Veganismo além do prato: considerações histórico-geográficas e o posicionamento de ativistas e grupos veganos do estado de São Paulo nas mídias sociais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Barbero, Alana Ferreira
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: https://hdl.handle.net/11449/252183
Resumo: O referido trabalho aborda a evolução das relações entre seres humanos, não-humanos e a natureza ao longo da história, destacando como uma harmonia inicial foi moldada para servir ao sistema capitalista. O estudo identifica a importância da análise de agentes que possam dissolver a narrativa de exploração e opressão, tanto em relação aos animais humanos quanto aos não humanos. Portanto, argumentamos que o veganismo pode ser um catalisador para a compreensão das opressões que afetam ambos os grupos, humanos e não-humanos, decorrendo da mesma lógica exploratória. O trabalho também procura investigar a causa de uma perspectiva elitista quanto ao veganismo, evidenciando que, desde sua fundação, o veganismo carregou características da chamada Vegan Society, a qual estava interessada apenas no debate sobre alimentação, deixando de lado as causas político-sociais. Além disso, o trabalho traz à tona dados sobre a produção de animais para exportação, os impactos da Revolução Verde e a insegurança alimentar no Brasil para enfatizar a necessidade de uma perspectiva mais crítica e interseccional nas lutas sociais. Sendo assim, o trabalho buscou analisar o posicionamento de ativistas e grupos veganos do estado de São Paulo nas mídias sociais, especificamente o Instagram desses agentes, com o objetivo de investigar se eles contribuem para uma visão do veganismo como uma ferramenta de mudança política e social, além de uma escolha alimentar. Por meio da análise de 18 ativistas e grupos veganos nas redes sociais, a pesquisa revelou que esses agentes adotam um enfoque crítico e interseccional, relacionando o veganismo ao racismo, desigualdade socioeconômica e questões ligadas ao agronegócio. Consideram o veganismo não apenas como uma escolha pessoal, mas como uma ferramenta para a transformação sistêmica e a construção de uma sociedade mais justa.
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