Expansão da marca por meio do crossover: estudo de caso das séries Marvel produzidas para a plataforma Netflix

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Souza, Laís Maria Fermino de
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/154005
Resumo: A Marvel utiliza o crossover, elemento característico da narrativa complexa, em seu universo transmídia e articula suas personagens em grandes arcos narrativos. Para atingir um maior número de consumidores, o Universo Cinematográfico Marvel (UCM) compõe-se de filmes, séries para a televisão e Netflix e webisodes. Nesse sentido, o objetivo geral da pesquisa é observar como a marca Marvel amplia seu universo ficcional por meio das séries e pela utilização de elementos crossovers. Estabeleceu-se, então, a seguinte pergunta de pesquisa: como a articulação dos elementos crossover consolida e expande o Universo Marvel? Iniciou-se o estudo por meio da revisão bibliográfica, junto aos autores Andrea Semprini, Henry Jenkins, Carlos Scolari e Jason Mittel. Determinou-se como objeto de pesquisa as séries “Demolidor”, “Jessica Jones”, “Luke Cage” e “Punho de Ferro” e como metodologia da pesquisa o estudo de caso de Robert K. Yin. Para estruturar o trabalho e analisar as obras escolhidas, foram utilizados os conceitos de “causalidade, tempo, e espaço”, desenvolvidos por David Bordwell e Kristin Thompson. Para a melhor assimilação dos resultados, os conceitos dos autores foram adaptados nas categorias “personagem, ação e espaço”, as quais possibilitam estabelecer o “elemento crossover". Realizou-se a desconstrução de 65 (sesenta e cinco) episódios, contendo, cada uma das obras analisadas, 13 (treze) episódios. Observou-se durante o estudo a possibilidade de se estabelecer diferentes tipos de elementos crossovers. A fim de distingui-los, foram criadas quatro categorias: crossover de personagem, crossover de espaço, crossover de ação e crossover de objeto. As categorias descritas acima foram subdivididas em elementos crossovers internos, ou sejá, encontradas dentro das quatro séries realizadas para a Netflix; elementos crossovers externos, referentes às obras do Universo Cinematográfico Marvel para cinema, televisão, curta-metragem e webisodes; e elementos crossovers internos e externos, os quais englobam tanto as séries Netflix como as obras do Universo Cinematográfico Marvel. Como resultado da desconstrução dos 65 (sessenta e cinco) episódios, foram encontrados 215 (duzentos e quinze) elementos crossovers. Considera-se que esses elementos, apontados na desconstrução das produções, integram personagens, espaços e ações de diferentes narrativas e propiciam imersão, o denominado drill dentro do Universo Marvel. Desse modo, o consumidor dos produtos Marvel para a Netflix está apto a detectar as áreas de intersecção e ampliar, de modo exponencial, a compreensão do universo ficcional. Com tudo, a Marvel torna-se exemplo de convergência entre narrativas ao ousar e fazer uso ferrenho da tecnologia e de estratégias audovisuais a seu favor. Essa postura da empresa não só fideliza e cativa públcos, como também lança a marca como uma potência mercadológica no ramo do entretenimento.
