Marcas de uso e sua importância em dicionários escolares: proposta de etiquetagem em marcação dupla
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11449/238706 |
Resumo: | Um aspecto que diferencia os dicionários escolares de outras obras dicionarísticas corresponde ao seu caráter pedagógico. Logo, a ocorrência de contextualização nos verbetes é muito producente para seus consulentes, uma vez que coloca em evidência o uso das palavras-entrada. E é por meio do registro de marcas de uso na microestrutura dos dicionários que o emprego de suas unidades lexicográficas é ressaltado, por exemplo, em termos de localização espaço-temporal, além de seus níveis sociais e de registro. Essas indicações sobre a restrição ou ressalva de um uso específico de determinada unidade, ou de sua acepção, ocorrem em razão de suas características particularmente culturais, compartilhadas por seus falantes nativos. À vista disso, este trabalho se concentra em uma perspectiva analítico-reflexiva sobre oito dicionários escolares inseridos no Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), mais precisamente na ramificação intitulada PNLD 2012: Dicionários, subdividida em quatro grupos de dicionários voltados ao Ensino Fundamental e Médio. Desse agrupamento, interessou-nos examinar as marcas de uso em acepções dos dicionários do Tipo 2, 3 e 4, quais sejam: (i) Tipo 2 – Fala Brasil! (BRAGA; MAGALHÃES, 2011), Aurélio (FERREIRA, 2008), Palavrinha Viva (BORBA, 2011) e Biderman (2009); (ii) Tipo 3 – Saraiva Jovem (2010) e Aurélio Júnior (FERREIRA, 2011); (ii) Tipo 4 – Novíssimo Aulete Lexicon (GEIGER, 2011) e Dicionário Houaiss Conciso (VILLAR, 2011). Nosso objeto de pesquisa (marcas de uso) nas obras escolares foi comparado em seis dicionários de língua geral, a saber: Michaelis (1998), Dicionário Unesp (BORBA et al., 2004), Aurélio (FERREIRA, 2010), Houaiss (2009), Caldas Aulete (2021) e Houaiss (2021). Baseando em Fajardo (1997), Strehler (1998), Garriga Escribano (2003), Welker (2004), Pontes (2008; 2009) e Gutiérrez Cuadrado (2011), investigamos como as marcas de uso estão registradas nesses dicionários, examinando como estão inseridas nos verbetes em que figuram, assim, analisamos as marcas de uso (HAUSMANN, 1977 apud WELKER, 2004) distribuídas na microestrutura de 55 unidades léxicas existentes nesse corpus, coletadas manualmente. Como resultado, constatamos a ausência de uma padronização metodológica em relação à escolha de uma etiqueta em detrimento a outra na inserção da marcação desses lemas, essa não sistematização gera controvérsias acerca dos significados de uma mesma unidade lexicográfica nas diferentes obras consultadas. Em vista dessa constatação, propusemos uma nova forma de etiquetagem: a marcação dupla. Destacamos que diferentes etiquetas são empregadas em uma mesma acepção a depender do tipo de dicionário e tencionamos sugerir algumas melhorias para futuras inclusões de marcas de uso para essa tipologia de dicionários, visto que a descrição lexicográfica deveria ser realizada de modo mais claro e apropriado às necessidades dos consulentes (Apoio: CAPES – DS/CNPq – PD 2). |
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Marcas de uso e sua importância em dicionários escolares: proposta de etiquetagem em marcação duplaLabels and their importance in school dictionaries: proposal for labelling in double labellingMetalexicografiaMarcas de usoDicionários escolaresMarcação duplaMetalexicographyLabelsSchool dictionariesDouble labellingUm aspecto que diferencia os dicionários escolares de outras obras dicionarísticas corresponde ao seu caráter pedagógico. Logo, a ocorrência de contextualização nos verbetes é muito producente para seus consulentes, uma vez que coloca em evidência o uso das palavras-entrada. E é por meio do registro de marcas de uso na microestrutura dos dicionários que o emprego de suas unidades lexicográficas é ressaltado, por exemplo, em termos de localização espaço-temporal, além de seus níveis sociais e de registro. Essas indicações sobre a restrição ou ressalva de um uso específico de determinada unidade, ou de sua acepção, ocorrem em razão de suas características particularmente culturais, compartilhadas por seus falantes nativos. À vista disso, este trabalho se concentra em uma perspectiva analítico-reflexiva