Práticas pedagógicas na educação infantil frente à acessibilidade curricular de crianças com Síndrome de Down
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11449/180875 |
Resumo: | Com a implementação de políticas públicas que garantiram a transversalidade da Educação Especial desde a Educação Infantil, essas escolas necessitaram além de compreender as especificidades educacionais dessa etapa, garantir que crianças do público-alvo da Educação Especial também tivessem acessibilidade curricular prevista para essa faixa etária. Nessa direção, essa pesquisa propôs identificar e analisar aspectos da prática pedagógica que contribuem para a acessibilidade curricular da criança com Síndrome de Down, na Educação Infantil, tais como: adaptações curriculares, estratégias e recursos utilizados por professores para tornar o currículo mais acessível a essa criança. Essa pesquisa foi realizada em duas escolas regulares de ensino comum e teve como participantes duas crianças diagnosticadas com Síndrome de Down, que iniciaram a pesquisa com quatro e concluíram com cinco anos de idade, e suas respectivas professoras de sala regular. A coleta de dados priorizou a observação, utilizando-se de filmagens e anotações de campo. Ao todo 16 sessões de filmagens foram efetuadas, sendo oito com cada criança. Essas filmagens contemplaram diferentes contextos internos e externos à sala de aula, a fim de que diversificadas atividades fossem captadas. As filmagens foram transcritas na íntegra e os dados foram analisados a partir de quatro categorias temáticas: 1) Organização do espaço físico, das crianças, do tempo e dos materiais; 2) Mediações pedagógicas que fizeram uso de estratégias como: instruções orais coletivas e individuais, compartilhar e oferecer modelo; 3) Mediações pedagógicas que fizeram uso do brincar e de jogos e; 4) Atividades coletivas como estratégia para mediação pedagógica. Os resultados indicaram que as mediações que foram mais favoráveis e contribuíram para possibilitar a participação das crianças nas atividades foram as que se antecederam às dificuldades da criança, de forma a garantir os seguintes aspectos: atenção; compreensão das instruções; oferta de materiais necessários para realizar a atividade; auxílio nas habilidades da criança, necessárias para resolver a atividade e; resgate do que foi realizado pela criança (se os objetivos foram alcançados). Essas mediações foram mais efetivas, quando estavam articuladas, às seguintes estratégias pedagógicas: posicionar a criança próxima à professora; chamar a atenção no momento da explicação oral coletiva; oferecer instruções orais coletivas e individuais; compartilhar a atividade com a criança; sentar-se perto da criança; oferecer material concreto para o ensino de novos conceitos (escrita do nome, numerais, entre outros); organizar os materiais da sala ao alcance da criança; pedir a colaboração da criança com Síndrome de Down para o auxílio na organização do contexto escolar (entregar materiais, ajudar algum amigo); propor atividades em grupos; utilizar-se de jogos, brincadeiras dirigidas e brincadeiras livres; inseri-la em grupos de brincadeiras; brincar junto; agrupar as carteiras de forma que facilite à comunicação entre os alunos; e solicitar a cooperação de outras crianças para prestar apoios simples à criança com Síndrome de Down. Os dados obtidos permitiram concluir que a qualidade de interação e a preocupação com essa qualidade foram os principais fatores responsáveis pela promoção da participação da criança-alvo nas atividades propostas. |
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Práticas pedagógicas na educação infantil frente à acessibilidade curricular de crianças com Síndrome de DownPedagogical practices in the preschool for the curricular accessibility of children with Down SyndromeEducação especialEducação infantilSíndrome de DownPrática pedagógicaSpecial educationKindergarten educationDown SyndromePedagogical practiceCom a implementação de políticas públicas que garantiram a transversalidade da Educação Especial desde a Educação Infantil, essas escolas necessitaram além de compreender as especificidades educacionais dessa etapa, garantir que crianças do público-alvo da Educação Especial também tivessem acessibilidade curricular prevista para essa faixa etária. Nessa direção, essa pesquisa propôs identificar e analisar aspectos da prática pedagógica que contribuem para a acessibilidade curricular da criança com Síndrome de Down, na Educação Infantil, tais como: adaptações curriculares, estratégias e recursos utilizados por professores para tornar o currículo mais acessível a essa criança. Essa pesquisa foi realizada em duas escolas regulares de ensino comum e teve como participantes duas crianças diagnosticadas com Síndrome de Down, que iniciaram a pesquisa com quatro e concluíram com cinco anos de idade, e suas respectivas professoras de sala regular. A coleta de dados priorizou a observação, utilizando-se de filmagens e anotações de campo. Ao todo 16 sessões de filmagens foram efetuadas, sendo oito com cada criança. Essas filmagens contemplaram diferentes contextos internos e externos à sala de aula, a fim de que diversificadas atividades fossem captadas. As filmagens foram transcritas na íntegra e os dados foram analisados a partir de quatro categorias temáticas: 1) Organização do espaço físico, das crianças, do tempo e dos materiais; 2) Mediações pedagógicas que fizeram uso de estratégias como: instruções orais coletivas e individuais, compartilhar e oferecer modelo; 3) Mediações pedagógicas que fizeram uso do brincar e de jogos e; 4) Atividades coletivas como