Seidji2024-01-12T11:35:05Z2024-01-12T11:35:05Z2023-12-05info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisapplication/pdfhttps://hdl.handle.net/11449/252662porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2024-01-22T06:26:36Zoai:repositorio.unesp.br:11449/252662Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T23:42:03.078627Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
dc.title.none.fl_str_mv A relação entre a falta de esgotamento sanitário nas favelas com o racismo ambiental
The relationship between the lack of sanitary sewage in favelas and environmental racism
title A relação entre a falta de esgotamento sanitário nas favelas com o racismo ambiental
spellingShingle A relação entre a falta de esgotamento sanitário nas favelas com o racismo ambiental
Kokubo, Claudio Seidji
Racismo estrutural
Racismo ambiental
Saneamento básico
Tecnologias sociais
Biodigestor
Saneamento ecológico
Structural racism
Environmental racism
Basic sanitation
Social technologies
Biodigester
title_short A relação entre a falta de esgotamento sanitário nas favelas com o racismo ambiental
title_full A relação entre a falta de esgotamento sanitário nas favelas com o racismo ambiental
title_fullStr A relação entre a falta de esgotamento sanitário nas favelas com o racismo ambiental
title_full_unstemmed A relação entre a falta de esgotamento sanitário nas favelas com o racismo ambiental
title_sort A relação entre a falta de esgotamento sanitário nas favelas com o racismo ambiental
author Kokubo, Claudio Seidji
author_facet Kokubo, Claudio Seidji
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Rosolen, Vania Silvia [UNESP]
dc.contributor.author.fl_str_mv Kokubo, Claudio Seidji
dc.subject.por.fl_str_mv Racismo estrutural
Racismo ambiental
Saneamento básico
Tecnologias sociais
Biodigestor
Saneamento ecológico
Structural racism
Environmental racism
Basic sanitation
Social technologies
Biodigester
topic Racismo estrutural
Racismo ambiental
Saneamento básico
Tecnologias sociais
Biodigestor
Saneamento ecológico
Structural racism
Environmental racism
Basic sanitation
Social technologies
Biodigester
description O Brasil foi o último país do ocidente a abolir a escravidão. Esse fato, somado à ausência de políticas públicas de inclusão da população escravizada à sociedade traz consequências sociais até os dias atuais. O surgimento das favelas, por exemplo, é reflexo direto desse processo de exclusão. Este trabalho tem como objetivo principal fazer uma relação possível entre a falta de esgotamento sanitário nesses territórios com o racismo ambiental. Somente 51,20% de todo o volume de esgoto gerado no país é tratado, ou seja, todo o resto que não passa por nenhum tipo de tratamento é despejado diretamente na natureza, causando várias consequências negativas ao meio ambiente. Quem mais sofre com isso é a população de baixa renda, composta em sua grande maioria por pessoas negras, que muitas vezes estão em situação de vulnerabilidade e em moradias precárias. No Brasil, milhões de pessoas não têm acesso a água potável, esgotamento sanitário ou qualquer tipo de saneamento básico, o que traz grandes impactos negativos à saúde pública também. Para amenizar essa e outras problemáticas oriundas do racismo estrutural e racismo ambiental, as tecnologias sociais, mais especificamente o biodigestor, vem como uma alternativa mais ecológica, pedagógica eficiente e barata para tratar o esgoto de forma descentralizada, de famílias que moram em favelas, áreas rurais ou qualquer situação semelhante. Desta forma é possível proporcionar uma condição de vida mais digna, inclusive gerar um efeito cascata, beneficiando outras dimensões do ser humano em si, da família e da comunidade.
publishDate 2023
dc.date.none.fl_str_mv 2023-12-05
2024-01-12T11:35:05Z
2024-01-12T11:35:05Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/bachelorThesis
format bachelorThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://hdl.handle.net/11449/252662
url https://hdl.handle.net/11449/252662
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Estadual Paulista (Unesp)
publisher.none.fl_str_mv Universidade Estadual Paulista (Unesp)
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UNESP
instname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)
instacron:UNESP
instname_str Universidade Estadual Paulista (UNESP)
instacron_str UNESP
institution UNESP
reponame_str Repositório Institucional da UNESP
collection Repositório Institucional da UNESP
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1808129544504213504