sobre oito dicionários escolares inseridos no Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), mais precisamente na ramificação intitulada PNLD 2012: Dicionários, subdividida em quatro grupos de dicionários voltados ao Ensino Fundamental e Médio. Desse agrupamento, interessou-nos examinar as marcas de uso em acepções dos dicionários do Tipo 2, 3 e 4, quais sejam: (i) Tipo 2 – Fala Brasil! (BRAGA; MAGALHÃES, 2011), Aurélio (FERREIRA, 2008), Palavrinha Viva (BORBA, 2011) e Biderman (2009); (ii) Tipo 3 – Saraiva Jovem (2010) e Aurélio Júnior (FERREIRA, 2011); (ii) Tipo 4 – Novíssimo Aulete Lexicon (GEIGER, 2011) e Dicionário Houaiss Conciso (VILLAR, 2011). Nosso objeto de pesquisa (marcas de uso) nas obras escolares foi comparado em seis dicionários de língua geral, a saber: Michaelis (1998), Dicionário Unesp (BORBA et al., 2004), Aurélio (FERREIRA, 2010), Houaiss (2009), Caldas Aulete (2021) e Houaiss (2021). Baseando em Fajardo (1997), Strehler (1998), Garriga Escribano (2003), Welker (2004), Pontes (2008; 2009) e Gutiérrez Cuadrado (2011), investigamos como as marcas de uso estão registradas nesses dicionários, examinando como estão inseridas nos verbetes em que figuram, assim, analisamos as marcas de uso (HAUSMANN, 1977 apud WELKER, 2004) distribuídas na microestrutura de 55 unidades léxicas existentes nesse corpus, coletadas manualmente. Como resultado, constatamos a ausência de uma padronização metodológica em relação à escolha de uma etiqueta em detrimento a outra na inserção da marcação desses lemas, essa não sistematização gera controvérsias acerca dos significados de uma mesma unidade lexicográfica nas diferentes obras consultadas. Em vista dessa constatação, propusemos uma nova forma de etiquetagem: a marcação dupla. Destacamos que diferentes etiquetas são empregadas em uma mesma acepção a depender do tipo de dicionário e tencionamos sugerir algumas melhorias para futuras inclusões de marcas de uso para essa tipologia de dicionários, visto que a descrição lexicográfica deveria ser realizada de modo mais claro e apropriado às necessidades dos consulentes (Apoio: CAPES – DS/CNPq – PD 2).One aspect that differentiates school dictionaries from other dictionaries corresponds to its pedagogical character. Thus, the contextualization in the articles is very productive for its users, since it highlights use of entries. And it is through integration of labels in the microstructure of dictionaries that use of its lexicographical units is highlighted, for example, in terms of spatial-temporal location, in addition to social and register levels. These indications about restriction or exception of a specific use of a particular lexis, or of its meaning, occur due to its particularly cultural characteristics, shared by its native speakers. In view of this, this study focuses on an analytical-reflective perspective on eight school dictionaries included in the Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), more precisely in the ramification entitled PNLD 2012: Dictionaries, subdivided into four groups of dictionaries aimed at Elementary and High Education. From this grouping, we were interested in examining labels in meanings of the dictionaries of Type 2, 3 and 4, namely: (i) Type 2 – Fala Brasil! (BRAGA; MAGALHÃES, 2011), Aurélio (FERREIRA, 2008), Palavrinha Viva (BORBA, 2011) and Biderman (2009); (ii) Type 3 – Saraiva Jovem (2010) and Aurélio Júnior (FERREIRA, 2011); (ii) Type 4 – Novíssimo Aulete Lexicon (GEIGER, 2011) and Dicionário Houaiss Conciso (VILLAR, 2011). Our research object (labels) in school dictionaries was compared to six general language dictionaries, namely: Michaelis (1998), Dicionário Unesp (BORBA et al., 2004), Aurélio (FERREIRA, 2010), Houaiss (2009), Caldas Aulete (2021) and Houaiss (2021). Based on Fajardo (1997), Strehler (1998), Garriga Escribano (2003), Welker (2004), Pontes (2008; 2009), and Gutiérrez Cuadrado (2011), we investigate how labels are registered in these dictionaries, examining how they are inserted in the entries in which they appear; thus, we analyse the labels (HAUSMANN, 1977 apud WELKER, 2004) distributed in the microstructure of 55 lexical units in this corpus, manually collected. As a result, we verified absence of a methodological standardization regarding the choice of a