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Iniciou-se o estudo por meio da revisão bibliográfica, junto aos autores Andrea Semprini, Henry Jenkins, Carlos Scolari e Jason Mittel. Determinou-se como objeto de pesquisa as séries “Demolidor”, “Jessica Jones”, “Luke Cage” e “Punho de Ferro” e como metodologia da pesquisa o estudo de caso de Robert K. Yin. Para estruturar o trabalho e analisar as obras escolhidas, foram utilizados os conceitos de “causalidade, tempo, e espaço”, desenvolvidos por David Bordwell e Kristin Thompson. Para a melhor assimilação dos resultados, os conceitos dos autores foram adaptados nas categorias “personagem, ação e espaço”, as quais possibilitam estabelecer o “elemento crossover". Realizou-se a desconstrução de 65 (sesenta e cinco) episódios, contendo, cada uma das obras analisadas, 13 (treze) episódios. Observou-se durante o estudo a possibilidade de se estabelecer diferentes tipos de elementos crossovers. A fim de distingui-los, foram criadas quatro categorias: crossover de personagem, crossover de espaço, crossover de ação e crossover de objeto. As categorias descritas acima foram subdivididas em elementos crossovers internos, ou sejá, encontradas dentro das quatro séries realizadas para a Netflix; elementos crossovers externos, referentes às obras do Universo Cinematográfico Marvel para cinema, televisão, curta-metragem e webisodes; e elementos crossovers internos e externos, os quais englobam tanto as séries Netflix como as obras do Universo Cinematográfico Marvel. Como resultado da desconstrução dos 65 (sessenta e cinco) episódios, foram encontrados 215 (duzentos e quinze) elementos crossovers. Considera-se que esses elementos, apontados na desconstrução das produções, integram personagens, espaços e ações de diferentes narrativas e propiciam imersão, o denominado drill dentro do Universo Marvel. Desse modo, o consumidor dos produtos Marvel para a Netflix está apto a detectar as áreas de intersecção e ampliar, de modo exponencial, a compreensão do universo ficcional. Com tudo, a Marvel torna-se exemplo de convergência entre narrativas ao ousar e fazer uso ferrenho da tecnologia e de estratégias audovisuais a seu favor. Essa postura da empresa não só fideliza e cativa públcos, como também lança a marca como uma potência mercadológica no ramo do entretenimento.Marvel uses the crossover, characteristic element of the complex narrative, in it’s transmidia universe and articulates it’s characters in wide narratives arcs. To reach a larger number of consumers, the Marvel Cinematographic Universe (MCU) consists of movies, television and Netflix series and webisodes. In this sense, the overall objective of the study is to observe how the Marvel brand expands its fictional universe through the Netflix series and the use of crossover elements. The following research question was then established: how does the articulation of the crossover elements consolidate and expand the Marvel Universe? The study was initiated by the authors Andrea Semprini, Henry Jenkins, Carlos Scolari and Jason Mittel. The "Daredevil", "Jessica Jones", "Luke Cage" and "Iron Fist" series were determined as the research object and as a research methodology the case study of Robert K. Yin. In order to structure the work and analyze the chosen objects, the concepts of "causality, time and space" developed by David Bordwell and Kristin Thompson were used. For the better assimilation of the results, the concepts of the authors were adapted in the categories "character, action and space", which made possible the establishment of the "crossover element." Sixty-five episodes were deconstructed, each containing one of the series analyzed, 13 (thirteen) episodes.To examine the crossover in the series, we started with the definition "character crossover" pointed out in the studies of Guerrero-Pico and Scolari.Throughout the analysis, it was possible to establish different types of crossovers, in addition to the already established "character crossover". Thus, in order to distinguish them, were added to the study three more categories: space crossover, action crossover and object crossover. The classical and created categories, described above, were subdivided into internal crossover elements, that is, found within the four series realized for Netflix; external crossovers elements, referring to the works of the Marvel Cinematographic Universe for cinema, television, short film and webisodes; and internal and external crossover elements, which encompass both the Netflix series and the works of the Marvel Cinematographic Universe.At the end of the study, the crossover matrix category was added to classify the crossover elements of greater relevance in the narrative, that is, that appear three or more times within the same analyzed episode. As a result of the deconstruction of the 65 (sixty-five) episodes, we found 215 (two hundred and fifteen) crossover elements, sum of the crossover and crossover matrices found in the five series analyzed. It is considered that these elements, pointed out in the deconstruction of the productions, integrate characters, spaces and actions of different narratives and provide immersion, drill, within the Marvel Cinematographic Universe. In this way, the consumer of Marvel products for Netflix is able to detect the areas of intersection and magnify, in an exponential way, the understanding of the fictional universe. With everything, Marvel becomes an example of convergence between narratives when daring and making use of technology and audiovisual strategies in their favor. This position of the company not only engage loyalty and captive public, but also launches the brand as a marketing power in the entertainment business.Universidade Estadual Paulista (Unesp)Affini, Letícia Passos [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Souza, Laís Maria Fermino de2018-05-18T13:44:28Z2018-05-18T13:44:28Z2018-03-19info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/15400500090194933004056088P984173436189346360000-0003-4688-289Xporinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2024-04-22T13:54:29Zoai:repositorio.unesp.br:11449/154005Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T20:30:28.114755Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
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