estratégia para mediação pedagógica. Os resultados indicaram que as mediações que foram mais favoráveis e contribuíram para possibilitar a participação das crianças nas atividades foram as que se antecederam às dificuldades da criança, de forma a garantir os seguintes aspectos: atenção; compreensão das instruções; oferta de materiais necessários para realizar a atividade; auxílio nas habilidades da criança, necessárias para resolver a atividade e; resgate do que foi realizado pela criança (se os objetivos foram alcançados). Essas mediações foram mais efetivas, quando estavam articuladas, às seguintes estratégias pedagógicas: posicionar a criança próxima à professora; chamar a atenção no momento da explicação oral coletiva; oferecer instruções orais coletivas e individuais; compartilhar a atividade com a criança; sentar-se perto da criança; oferecer material concreto para o ensino de novos conceitos (escrita do nome, numerais, entre outros); organizar os materiais da sala ao alcance da criança; pedir a colaboração da criança com Síndrome de Down para o auxílio na organização do contexto escolar (entregar materiais, ajudar algum amigo); propor atividades em grupos; utilizar-se de jogos, brincadeiras dirigidas e brincadeiras livres; inseri-la em grupos de brincadeiras; brincar junto; agrupar as carteiras de forma que facilite à comunicação entre os alunos; e solicitar a cooperação de outras crianças para prestar apoios simples à criança com Síndrome de Down. Os dados obtidos permitiram concluir que a qualidade de interação e a preocupação com essa qualidade foram os principais fatores responsáveis pela promoção da participação da criança-alvo nas atividades propostas.With the implementation of public policies that ensured the transversality of Special Education since Preschool and Kindergarten Education, these schools needed to ensure that Special Education children had accessibility to the school curriculum planned for this age group besides understanding the educational specificities of this stage. In this direction, this research aimed to identify and analyze aspects of the pedagogical practice that contribute to the curricular accessibility of children with Down Syndrome in Preschool and Kindergarten Education, such as: curricular adaptations, strategies and resources used by teachers to make the curriculum more accessible to this child. This research was carried out in two Regular Schools that had as participants two children diagnosed with Down Syndrome, who began the research when they were four and concluded when they were five years old, and their respective teachers of the Regular Classroom. Data collection prioritized the observation, using environment recordings and field notes. A total of 16 recording sessions were held, of which eight of them were with each child. These recordings contemplated different contexts inside and outside of the classroom letting diversified activities to be captured. The recordings were entirely transcript and data were analyzed from four thematic categories: 1 - Organization of physical space, children, time and materials; 2-Pedagogical mediations that have made use of strategies such as: collective and individual oral instructions, sharing and offering model; 3-Pedagogical mediations that made use of playing and games; and 4- Collective activities as a strategy for pedagogical mediation. The results indicated that the mediations that were more favorable and contributed to enable children participation in activities were those ones which preceded the child difficulties, in order to guarantee the following aspects: attention; instructions comprehension; supplying of materials needed to carry out the activity; helping in the child's abilities, necessary to solve the activity; and recall of what was done by the child (if the goals were achieved). These mediations were more effective, when they were articulated, to the following pedagogical strategies: positioning the child next to the teacher; calling the attention of the child by the time of the collective oral explanation; offering collective and individual oral instructions; sharing the activity with the child; sitting close to the child; offering concrete material for the new concepts teaching (writing of the name, numerals, among others); organizing the room’s materials within reach of the child; asking for the Down Syndrome child collaboration to help in the organization of the school context (deliver materials, help some friends); proposing group activities; games using, guided and free games; inserting the child into group games; playing together; grouping the desks in a way that facilitates the communication among students; and requesting cooperation from other children to provide simple supports to the child with Down Syndrome. The obtained data will allow to conclude the interaction quality and the concerning about this quality were the main factors for the promotion of the child participation in the proposed activities.Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)CNPq: 13304620176Universidade Estadual Paulista (Unesp)Oliveira, Jáima Pinheiro de [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Araujo, Mariane Andreuzzi de [UNESP]2019-02-28T12:52:01Z2019-02-28T12:52:01Z2019-02-08info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/18087500091340633004110040P5porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2024-08-13T15:08:55Zoai:repositorio.unesp.br:11449/180875Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-13T15:08:55Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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