Entre a ciência, a mídia e a sala de aula: contribuições da geografia para o discurso das mudanças climáticas globais
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Livro |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://www.culturaacademica.com.br/catalogo-detalhe.asp?ctl_id=499 http://hdl.handle.net/11449/126220 |
Resumo: | As mudanças climáticas seriam mesmo fruto exclusivo da ação humana? Ou esta seria mera coadjuvante – se tanto – neste cenário? Paulo Cesar Zangalli Junior analisa aqui os paradigmas aquecimentista antrópico e do aquecimento natural e revela que a primeira corrente exerce de longe a maior influência sobre a mídia e os conteúdos escolares. O autor demonstra que isso ocorre porque a ciência da mudança climática global embasa-se fortemente no paradigma segundo o qual são os seres humanos os principais responsáveis pelo aumento da temperatura no planeta nas últimas décadas. Como a produção científica a justificar tal paradigma concentra-se em institutos de pesquisa dos Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, Noruega e Suíça ou realiza-se em colaboração com aquelas instituições, constrói-se um discurso hegemônico: “Podemos afirmar que os Estados Unidos, o Reino Unido e a Alemanha são os países que determinam as regras científicas e, quiçá, políticas e econômicas da discussão”. A mídia, nesse contexto, atua como sujeito legitimador das agendas públicas sobre o assunto, lançando mão de “uma pauta de notícias calendarizadas que privilegiam os discursos oficiais e as conferências científicas”. Segundo o autor, ao assumir o ser humano como principal responsável pelas mudanças climáticas, a mídia emprega mensagens simbólicas geralmente carregadas de apelos morais quando defende intervenções para o enfrentamento do problema, além de dar destaque a eventos extremos, relacionados estritamente aos impactos do aquecimento global. Já nas escolas a abordagem do tema confunde-se com a das demais questões ambientais e, mesmo que conheçam os dois paradigmas científicos e os apresentem aos alunos, os professores enfatizam mais o do aquecimento como fruto das emissões de CO2 da sociedade urbana industrial. O clima, porém, pontua o autor, é extremamente dinâmico e complexo, e mudanças, como as verificadas atualmente, jamais passaram despercebidas à história da Terra: “Caberá ao tempo nos dar maiores evidências sobre esse assunto que resulta em tão polêmico debate”. |
id |
UNSP_171a02b0ca76de887cb9b3e71627826d |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.unesp.br:11449/126220 |
network_acronym_str |
UNSP |
network_name_str |
Repositório Institucional da UNESP |
repository_id_str |
2946 |
spelling |
Entre a ciência, a mídia e a sala de aula: contribuições da geografia para o discurso das mudanças climáticas globaisGeografiaAs mudanças climáticas seriam mesmo fruto exclusivo da ação humana? Ou esta seria mera coadjuvante – se tanto – neste cenário? Paulo Cesar Zangalli Junior analisa aqui os paradigmas aquecimentista antrópico e do aquecimento natural e revela que a primeira corrente exerce de longe a maior influência sobre a mídia e os conteúdos escolares. O autor demonstra que isso ocorre porque a ciência da mudança climática global embasa-se fortemente no paradigma segundo o qual são os seres humanos os principais responsáveis pelo aumento da temperatura no planeta nas últimas décadas. Como a produção científica a justificar tal paradigma concentra-se em institutos de pesquisa dos Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, Noruega e Suíça ou realiza-se em colaboração com aquelas instituições, constrói-se um discurso hegemônico: “Podemos afirmar que os Estados Unidos, o Reino Unido e a Alemanha são os países que determinam as regras científicas e, quiçá, políticas e econômicas da discussão”. A mídia, nesse contexto, atua como sujeito legitimador das agendas públicas sobre o assunto, lançando mão de “uma pauta de notícias calendarizadas que privilegiam os discursos oficiais e as conferências científicas”. Segundo o autor, ao assumir o ser humano como principal responsável pelas mudanças climáticas, a mídia emprega mensagens simbólicas geralmente carregadas de apelos morais quando defende intervenções para o enfrentamento do problema, além de dar destaque a eventos extremos, relacionados estritamente aos impactos do aquecimento global. Já nas escolas a abordagem do tema confunde-se com a das demais questões ambientais e, mesmo que conheçam os dois paradigmas científicos e os apresentem aos alunos, os professores enfatizam mais o do aquecimento como fruto das emissões de CO2 da sociedade urbana industrial. O clima, porém, pontua o autor, é extremamente dinâmico e complexo, e mudanças, como as verificadas atualmente, jamais passaram despercebidas à história da Terra: “Caberá ao tempo nos dar maiores evidências sobre esse assunto que resulta em tão polêmico debate”.Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)Cultura AcadêmicaUniversidade Estadual Paulista (Unesp)Zangalli Junior, Paulo Cesar [UNESP]2015-08-06T16:15:14Z2015-08-06T16:15:14Z2015info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bookapplication/pdfhttp://www.culturaacademica.com.br/catalogo-detalhe.asp?ctl_id=499ZANGALLI JUNIOR, Paulo Cesar. Entre a ciência, a mídia e a sala de aula: contribuições da geografia para o discurso das mudanças climáticas globais. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2015. (Coleção PROPG Digital- UNESP). ISBN 9788579836268.9788579836268http://hdl.handle.net/11449/126220ISBN9788579836268.pdfporColeção PROPG Digital (UNESP)info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2024-06-20T13:44:23Zoai:repositorio.unesp.br:11449/126220Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-06-20T13:44:23Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Entre a ciência, a mídia e a sala de aula: contribuições da geografia para o discurso das mudanças climáticas globais |
