Expressividade poética nas Metamorfoses de Ovídio: o episódio de Níobe (Metamorfoses, vi. 146-312)
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11449/139531 |
Resumo: | Esta pesquisa apresenta três objetivos principais: 1) refletir criticamente sobre as diferentes opiniões de autores do século XX que se debruçaram sobre a produção literária de Ovídio, destacando dela os defeitos e o engenho; 2) oferecer uma tradução do relato mitológico de Níobe, narrado no sexto livro das Metamorfoses de Ovídio (v. 146-312), sem a preocupação de recriar a poeticidade do texto original latino, mas oferecendo equivalência lingüística bastante para a compreensão do texto – seguir-se-ão à tradução notas de cultura sempre que houver necessidade de esclarecer algum termo (mitológico , geográfico, histórico, etc); 3) realizar um estudo semiótico do episódio narrado nas Metamorfoses, que permita ao leitor compreender de que maneira a história (fabula) e sua expressão poética – o modo como o texto foi composto por meio do arranjo das palavras em verso, com todos os recursos permitidos pelo sistema linguístico do latim, reapropriado pelo(s) sistema(s) da poesia – unem-se a fim de construir sentidos que se valem (mas ao mesmo tempo ultrapassam) a mera gramaticalidade. O episódio mitológico de Níobe relata a audácia da esposa do lendário rei de Tebas, Anfião, ao ousar comparar-se à Latona, mãe dos gêmeos Febo (Apolo) e Febe (Diana). A mortal se julgava mais merecedora de receber os incensos e as preces ofertados pelas tebanas que aquela deusa, porque julga sua linhagem e sua numerosa prole (ao todo são quatorze filhos) superiores às da outra. Tamanha heresia rendeu-lhe uma terrível punição, imposta pelos filhos da deusa ultrajada: conhecidos pelo exímio trato com a flecha, Febo e Febe exterminam toda a descendência de Níobe. A mortal, acometida por um sentimento de dor inigualável, torna-se pedra. |
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Expressividade poética nas Metamorfoses de Ovídio: o episódio de Níobe (Metamorfoses, vi. 146-312)Poetic Expressivity in Ovid's Metamorphoses: Niobe's episode (Metamorphoses, VI, 146-312)NíobeMetamorfosesOvídioExpressividade poéticaMetamorphosesPoetic expressivityEsta pesquisa apresenta três objetivos principais: 1) refletir criticamente sobre as diferentes opiniões de autores do século XX que se debruçaram sobre a produção literária de Ovídio, destacando dela os defeitos e o engenho; 2) oferecer uma tradução do relato mitológico de Níobe, narrado no sexto livro das Metamorfoses de Ovídio (v. 146-312), sem a preocupação de recriar a poeticidade do texto original latino, mas oferecendo equivalência lingüística bastante para a compreensão do texto – seguir-se-ão à tradução notas de cultura sempre que houver necessidade de esclarecer algum termo (mitológico , geográfico, histórico, etc); 3) realizar um estudo semiótico do episódio narrado nas Metamorfoses, que permita ao leitor compreender de que maneira a história (fabula) e sua expressão poética – o modo como o texto foi composto por meio do arranjo das palavras em verso, com todos os recursos permitidos pelo sistema linguístico do latim, reapropriado pelo(s) sistema(s) da poesia – unem-se a fim de construir sentidos que se valem (mas ao mesmo tempo ultrapassam) a mera gramaticalidade. O episódio mitológico de Níobe relata a audácia da esposa do lendário rei de Tebas, Anfião, ao ousar comparar-se à Latona, mãe dos gêmeos Febo (Apolo) e Febe (Diana). A mortal se julgava mais merecedora de receber os incensos e as preces ofertados pelas tebanas que aquela deusa, porque julga sua linhagem e sua numerosa prole (ao todo são quatorze filhos) superiores às da outra. Tamanha heresia rendeu-lhe uma terrível punição, imposta pelos filhos da deusa ultrajada: conhecidos pelo exímio trato com a flecha, Febo e Febe exterminam toda a descendência de Níobe. A mortal, acometida por um sentimento de dor inigualável, torna-se pedra.This research has three main goals: 1) to reflect critically on different opinion of twentieth century’s authors who have studied Ovid’s literature, highlighting its faults and cleverness; 2) to provide a translation of Niobe’s mythological account, reported in the sixth book of Ovid’s Metamorphoses (v. 146-312), without concerning to recreate the poeticity of the original Latin text, but offering linguistic equivalence enough to the text understanding – the translation will be followed by culture notes whenever it’s necessary to elucidate any term (mythological, geographical, historical, etc.); 3) to perform a semiotic study of the episode reported on the Metamorphoses, which allows the reader to comprehend how the story (fabula) and its poetic expression – the way the text was composed by the arrangement of words in verse, with all resources allowed by the linguistic system of Latin language, reappropriated by the Poetic system – unite in order to create valid meanings, but at the same time go beyond the mere grammaticality. The mythological episode of Niobe reports the audacity of the wife of the Thebes’ legendary king, Amphion, by daring to compare herself to Latona, mother of Phoebus (Apollo) and Phoebe (Diana) twins. The mortal was thought worthier of receiving incense and prayers offered by the Theban than the goddess since she judges her ancestry and her numerous offspring (together they are fourteen) higher than the other. Such heresy earned her a terrible punishment, imposed by the children of the outraged goddess: known by the expert dealing with arrows, Phoebus and Phoebe exterminated all descendants of Niobe. Afflicted by a sense of unrivalled pain, the mortal turns into stone.Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)Universidade Estadual Paulista (Unesp)Prado, João Batista Toledo [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Pizano, Mariana Peixoto [UNESP]2016-06-24T13:25:47Z2016-06-24T13:25:47Z2016-03-10info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/13953100087196433004030016P0porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2024-06-12T14:27:43Zoai:repositorio.unesp.br:11449/139531Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T21:51:14.897840Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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