Implementação e avaliação de programas de ensino alternativos em Educação Especial
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2001 |
Tipo de documento: | Artigo de conferência |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://proex.reitoria.unesp.br/congressos/Congressos/1__Congresso/Sa_de_e_Qualidade_de_Vida/Trabalho02.htm http://hdl.handle.net/11449/148039 |
Resumo: | Um dos objetivos da Universidade, particularmente no campo da Educação Especial, é produzir conhecimentos novos que possam subsidiar o desenvolvimento de novos programas educacionais, assim como novas tecnologias, que possam servir como recursos alternativos para lidar com alguns entraves que trazem dificuldades no processo de ensino e aprendizagem. O ensino de alunos que apresentam desvantagens de natureza orgânica e/ou psicossocial pode apresentar-se como um grande desafio para muitos professores, que muitas vezes não encontram em suas práticas educacionais soluções para esses eventuais entraves. Uma das formas de preparar professores, assim como futuros professores, para lidar melhor com esses desafios é tornar essas novas "metodologia" e tecnologia de ensino disponíveis. É durante o processo de formação profissional e especialmente durante os estágios curriculares e/ou extracurriculares que se desenvolvem no curso de Pedagogia da UNESP-Marília, na habilitação em Educação Especial - área de Deficiência Mental, que a presente iniciativa de extensão está sendo implementada. O estágio curricular dos alunos do curso de Pedagogia com habilitação em Educação Especial - área de Deficiência Mental é desenvolvido também no Centro de Orientação Educacional - COE (Unidade Auxiliar da UNESP/Marília) que mantém um serviço para atendimento educacional para Deficientes Mentais. Essa proposta de estágio curricular, em que se implementa e avalia o processo educacional dos alunos em atendimento pedagógico, tem sido realizada desde 1996 no COE. Nesse local, o Departamento de Educação Especial mantém as três salas de aula, com a presença diária do supervisor, que atende a pelo menos 15 alunos com deficiência mental, faixa etária de 8 a 22 anos. Alguns desses alunos que freqüentam este Centro não recebiam algum tipo de atendimento educacional por outras estruturas de ensino na comunidade. Outros alunos foram encaminhados pelos próprios familiares. Os programas de ensino desenvolvidos são constantemente avaliados e adaptados às novas situações, sempre fundamentados de acordo com as características e limitações de cada aluno. Atenta-se, para as diversas áreas importantes da vida humana em comunidade, sejam vocacionais, acadêmicas, recreativas, esportivas, auto-cuidados, etc. As atividades de ensino são desenvolvidas segundo um princípio norteador em que a independência, produtividade e melhoria da qualidade de vida dos alunos atendidos e seus familiares sejam as principais metas de ensino. Disto decorre, uma proposta de trabalho que tem sido denominada por "Currículo Funcional Natural". O Currículo Funcional Natural (CFN), é uma proposta de ensino e se caracteriza como um amplo empreendimento educacional projetado para oferecer oportunidades para os alunos aprenderem, habilidades que são importantes para torná-los independentes, competentes e produtivos. Tais habilidades, nesta proposta curricular, são ensinadas em situações nas quais as mesmas são naturalmente requeridas. A idéia básica é que o ensino esteja ecologicamente orientado, para promover a aquisição de conhecimentos e habilidades que ajudará os alunos a manterem uma interação positiva com o meio em que vive. Na organização do trabalho contamos com uma equipe composta por: 14 (em média/anual) estagiárias curriculares; 4 docentes (1 supervisor de estágio curricular e 1 colaborador, ambos do Departamento de Educação Especial; 2 colaboradores do Departamento de Fonoaudiologia); 1 estagiário extracurricular da área de Fisioterapia, 4 estagiários extracurriculares da Fonoaudiologia e 1 motorista de ônibus (cedido pela Prefeitura Municipal de Marília e que faz o transporte dos alunos). Além disso, contamos, temporariamente, dependendo da demanda de estagiários e de bolsas de estudos com 1 monitor (1998), 2 bolsistas (1998-1999) do programa de apoio ao estudante -PAE e 4 estagiários extracurriculares do curso de Pedagogia. As estagiárias curriculares, ao iniciarem o ano letivo, planejam a escala de horário com o compromisso de ministrar aulas em dois dias da semana, em uma das três salas de aula. Assim, após pelo menos dois meses em uma das classes é feito um rodízio de estagiárias, para que possam ter oportunidades de vivenciar outras situações de ensino com diferentes alunos. O dia a dia da prática escolar proporciona questionamentos e situações que extrapolam os limites discutidos pela teoria, e os estagiários em conjunto com a professora supervisora, analisam, discutem, refletem