Neoliberalismo, patriarcado e os supostos "valores familiais": o fenômeno da violência contra mulher no governo Bolsonaro (2019-2022).

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Testini, Beatriz Duarte
Data de Publicação: 2023
Outros Autores: Alves, Maria Eduarda Bernardo Mazoni
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/250455
Resumo: Este trabalho tem como propósito examinar o aumento dos casos de violência contra as mulheres durante o período do governo do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (2019-2022), caracterizado por retrocessos e retaliações aos direitos das mulheres e ao combate à violência de gênero. A abordagem metodológica adotada baseia-se nos princípios do materialismo histórico-dialético proposto por Karl Marx (2013), o estudo foi conduzido por meio de pesquisas bibliográficas, análise documental e dados publicados durante o referido governo. Nesse sentido, é essencial aprofundar a reflexão sobre a violência contra as mulheres, indo além das abordagens individuais, para compreender os desafios enfrentados pelos profissionais de Serviço Social. Implicando a investigação de suas origens estruturais e sistêmicas, bem como compreender a complexidade das expressões da questão social e a inserção das vítimas de violência doméstica nas políticas públicas, analisando a efetividade da Lei Maria da Penha (11.340/2006). Dessa forma, consideramos a formação sócio-histórica do patriarcado, bem como a conexão com o avanço do neoliberalismo e do neoconservadorismo aliados ao resgate dos chamados “valores da família” e religião no Brasil, sobretudo no governo Bolsonaro, que fortalecem posturas que ameaçam os direitos humanos e as políticas sociais. Nesse estudo verificou-se que a partir da eleição de 2018, com o mandatário eleito Jair Bolsonaro, houve um aumento das dificuldades ao confrontamento à violência de gênero, enfrentadas pelo avanço da estrutura neoliberal e neoconservadora em uma sociedade intrinsecamente patriarcal, bem como a apresentação de alternativas que busquem, de forma coletiva, combater os retrocessos e promover uma sociedade mais justa, além do fortalecimento e a unificação da categoria profissional.
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