title |
Entre a ciência, a mídia e a sala de aula: contribuições da geografia para o discurso das mudanças climáticas globais |
spellingShingle |
Entre a ciência, a mídia e a sala de aula: contribuições da geografia para o discurso das mudanças climáticas globais Zangalli Junior, Paulo Cesar [UNESP] Geografia |
title_short |
Entre a ciência, a mídia e a sala de aula: contribuições da geografia para o discurso das mudanças climáticas globais |
title_full |
Entre a ciência, a mídia e a sala de aula: contribuições da geografia para o discurso das mudanças climáticas globais |
title_fullStr |
Entre a ciência, a mídia e a sala de aula: contribuições da geografia para o discurso das mudanças climáticas globais |
title_full_unstemmed |
Entre a ciência, a mídia e a sala de aula: contribuições da geografia para o discurso das mudanças climáticas globais |
title_sort |
Entre a ciência, a mídia e a sala de aula: contribuições da geografia para o discurso das mudanças climáticas globais |
author |
Zangalli Junior, Paulo Cesar [UNESP] |
author_facet |
Zangalli Junior, Paulo Cesar [UNESP] |
author_role |
author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
Universidade Estadual Paulista (Unesp) |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Zangalli Junior, Paulo Cesar [UNESP] |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Geografia |
topic |
Geografia |
description |
As mudanças climáticas seriam mesmo fruto exclusivo da ação humana? Ou esta seria mera coadjuvante – se tanto – neste cenário? Paulo Cesar Zangalli Junior analisa aqui os paradigmas aquecimentista antrópico e do aquecimento natural e revela que a primeira corrente exerce de longe a maior influência sobre a mídia e os conteúdos escolares. O autor demonstra que isso ocorre porque a ciência da mudança climática global embasa-se fortemente no paradigma segundo o qual são os seres humanos os principais responsáveis pelo aumento da temperatura no planeta nas últimas décadas. Como a produção científica a justificar tal paradigma concentra-se em institutos de pesquisa dos Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, Noruega e Suíça ou realiza-se em colaboração com aquelas instituições, constrói-se um discurso hegemônico: “Podemos afirmar que os Estados Unidos, o Reino Unido e a Alemanha são os países que determinam as regras científicas e, quiçá, políticas e econômicas da discussão”. A mídia, nesse contexto, atua como sujeito legitimador das agendas públicas sobre o assunto, lançando mão de “uma pauta de notícias calendarizadas que privilegiam os discursos oficiais e as conferências científicas”. Segundo o autor, ao assumir o ser humano como principal responsável pelas mudanças climáticas, a mídia emprega mensagens simbólicas geralmente carregadas de apelos morais quando defende intervenções para o enfrentamento do problema, além de dar destaque a eventos extremos, relacionados estritamente aos impactos do aquecimento global. Já nas escolas a abordagem do tema confunde-se com a das demais questões ambientais e, mesmo que conheçam os dois paradigmas científicos e os apresentem aos alunos, os professores enfatizam mais o do aquecimento como fruto das emissões de CO2 da sociedade urbana industrial. O clima, porém, pontua o autor, é extremamente dinâmico e complexo, e mudanças, como as verificadas atualmente, jamais passaram despercebidas à história da Terra: “Caberá ao tempo nos dar maiores evidências sobre esse assunto que resulta em tão polêmico debate”. |
publishDate |
2015 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2015-08-06T16:15:14Z 2015-08-06T16:15:14Z 2015 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/book |
format |
book |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://www.culturaacademica.com.br/catalogo-detalhe.asp?ctl_id=499 ZANGALLI JUNIOR, Paulo Cesar. Entre a ciência, a mídia e a sala de aula: contribuições da geografia para o discurso das mudanças climáticas globais. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2015. (Coleção PROPG Digital- UNESP). ISBN 9788579836268. 9788579836268 http://hdl.handle.net/11449/126220 ISBN9788579836268.pdf |
url |
http://www.culturaacademica.com.br/catalogo-detalhe.asp?ctl_id=499 http://hdl.handle.net/11449/126220 |
identifier_str_mv |
ZANGALLI JUNIOR, Paulo Cesar. Entre a ciência, a mídia e a sala de aula: contribuições da geografia para o discurso das mudanças climáticas globais. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2015. (Coleção PROPG Digital- UNESP). ISBN 9788579836268. 9788579836268 ISBN9788579836268.pdf |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
Coleção PROPG Digital (UNESP) |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Cultura Acadêmica |
publisher.none.fl_str_mv |
Cultura Acadêmica |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UNESP instname:Universidade Estadual Paulista (UNESP) instacron:UNESP |
instname_str |
Universidade Estadual Paulista (UNESP) |
instacron_str |
UNESP |
institution |
UNESP |
reponame_str |
Repositório Institucional da UNESP |
collection |
Repositório Institucional da UNESP |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1803045280461881344 |