e buscam as alternativas para problemas que fazem parte do cotidiano escolar. Neste sentido, o estagiário curricular quando chega no estágio já começa o trabalho como professor, com exceção de que há supervisão direta de um docente. O desenvolvimento do trabalho e a sua manutenção dependem do número de estagiários curriculares. O ideal seria ter uma equipe de professores permanentemente para acompanhar, consolidar e dar continuidade do trabalho que vem sendo desenvolvido, uma vez que o estagiário não tem o compromisso de concluir os programas de ensino iniciados, após a conclusão da carga horária de estágio requerida. Ainda que esta seja uma de nossas limitações, temos obtidos resultados promissores. Não apenas no que se refere ao desenvolvimento dos alunos, mas principalmente na aceitação por parte dos familiares que freqüentemente relatam melhoras em todas as áreas da vida do aluno e que não foram observados antes do mesmo participar neste programa de ensino. Tem havido uma demanda crescente dos pais de alunos com Deficiência mental que procuram pelo atendimento educacional proposto. Porém, a falta de infra-estrutura física adequada e de recursos humanos fixos tem dificultado a manutenção e a ampliação dessa iniciativa de trabalho. As atividades de extensão e trabalhos científicos resultantes do desenvolvimento da iniciativa ,ora descrita, tem sido divulgadas de diferentes maneiras: eventos científicos, revistas de divulgação, periódicos especializados. O impacto dos resultados do presente trabalho, ainda precisa ser melhor sistematizado e avaliado. Entretanto, um dado a ser levado em conta é que alguns familiares, cujo um dos membros da família é pessoa com deficiência, entram em contato com pais de alunos atendidos neste programa e tem procurado o COE, com base na indicação de pais sobre o serviço educacional alternativo e eficaz para seus filhos. Além disso, o conhecimento adquirido no estágio é transmitido à comunidade por ex-estagiários do curso que ingressam no mercado de trabalho nesta área, através de fotos e descrições das situações de ensino promovidas com sucesso, durante um ano de trabalho. O feedback dos egressos do curso, apontando aspectos positivos da formação e a satisfação das pessoas atendidas educacionalmente nesta iniciativa de extensão, produz benefícios tanto para a Universidade quanto para a Sociedade. |
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É durante o processo de formação profissional e especialmente durante os estágios curriculares e/ou extracurriculares que se desenvolvem no curso de Pedagogia da UNESP-Marília, na habilitação em Educação Especial - área de Deficiência Mental, que a presente iniciativa de extensão está sendo implementada. O estágio curricular dos alunos do curso de Pedagogia com habilitação em Educação Especial - área de Deficiência Mental é desenvolvido também no Centro de Orientação Educacional - COE (Unidade Auxiliar da UNESP/Marília) que mantém um serviço para atendimento educacional para Deficientes Mentais. Essa proposta de estágio curricular, em que se implementa e avalia o processo educacional dos alunos em atendimento pedagógico, tem sido realizada desde 1996 no COE. Nesse local, o Departamento de Educação Especial mantém as três salas de aula, com a presença diária do supervisor, que atende a pelo menos 15 alunos com deficiência mental, faixa etária de 8 a 22 anos. Alguns desses alunos que freqüentam este Centro não recebiam algum tipo de atendimento educacional por outras estruturas de ensino na comunidade. Outros alunos foram encaminhados pelos próprios familiares. Os programas de ensino desenvolvidos são constantemente avaliados e adaptados às novas situações, sempre fundamentados de acordo com as características e limitações de cada aluno. Atenta-se, para as diversas áreas importantes da vida humana em comunidade, sejam vocacionais, acadêmicas, recreativas, esportivas, auto-cuidados, etc. As atividades de ensino são desenvolvidas segundo um princípio norteador em que a independência, produtividade e melhoria da qualidade de vida dos alunos atendidos e seus familiares sejam as principais metas de ensino. Disto decorre, uma proposta de trabalho que tem sido denominada por "Currículo Funcional Natural". O Currículo Funcional Natural (CFN), é uma proposta de ensino e se caracteriza como um amplo empreendimento educacional projetado para oferecer oportunidades para os alunos aprenderem, habilidades que são importantes para torná-los independentes, competentes e produtivos. Tais habilidades, nesta proposta curricular, são ensinadas em situações nas quais as mesmas são naturalmente requeridas. A idéia básica é que o ensino esteja ecologicamente orientado, para promover a aquisição de conhecimentos e habilidades que ajudará os alunos a manterem uma interação positiva com o meio em que vive. Na