label in detriment of another one in the insertion of the labelling of these lemmas, and this non-systematization still generates controversies about meanings of the same lexicographic unit in the different dictionaries consulted. In view of this finding, we proposed a new form of tagging: double labelling. We emphasize that different labels are used in the same meaning depending on the type of dictionary and we intend to suggest some improvements for future inclusions of labels in this typology of dictionaries, since the lexicographical description should be carried out in a clearer and more appropriate way to users’ needs (Support: CAPES – DS/CNPq – PD 2).Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)CAPES – DS/CNPq – PD 2Universidade Estadual Paulista (Unesp)Zavaglia, Claudia [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Bertonha, Fábio Henrique de Carvalho2023-01-13T13:24:10Z2023-01-13T13:24:10Z2022-09-02info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/23870633004153069P5porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2023-12-23T06:18:44Zoai:repositorio.unesp.br:11449/238706Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T21:05:45.843995Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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Um aspecto que diferencia os dicionários escolares de outras obras dicionarísticas corresponde ao seu caráter pedagógico. Logo, a ocorrência de contextualização nos verbetes é muito producente para seus consulentes, uma vez que coloca em evidência o uso das palavras-entrada. E é por meio do registro de marcas de uso na microestrutura dos dicionários que o emprego de suas unidades lexicográficas é ressaltado, por exemplo, em termos de localização espaço-temporal, além de seus níveis sociais e de registro. Essas indicações sobre a restrição ou ressalva de um uso específico de determinada unidade, ou de sua acepção, ocorrem em razão de suas características particularmente culturais, compartilhadas por seus falantes nativos. À vista disso, este trabalho se concentra em uma perspectiva analítico-reflexiva sobre oito dicionários escolares inseridos no Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), mais precisamente na ramificação intitulada PNLD 2012: Dicionários, subdividida em quatro grupos de dicionários voltados ao Ensino Fundamental e Médio. Desse agrupamento, interessou-nos examinar as marcas de uso em acepções dos dicionários do Tipo 2, 3 e 4, quais sejam: (i) Tipo 2 – Fala Brasil! (BRAGA; MAGALHÃES, 2011), Aurélio (FERREIRA, 2008), Palavrinha Viva (BORBA, 2011) e Biderman (2009); (ii) Tipo 3 – Saraiva Jovem (2010) e Aurélio Júnior (FERREIRA, 2011); (ii) Tipo 4 – Novíssimo Aulete Lexicon (GEIGER, 2011) e Dicionário Houaiss Conciso (VILLAR, 2011). Nosso objeto de pesquisa (marcas de uso) nas obras escolares foi comparado em seis dicionários de língua geral, a saber: Michaelis (1998), Dicionário Unesp (BORBA et al., 2004), Aurélio (FERREIRA, 2010), Houaiss (2009), Caldas Aulete (2021) e Houaiss (2021). Baseando em Fajardo (1997), Strehler (1998), Garriga Escribano (2003), Welker (2004), Pontes (2008; 2009) e Gutiérrez Cuadrado (2011), investigamos como as marcas de uso estão registradas nesses dicionários, examinando como estão inseridas nos verbetes em que figuram, assim, analisamos as marcas de uso (HAUSMANN, 1977 apud WELKER, 2004) distribuídas na microestrutura de 55 unidades léxicas existentes nesse corpus, coletadas manualmente. Como resultado, constatamos a ausência de uma padronização metodológica em relação à escolha de uma etiqueta em detrimento a outra na inserção da marcação desses lemas, essa não sistematização gera controvérsias acerca dos significados de uma mesma unidade lexicográfica nas diferentes obras consultadas. Em vista dessa constatação, propusemos uma nova forma de etiquetagem: a marcação dupla. Destacamos que diferentes etiquetas são empregadas em uma mesma acepção a depender do tipo de dicionário e tencionamos sugerir algumas melhorias para futuras inclusões de marcas de uso para essa tipologia de dicionários, visto que a descrição lexicográfica deveria ser realizada de modo mais claro e apropriado às necessidades dos consulentes (Apoio: CAPES – DS/CNPq – PD 2). |
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