Formação inicial de professores de educação física na perspectiva da educação inclusiva

• Autor(a) principal: Bonato, Neusa Aparecida Mendes [UNESP]
• Data de Publicação: 2014
• Outros Autores: Medeiros, Nilza Renata de [UNESP], Valera, Juliessa Ricce [UNESP], Manzoli, Luci Pastor [UNESP]
• Tipo de documento: Artigo de conferência
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
• Texto Completo: http://www.unesp.br/portal#!/prograd/e-livros-prograd/; http://hdl.handle.net/11449/141707
• topic: Educação inclusiva; Formação do professor; Educação física

Este trabalho teve por objetivo realizar um estudo com professores de educação física da rede pública estadual de uma cidade de porte médio do interior paulista, visando investigar quantos deles tiveram a disciplina Educação Física Adaptada em seus cursos de formação inicial. A pesquisa se apresenta por uma abordagem qualitativa, pautada no estudo de caso. A coleta de dados foi realizada por meio de um questionário com questões abertas e fechadas, tendo como participantes 57 professores de Educação Física de 27 escolas estaduais desta cidade. De acordo com os dados, 33% dos professores tiveram conhecimentos relacionados à EFA na graduação e 67% não tiveram nenhuma disciplina. Um dos pontos instigantes da pesquisa em relação aos professores que tiveram a referida disciplina era de que os mesmos encontravam-se mais preparados para desenvolver os seus trabalhos junto aos alunos com deficiência. Entretanto, os resultados mostraram que aqueles que não tiveram a disciplina ou participação em cursos de formação continuada, também apresentaram respostas similares a esses. Através de suas respostas, observamos que 16 deles, apesar de não terem tido nenhuma formação inicial ou algum curso de formação continuada em relação à inclusão, estes passaram a atendê-los a partir do ano de 2000 e 3 nunca trabalharam com alunos com deficiência. Entretanto, indicavam em seus relatos que se sentiam despreparados, mas mesmo assim, não deixavam de envolvê-los em suas aulas, levando em consideração suas dificuldades e acolhendo-os no grupo como um todo. Nesse sentido, verifica-se uma mudança qualitativa nos paradigmas da inclusão, ainda que distante do ideal e que a EFA poderia contribuir de maneira mais pontual nesse processo.