organização do trabalho contamos com uma equipe composta por: 14 (em média/anual) estagiárias curriculares; 4 docentes (1 supervisor de estágio curricular e 1 colaborador, ambos do Departamento de Educação Especial; 2 colaboradores do Departamento de Fonoaudiologia); 1 estagiário extracurricular da área de Fisioterapia, 4 estagiários extracurriculares da Fonoaudiologia e 1 motorista de ônibus (cedido pela Prefeitura Municipal de Marília e que faz o transporte dos alunos). Além disso, contamos, temporariamente, dependendo da demanda de estagiários e de bolsas de estudos com 1 monitor (1998), 2 bolsistas (1998-1999) do programa de apoio ao estudante -PAE e 4 estagiários extracurriculares do curso de Pedagogia. As estagiárias curriculares, ao iniciarem o ano letivo, planejam a escala de horário com o compromisso de ministrar aulas em dois dias da semana, em uma das três salas de aula. Assim, após pelo menos dois meses em uma das classes é feito um rodízio de estagiárias, para que possam ter oportunidades de vivenciar outras situações de ensino com diferentes alunos. O dia a dia da prática escolar proporciona questionamentos e situações que extrapolam os limites discutidos pela teoria, e os estagiários em conjunto com a professora supervisora, analisam, discutem, refletem e buscam as alternativas para problemas que fazem parte do cotidiano escolar. Neste sentido, o estagiário curricular quando chega no estágio já começa o trabalho como professor, com exceção de que há supervisão direta de um docente. O desenvolvimento do trabalho e a sua manutenção dependem do número de estagiários curriculares. 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As atividades de extensão e trabalhos científicos resultantes do desenvolvimento da iniciativa ,ora descrita, tem sido divulgadas de diferentes maneiras: eventos científicos, revistas de divulgação, periódicos especializados. O impacto dos resultados do presente trabalho, ainda precisa ser melhor sistematizado e avaliado. Entretanto, um dado a ser levado em conta é que alguns familiares, cujo um dos membros da família é pessoa com deficiência, entram em contato com pais de alunos atendidos neste programa e tem procurado o COE, com base na indicação de pais sobre o serviço educacional alternativo e eficaz para seus filhos. Além disso, o conhecimento adquirido no estágio é transmitido à comunidade por ex-estagiários do curso que ingressam no mercado de trabalho nesta área, através de fotos e descrições das situações de ensino promovidas com sucesso, durante um ano de trabalho. O feedback dos egressos do curso, apontando aspectos positivos da formação e a satisfação das pessoas atendidas educacionalmente nesta iniciativa de extensão, produz benefícios tanto para a Universidade quanto para a Sociedade.Universidade Estadual Paulista (UNESP)Universidade Estadual Paulista (UNESP), Faculdade de Filosofia e Ciências (FFC), Departamento de Educação Especial, Marília, SPUniversidade Estadual Paulista (UNESP), Faculdade de Filosofia e Ciências (FFC), Departamento de Educação Especial, Marília, SPUniversidade Estadual Paulista (Unesp)Universidade Estadual Paulista (Unesp)Miura, Regina Keiko Kato [UNESP]2017-01-18T15:22:11Z2017-01-18T15:22:11Z2001info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/conferenceObjecthttp://proex.reitoria.unesp.br/congressos/Congressos/1__Congresso/Sa_de_e_Qualidade_de_Vida/Trabalho02.htmhttp://hdl.handle.net/11449/1480393146218265043553PROEXreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESPporCongresso de Extensão Universitáriainfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-08-08T20:29:21Zoai:repositorio.unesp.br:11449/148039Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-08T20:29:21Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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É durante o processo de formação profissional e especialmente durante os estágios curriculares e/ou extracurriculares que se desenvolvem no curso de Pedagogia da UNESP-Marília, na habilitação em Educação Especial - área de Deficiência Mental, que a presente iniciativa de extensão está sendo implementada. O estágio curricular dos alunos do curso de Pedagogia com habilitação em Educação Especial - área de Deficiência Mental é desenvolvido também no Centro de Orientação Educacional - COE (Unidade Auxiliar da UNESP/Marília) que mantém um serviço para atendimento educacional para Deficientes Mentais. Essa proposta de estágio curricular, em que se implementa e avalia o processo educacional dos alunos em atendimento pedagógico, tem sido realizada desde 1996 no COE. Nesse local, o Departamento de Educação Especial mantém as três salas de aula, com a presença diária do supervisor, que atende a pelo menos 15 alunos com deficiência mental, faixa etária de 8 a 22 anos. Alguns desses alunos que freqüentam este Centro não recebiam algum