Violência, imaginário e educação escolar: um olhar antropológico

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Poli, Ana Paula [UNESP]
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/115575
Resumo: Esta pesquisa tem como objetivo investigar o fenômeno da violência demonstrando em que medida a violência retrata uma “história natural do mal” e/onde a violência é produzida por um imaginário sociocultural, tendo como base as figuras do imaginário da violência escolar. Para tanto, adotamos uma perspectiva antropológica como embasamento teórico para examinar aquilo que não apenas etólogos como Konrad Lorenz, mas filósofos e antropólogos como G. Bataille, R. Dadoun e R. Girard, caracterizaram de homo violens, evidenciando a “parte maldita” e sombria do tema em questão, cotejando, assim, os fundamentos socioantropológicos e antropopsicanalíticos do fenômeno da violência. Após toda a elaboração trazida é que podemos revelar que na medida em que não estabelecemos fronteiras entre natureza e cultura, entendemos que elas pertencem a um mesmo sistema em que uma completando a outra possibilitam a complexificação do fenômeno e assim nos abrimos para entender que as situações violentas do sistema social influenciam e constituem um imaginário sociocultural, enraizando-se na existência dos homens e interferindo nas práticas institucionais, entre elas as escolares, uma vez que a escola como instituição da sociedade também encontra fonte no “imaginário social” e se insere em uma “rede simbólica”. Dessa forma, baseando-nos na Teoria do Imaginário de Gilbert Durand, é que mostramos em nosso trabalho as imagens da violência na escola que ganham sentidos no meio escolar através de seus símbolos e rituais. Nesse sentido pensamos que trazer o imaginário dos alunos para a sala de aula seja uma alternativa, para que ao invés de negar o conflito, o anômico que permeia o meio escolar, possamos ver quais as configurações da violência nos possíveis diálogos a se propor e como, assim, podemos negociar com ela para um convívio que busque o equilíbrio e a criação de laços que caracterizem a instituição ...
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