tipo de atendimento educacional por outras estruturas de ensino na comunidade. Outros alunos foram encaminhados pelos próprios familiares. Os programas de ensino desenvolvidos são constantemente avaliados e adaptados às novas situações, sempre fundamentados de acordo com as características e limitações de cada aluno. Atenta-se, para as diversas áreas importantes da vida humana em comunidade, sejam vocacionais, acadêmicas, recreativas, esportivas, auto-cuidados, etc. As atividades de ensino são desenvolvidas segundo um princípio norteador em que a independência, produtividade e melhoria da qualidade de vida dos alunos atendidos e seus familiares sejam as principais metas de ensino. Disto decorre, uma proposta de trabalho que tem sido denominada por "Currículo Funcional Natural". O Currículo Funcional Natural (CFN), é uma proposta de ensino e se caracteriza como um amplo empreendimento educacional projetado para oferecer oportunidades para os alunos aprenderem, habilidades que são importantes para torná-los independentes, competentes e produtivos. Tais habilidades, nesta proposta curricular, são ensinadas em situações nas quais as mesmas são naturalmente requeridas. A idéia básica é que o ensino esteja ecologicamente orientado, para promover a aquisição de conhecimentos e habilidades que ajudará os alunos a manterem uma interação positiva com o meio em que vive. Na organização do trabalho contamos com uma equipe composta por: 14 (em média/anual) estagiárias curriculares; 4 docentes (1 supervisor de estágio curricular e 1 colaborador, ambos do Departamento de Educação Especial; 2 colaboradores do Departamento de Fonoaudiologia); 1 estagiário extracurricular da área de Fisioterapia, 4 estagiários extracurriculares da Fonoaudiologia e 1 motorista de ônibus (cedido pela Prefeitura Municipal de Marília e que faz o transporte dos alunos). Além disso, contamos, temporariamente, dependendo da demanda de estagiários e de bolsas de estudos com 1 monitor (1998), 2 bolsistas (1998-1999) do programa de apoio ao estudante -PAE e 4 estagiários extracurriculares do curso de Pedagogia. As estagiárias curriculares, ao iniciarem o ano letivo, planejam a escala de horário com o compromisso de ministrar aulas em dois dias da semana, em uma das três salas de aula. Assim, após pelo menos dois meses em uma das classes é feito um rodízio de estagiárias, para que possam ter oportunidades de vivenciar outras situações de ensino com diferentes alunos. O dia a dia da prática escolar proporciona questionamentos e situações que extrapolam os limites discutidos pela teoria, e os estagiários em conjunto com a professora supervisora, analisam, discutem, refletem e buscam as alternativas para problemas que fazem parte do cotidiano escolar. Neste sentido, o estagiário curricular quando chega no estágio já começa o trabalho como professor, com exceção de que há supervisão direta de um docente. O desenvolvimento do trabalho e a sua manutenção dependem do número de estagiários curriculares. O ideal seria ter uma equipe de professores permanentemente para acompanhar, consolidar e dar continuidade do trabalho que vem sendo desenvolvido, uma vez que o estagiário não tem o compromisso de concluir os programas de ensino iniciados, após a conclusão da carga horária de estágio requerida. Ainda que esta seja uma de nossas limitações, temos obtidos resultados promissores. Não apenas no que se refere ao desenvolvimento dos alunos, mas principalmente na aceitação por parte dos familiares que freqüentemente relatam melhoras em todas as áreas da vida do aluno e que não foram observados antes do mesmo participar neste programa de ensino. Tem havido uma demanda crescente dos pais de alunos com Deficiência mental que procuram pelo atendimento educacional proposto. Porém, a falta de infra-estrutura física adequada e de recursos humanos fixos tem dificultado a manutenção e a ampliação dessa iniciativa de trabalho. As atividades de extensão e trabalhos científicos resultantes do desenvolvimento da iniciativa ,ora descrita, tem sido divulgadas de diferentes maneiras: eventos científicos, revistas de divulgação, periódicos especializados. O impacto dos resultados do presente trabalho, ainda precisa ser melhor sistematizado e avaliado. Entretanto, um dado a ser levado em conta é que alguns familiares, cujo um dos membros da família é pessoa com deficiência, entram em contato com pais de alunos atendidos neste programa e tem procurado o COE, com base na indicação de pais sobre o serviço educacional alternativo e eficaz para seus filhos. Além disso, o conhecimento adquirido no estágio é transmitido à comunidade por ex-estagiários do curso que ingressam no mercado de trabalho nesta área, através de fotos e descrições das situações de ensino promovidas com sucesso, durante um ano de trabalho. 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